Às vezes o conteúdo que você procura não está na primeira página. Seja um paleontólogo no Ikessauro e procure aqui o conteúdo que deseja!



segunda-feira, 6 de abril de 2015

Luz ultra violeta revela cores de conchas fósseis

© Hendricks (2015)
Me deparei com um link desse estudo no Facebook e achei muito interessante, portanto resolvi traduzir para quem não tem tanta facilidade com o inglês. É interessante como nos últimos anos muitas pesquisas com artefatos antigos e fósseis têm se munido de tecnologias de iluminação para entender melhores a aparência desses objetos ou restos fósseis. Alguns padrões de cor foram revelados com o uso de luz ultra violeta e ajudaram um pesquisador a descobrir treze novas espécies de gastrópodes. Se quiser conferir o resto do texto, clique em "Leia Mais".
Os raios de luz ultravioleta - com os mesmos comprimentos de onda que são emitidos pelas luzes negra usadas em raves para criar um efeito legal - podem ser usados para revelar segredos normalmente invisíveis aos olhos humanos. Uma câmera de ultra violeta pode expor danos causados pelo sol à pele, mostra como plantas carnívoras atraem formigas e destacam traços de penas ainda existentes em fósseis de dinossauros. Agora pesquisadores estão usando luz ultra violeta para tornar visíveis padrões de cor de conchas fósseis de porcelana completamente brancas. Veja abaixo, as conchas sob luz regular, luz ultravioleta e por último com a imagem que capturada com luz UV, agora com cores invertidas. Quase como a revelação de um negativo de fotos, de máquinas fotográficas antigas.
© Hendricks (2015)
Assim como as intempéries e o tempo lavaram as cores das estátuas gregas clássicas, o mesmo ocorreu com as conchas fósseis dos gastrópodes, encontrados na República Dominicana com idades variando entre 4,8 milhões a 6,6 milhões de anos. Gastrópodes modernos são predadores, dispersos e normalmente coloridos. Mas pesquisadores estudando exemplares extintos muitas vezes têm dificuldades de diferenciar espécies sem a ajuda de suas marcas distintivas, afinal, todas as conchas têm formato muito parecido.
© Hendricks (2015)
Mas traços desses pigmentos ainda permanecem e a luz ultra violeta os fazem brilhar, descobriu o geólogo Jonathan Hendricks da Universidade Estadual de San Jose, de acordo com uma pesquisa publicada no periódico de acesso livre Plos One (clique para ver o artigo). Ele analisou mais de 350 conchas, originalmente encontradas na década de 1970, sob luz ultra violeta e os caracterizou por suas listras, manchas e cores. Para o The Washington Post, Rachel Feltman escreveu:
Através de desenhos dos padrões dos fósseis, ele foi capaz de classificá-los por espécies. Em muitos casos ele percebeu que os padrões eram bem similares aos de espécies atuais. Mas em outros casos - como na espécie recém proposta Conus carlottae - os padrões eram consideravelmente diferentes. Essa espécie tinha grandes pontos redondos por toda sua concha, o que não é um padrão visto em conchas atuais.
Hendricks propõem treze novas espécies baseadas no seu trabalho com luz ultravioleta. Além disso acrescenta que cientistas precisam entender qual componente da luz ultra violeta é que reage com os pigmentos e se torna fluorescente. Algumas conchas apresentam áreas com marcas mais vivas onde supõem-se que foram expostas à luz solar, enquanto que o outro lado estava enterrado na areia. A partir disso Hendricks pensa que alguma reação ativada pela exposição ao oxigênio, auxiliada pelos raios solares, fazem os pigmentos responder melhor à luz ultra violeta, embora ainda não saibam porque isso ocorre.



0 comentários :