Essa semana foi dada a notícia de que um fóssil encontrado na Austrália poderia revolucionar as teorias de separação de continentes. Um terópode, dinossauro carnívoro bípede, que vivia no Cretáceo é a identidade do provável dono da mão encontrada em Dinosaur Cove, em 1989, há 19 anos atrás, ou seja, não é tão novo assim. Em 1998 foi descrito um dinossauro carnívoro que vivia na Argentina, o Megaraptor namunhuaiquii, e este possuía uma garra enorme que primeiramente pensava-se que ficasse em um dos dedos do pé como nos Velociraptores e Deinonychus. Para entender a ligação entre os fósseis do Megaraptor e a mão da Austrália, além de desaber porque isso colabora para entender a mudança dos continentes, você deve expandir a postagem clicando no botão Leia Mais.
Depois de algum tempo, os estudos comprovaram que a garra era de sua mão e assim surgiu uma ligação entre o fóssil de Megaraptor e o dino Australiano. As mãos são praticamente iguais, porém a da Austrália é menor, metade do tamanho da do animal sul americano. Isso levou os paleontólogos a pensar que o dino da Austrália seria um exemplar da espécie já descrita ou um parente próximo e esta espécie deveria ter migrado da América do Sul para Austrália cruzando toda a Gondwana, o grande continente do hemisfério sul, resultado da divisão do supercontinente Pangea em duas partes sendo que a do hemisfério norte denominou-se Laurásia. Mas para que isso pudesse ter acontecido, levaria um tempo até que megaraptores ou parentes próximos migrassem pelo continente e chegassem ao seu extremo oriental, levando alguns pesquisadores a pensar que o continente Gondwana só se separou em América do Sul, África, Antartida,Austrália, Índia e Madagascar em uma época mais recente que a imaginada anteriormente.
Megaraptor namunhuaiquii
O dinossauro australiano não tem nome ainda, porém já foi descrito o fóssil na revista Proceedings of the Royal Society.
Antes pensava-se que a Austrália era um local com animais totalmente diferentes dos do resto do mundo, até hoje alguns animais só existem lá. Isso seria devido ao clima e localização, porém agora acredita-se que houve um intercâmbio biológico entre a Austrália e o resto do mundo, principalmente América do Sul.
Porém a paleontóloga Patricia Vickers-Rich acredita que essas teoria são muito relativas, tem poucas provas, segundo ela não se pode criar a teoria da vida na terra com base num só osso, e sendo a Autrália um dos lugares que possui fósseis raros e geralmente pequenos só com futuras descobertas poderiamos afirmar quando e como os continentes se dividiram.
Tom Rich, curador de paleontologia de vertebrados no Museu de Victoria é de mesma opinião que sua esposa, a maioria dos dinos australianos são mais parecido com dinos asiáticos que sul americanos e isso ele ainda não sabe explicar.
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