Trilobitas Gigantes
Porque tanto alarido só por um fóssil de Trilobitas, animais relativamente comuns no registro fóssil? Ficou curioso? Acesse a postagem e descubra exatamente o que estes animais cascudos tem de diferente.
Foram descobertos em Arouca - Portugal, vários fósseis de Trilobitas datados de aproximadamente 465 milhões de anos atrás, do período Paleozóico. Os fósseis são de espécies já descritas por paleontologistas, mas o que chama a atenção de todos é a dimensão que cada indivíduo chegava, alguns medindo entre 15 a 20 centímetro. O recorde de tamanho destes animais foi estabelecido em cerca de 70 centímetros, de um exemplar encontrado no Canadá.
No entanto, fragmentos da cauda de um Trilobita encontrado em Arouca, permitiu estabelecer uma medida de cerca de 86 centímetros, o que seria o maior encontrado. O artigo sobre a descoberta foi publicado este mês na revista "Geology".
Dentre as mais de 20 espécies de Trilobitas já descritas com base nos fósseis de Arouca, somente cerca cinco delas chegou a tamanhos extremos. A maioria dos fósseis destas espécies passou de 30 centímetros, enquanto as espécies comuns não passam de 10 centímetros.
Existe uma teoria para explicar isto, que seria o gigantismo polar. Na época em que os Trilobitas viviam, há aproximadamente 465 milhões de anos, Portugal estava debaixo da água do mar, onde hoje é o pólo sul, bem perto da costa do grande continente Gondwana.
Neste local, a pequena concentração de oxigênio e o frio muito forte faziam com que animais de metabolismo rápido e que tem corpo pequeno não conseguissem sobreviver, então os animais grandes e de metabolismo lento tinham facilidade de viver ali, inclusive pela falta de predadores.
O Gigantismo polar acontece até hoje com crustáceos, então não é nenhuma novidade. Além de se surpreender com o tamanho dos animais, os paleontologistas puderam entender melhor seu comportamento social, pois nunca o puderam fazer porque os exemplares eram sempre encontrados sozinhos, ao contrário deste achado, onde vários Trilobitas estavam acumulados em um só local, mais de mil deles em uma área de 15 metros quadrados. A média de tamanho era de 15 a 20 centímetros e os pesquisadores acreditam que o que fez com que estes animais se juntassem foi a troca de pele. Como os demais artrópodes, os Trilobitas faziam mudas de pele, pois ela é o exoesqueleto, ou seja, um esqueleto externo que não cresce com o corpo. Ao crescer, o animal precisa trocar de pele, então a nova pele que está por baixo da que sai é um pouco mais frágil, por isso até que ela se firme o animal acaba desprotegido. Esta pode ser a razão para que os Trilobitas tenham se juntado, para proteção até que a nova carapaça endurecesse novamente.
Esta teoria se baseia no fato de que alguns dos fósseis eram animais e outros eram só impressões das peles soltas.
A outra hipótese é que se juntavam para o acasalamento, como outros artrópodes. A espécie que formava este grande grupo é a Ectillaenus giganteus.
Muitos dos fósseis eram formados de Trilobitas encolhidos, talvez pela falta de oxigênio, que é o fator responsável por preservar tão bem estes animais. Segundo os cientistas, fósseis formados em regiões com baixas quantias de oxigênio, ficam melhores preservados porque não sofrem erosão ou ataque de outros seres vivos que necessitam de ar. Os sedimentos que formam as rochas são muito finos, o que contribui ainda mais para uma boa impressão dos animais na pedra.
Fonte
Foram descobertos em Arouca - Portugal, vários fósseis de Trilobitas datados de aproximadamente 465 milhões de anos atrás, do período Paleozóico. Os fósseis são de espécies já descritas por paleontologistas, mas o que chama a atenção de todos é a dimensão que cada indivíduo chegava, alguns medindo entre 15 a 20 centímetro. O recorde de tamanho destes animais foi estabelecido em cerca de 70 centímetros, de um exemplar encontrado no Canadá.
No entanto, fragmentos da cauda de um Trilobita encontrado em Arouca, permitiu estabelecer uma medida de cerca de 86 centímetros, o que seria o maior encontrado. O artigo sobre a descoberta foi publicado este mês na revista "Geology".
Dentre as mais de 20 espécies de Trilobitas já descritas com base nos fósseis de Arouca, somente cerca cinco delas chegou a tamanhos extremos. A maioria dos fósseis destas espécies passou de 30 centímetros, enquanto as espécies comuns não passam de 10 centímetros.
Existe uma teoria para explicar isto, que seria o gigantismo polar. Na época em que os Trilobitas viviam, há aproximadamente 465 milhões de anos, Portugal estava debaixo da água do mar, onde hoje é o pólo sul, bem perto da costa do grande continente Gondwana.
Neste local, a pequena concentração de oxigênio e o frio muito forte faziam com que animais de metabolismo rápido e que tem corpo pequeno não conseguissem sobreviver, então os animais grandes e de metabolismo lento tinham facilidade de viver ali, inclusive pela falta de predadores.
O Gigantismo polar acontece até hoje com crustáceos, então não é nenhuma novidade. Além de se surpreender com o tamanho dos animais, os paleontologistas puderam entender melhor seu comportamento social, pois nunca o puderam fazer porque os exemplares eram sempre encontrados sozinhos, ao contrário deste achado, onde vários Trilobitas estavam acumulados em um só local, mais de mil deles em uma área de 15 metros quadrados. A média de tamanho era de 15 a 20 centímetros e os pesquisadores acreditam que o que fez com que estes animais se juntassem foi a troca de pele. Como os demais artrópodes, os Trilobitas faziam mudas de pele, pois ela é o exoesqueleto, ou seja, um esqueleto externo que não cresce com o corpo. Ao crescer, o animal precisa trocar de pele, então a nova pele que está por baixo da que sai é um pouco mais frágil, por isso até que ela se firme o animal acaba desprotegido. Esta pode ser a razão para que os Trilobitas tenham se juntado, para proteção até que a nova carapaça endurecesse novamente.
Esta teoria se baseia no fato de que alguns dos fósseis eram animais e outros eram só impressões das peles soltas.
A outra hipótese é que se juntavam para o acasalamento, como outros artrópodes. A espécie que formava este grande grupo é a Ectillaenus giganteus.
Muitos dos fósseis eram formados de Trilobitas encolhidos, talvez pela falta de oxigênio, que é o fator responsável por preservar tão bem estes animais. Segundo os cientistas, fósseis formados em regiões com baixas quantias de oxigênio, ficam melhores preservados porque não sofrem erosão ou ataque de outros seres vivos que necessitam de ar. Os sedimentos que formam as rochas são muito finos, o que contribui ainda mais para uma boa impressão dos animais na pedra.
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