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domingo, 20 de maio de 2012

Nova tartaruga fóssil tinha um apetite feroz

Carbonemys comendo uma presa
© Liz Bradford
Paleontólogos anunciaram a descoberta de fósseis de uma tartaruga extinta do tamanho de um pequeno carro. De acordo com uma nota de imprensa da Universidade Estadual da Carolina do Norte, cientistas encontraram o espécime em uma mina de carvão em 2005, na Colômbia, na área norte da Formação Cerrejon. Desde a descoberta, o grupo vem examinando o achado, nomeado Carbonemys cofrinii, que significa "Tartaruga Carvão". A tartaruga gigante, que seria onívora, teve a idade estimada em 60 milhões de anos. Leia o resto do artigo e fique por dentro dessa descoberta!

A carapaça mede cerca de 1.73 metros e o bicho possuía mandíbulas sólidas encontradas num crânio de cerca de 24 centímetros. Segundo os paleontólogos as mandíbulas tinham uma força muito grande. Segundo o estudo a tartaruga pertence a um grupo chamado Pleurodira, ao qual pertencem tartarugas cujo pescoço não é encolhido "para trás" no casco, mas sim dobrado para o lado. Essa tartaruga era predadora e comeria quase tudo o que pudesse enfiar na boca, até pequenos crocodilos.
Edwin Cadena ao lado da carapaça fóssil
©
Dan Ksepka/NC State University

Edwin Cadena, um doutorando da universidade e autor principal do estudo, disse, "Nós recuperamos menores espécimes do mesmo sítio. Mas depois de gastar cerca de 4 dias trabalhando para desenterrar a carapaça, eu percebi que essa tartaruga em particular era a maior que qualquer um já havia achado nessa área datando desse período - o que nos deu a primeira evidência de gigantismo em tartarugas de água doce."
Os pesquisadores dizem que parentes menores dessa tartaruga existiram e viveram na era dos dinossauros e que essa tartaruga gigante surgiu cerca de 5 milhões de anos depois que os dinos foram extintos. Eles descrevem essa região da Améric ado Sul como sendo a casa de répteis gigantes, incluindo a maior cobra já descoberta, a Titanoboa cerrejonensis.
"Com esse tamanho, eu imaginaria que nadava por aí sem muido medo," disse Jonathan Bloch, co-autor do estudo e curador de paleontologia de vertebrados associado do Museu da Flórida. "Os únicos animais com que precisava se preocupar era os Dyrossaurídeos (parentes primitivos dos crocodilos) - inclusive temos carapaças de tartaruga do mesmo lugar com marcas de mordidas."
Dan Ksepka, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, com base em plantas fósseis do mesmo sítio diz que o ambiente parece ter sido tropical. E a tartaruga parece ter sido adaptada a uma vida predominantemente aquática, só saindo para terra firme de vez em quando, para botar ovos. De acordo com a universidade o Smithsonian Instituite e o National Science Foundation doaram a verba usada no projeto e os pesquisadores Dr. Carlos Jaramillo do Smithsonian Tropical Research Institute no Panamá e o Dr. Jonathan Bloch do Museu de História Natural da Flórida também contribuíram no estudo. Os achados foram publicados no Journal of Systematic Paleontology.



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