Quando os primeiros fósseis de crânios de espinossaurídeos foram encontrados, notou-se sua semelhança com o dos crocodilos, inclusive a forma dos dentes, cônicos, típicos de animais de dieta piscívora, ou seja, que come peixes. Sempre se imaginou como viviam estes carnívoros estranhos, como e o que comiam e também em que ambiente. Sempre retratados em terra firme, no máximo em terrenos alagadiços, os espinossauros agora começam a ganhar um novo conceito, o de animais aquáticos, nadadores ativos. Veja mais sobre essa nova teoria no restante da postagem.
Indícios de que espinossauros comeram peixes existem, como restos de peixes encontrados no estômago de um Baryonyx e o formato de seus dentes também indica o mesmo, porém nunca se encontrou detalhes anatômicos específicos de bichos aquáticos no esqueleto destes dinossauros.
A cauda destes Terópodes bizarros parece ser igual a dos animais terrestres, suas patas não tem adaptações para dar melhor impulso ao nado, além de que animais terrestres e até alados, neste caso Pterossauros, foram encontrados no sistema digestivo do Baryonyx e tudo isto contribuiu para que a teoria de hábitos terrestres se espalhasse e fosse aceita.
No entanto há outra característica em animais aquáticos que difere dos seres de terra firme e só pode ser analisado em nível molecular.
Existe um tipo de molécula, isótopos de oxigênio especificamente, que estão presentes no organismo dos animais e ele varia em quantidade de acordo com o ambiente em que o bicho vive. Os isótopos são chamados de Oxigênio-16 e Oxigênio-18, sendo o primeiro mais leve e facilmente perdido quando o animal transpira, respira, urina ou defeca, porque estas necessidades fisiológicas fazem os bichos eliminarem água do organismo, que leva junto o Oxigênio-16. Quando isso ocorre, o animal retém apenas o Oxigênio-18, que acumula-se nos ossos, dentes e outras partes do corpo.
Por outro lado, habitantes de ambientes aquáticos perdem muito menos água porque ficam mergulhados no líquido a maior parte do tempo. Sendo assim, o nível de Oxigênio-16 não diminui, fixando-se assim nos ossos grande quantia deste isótopo.
O especialista Romain Amiot, da Universidade de Lyon na França, publicou um estudo na revista Geology, junto com uma equipe de colegas, mostrando o resultado de testes feitos no esmalte dos dentes de diversos espinossauros, dinossauros de outros grupos, crocodilos e tartarugas, datados do Cretáceo e encontrados em vários continentes. A análise indica uma concentração de Oxigênio-16 mais alta, o que consequentemente faz a taxa de Oxigênio-18 ser bem menor, semelhante à de tartarugas e crocodilos da mesma época, mas diferente do observado nos animais terrestres, que tem cerca de 1,3% a mais de Oxigênio-18.
Alguns estudiosos argumentam contra a ideia, dizendo que os espinossauros apresentam pouco Oxigênio-18 porque comiam animais aquáticos, que tinham poucos isótopos deste tipo, o que automaticamente faria o dinossauro apresentar a mesma característica. Mas Amiot já rebateu o argumento dizendo que mesmo se ingerissem pouco Oxigênio-18 e sim muito Oxigênio-16 em seu alimento, este último acabaria evaporando junto com a água do animal terrestre.
O pesquisador Michael Benton, da University of Bristol, afirma que é interessante ver como a medição de isótopos pode ajudar a determinar o habitat de dinossauros e possivelmente de outros seres vivos e que tais testes podem estar indicando algo correto, porque não foram feitos exames em um animal, mas em 133 de diversos lugares, demonstrando padrões mais consistentes.
O paleontólogo Paul Barret ainda fica na dúvida ao observar a anatomia totalmente terrestre dos animais, com esqueleto de animais nada adaptados à hábitos aquáticos. Por isso Amiot pretende continuar a pesquisa, tentando entender porque a forma do corpo destes animais não contribui para uma vida dentro d'água.
Indícios de que espinossauros comeram peixes existem, como restos de peixes encontrados no estômago de um Baryonyx e o formato de seus dentes também indica o mesmo, porém nunca se encontrou detalhes anatômicos específicos de bichos aquáticos no esqueleto destes dinossauros.
A cauda destes Terópodes bizarros parece ser igual a dos animais terrestres, suas patas não tem adaptações para dar melhor impulso ao nado, além de que animais terrestres e até alados, neste caso Pterossauros, foram encontrados no sistema digestivo do Baryonyx e tudo isto contribuiu para que a teoria de hábitos terrestres se espalhasse e fosse aceita.
No entanto há outra característica em animais aquáticos que difere dos seres de terra firme e só pode ser analisado em nível molecular.
Existe um tipo de molécula, isótopos de oxigênio especificamente, que estão presentes no organismo dos animais e ele varia em quantidade de acordo com o ambiente em que o bicho vive. Os isótopos são chamados de Oxigênio-16 e Oxigênio-18, sendo o primeiro mais leve e facilmente perdido quando o animal transpira, respira, urina ou defeca, porque estas necessidades fisiológicas fazem os bichos eliminarem água do organismo, que leva junto o Oxigênio-16. Quando isso ocorre, o animal retém apenas o Oxigênio-18, que acumula-se nos ossos, dentes e outras partes do corpo.
Por outro lado, habitantes de ambientes aquáticos perdem muito menos água porque ficam mergulhados no líquido a maior parte do tempo. Sendo assim, o nível de Oxigênio-16 não diminui, fixando-se assim nos ossos grande quantia deste isótopo.
O especialista Romain Amiot, da Universidade de Lyon na França, publicou um estudo na revista Geology, junto com uma equipe de colegas, mostrando o resultado de testes feitos no esmalte dos dentes de diversos espinossauros, dinossauros de outros grupos, crocodilos e tartarugas, datados do Cretáceo e encontrados em vários continentes. A análise indica uma concentração de Oxigênio-16 mais alta, o que consequentemente faz a taxa de Oxigênio-18 ser bem menor, semelhante à de tartarugas e crocodilos da mesma época, mas diferente do observado nos animais terrestres, que tem cerca de 1,3% a mais de Oxigênio-18.
Alguns estudiosos argumentam contra a ideia, dizendo que os espinossauros apresentam pouco Oxigênio-18 porque comiam animais aquáticos, que tinham poucos isótopos deste tipo, o que automaticamente faria o dinossauro apresentar a mesma característica. Mas Amiot já rebateu o argumento dizendo que mesmo se ingerissem pouco Oxigênio-18 e sim muito Oxigênio-16 em seu alimento, este último acabaria evaporando junto com a água do animal terrestre.
O pesquisador Michael Benton, da University of Bristol, afirma que é interessante ver como a medição de isótopos pode ajudar a determinar o habitat de dinossauros e possivelmente de outros seres vivos e que tais testes podem estar indicando algo correto, porque não foram feitos exames em um animal, mas em 133 de diversos lugares, demonstrando padrões mais consistentes.
O paleontólogo Paul Barret ainda fica na dúvida ao observar a anatomia totalmente terrestre dos animais, com esqueleto de animais nada adaptados à hábitos aquáticos. Por isso Amiot pretende continuar a pesquisa, tentando entender porque a forma do corpo destes animais não contribui para uma vida dentro d'água.
Suchomimus fazendo pesca submersa
JWK
JWK
Fonte
2 comentários :
ei,poço postar isso no meu blog
Pode sim, mas use fotos diferentes se possível e escreva tudo com suas palavras. Não gosto de textos iguais ou muito parecidos com o meu. E cite meu blog...
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