Dessa vez o tema é extinção, resolvi falar disso porque sempre falamos nos dinossauros, ficamos fascinados e pensamos que seria muito legal ver um dinossauro de perto. Mas o que nos impede de fazer isso? A resposta não poderia ser mais óbvia, eles foram EXTINTOS!
Sim, é uma pena que animais tão incríveis como os dinossauros, pterossauros e répteis marinhos tenham sumido da face da Terra no fim do período conhecido como Cretáceo, há 65 milhões de anos aproximadamente. A pergunta que nos fazemos constantemente é :
Qual o motivo desse desaparecimento repentino?
Teorias foram criadas a partir do registro fóssil e de vestígios na crosta terrestre para explicar o "fenômeno" que sumiu com os répteis que governaram o planeta por muitos milhões de anos.
Citarei as teorias que encontrei sobre o assunto abaixo.
Teoria 1: Queda de meteoro gigante!
Segundo alguns especialistas no assunto, um meteoro gigantesco, em torno de 10 km de diâmetro se chocou com a terra na área que atualmente é a Península de Yucatán, no Golfo do México. O impacto teria causado uma imensa destruição com o surgimento de ondas de água fria e quente de grande proporção, que ao atingir a terra firme destruía tudo levantando poeira, gases, pedras, fumaça e vapor d'agua criando uma espessa nuvem escura na atmosfera do planeta. Com a falta de luz solar, bloqueada pela nuvem, as plantas não faziam fotossíntese e morriam, diminuindo o alimento dos animais herbívoros que morriam e com tantas mortes os predadores carnívoros ficavam sem alimento e também pereceram.
Mas a teoria ainda tem uma hipótese criada por Peter Schultz e Steven e D'Hondt da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos. Ambos afirmam que não apenas o meteoro gigante atingiu Yucatán, mas também vários outros meteoros pequenos bombardearam a crosta na sua maior parte, devido à trajetória do meteoro maior, que veio do sudeste e ao se chocar lançõu muitos fragmentos em sentido noroeste, ou seja, América do Norte e indicam que o meteoro se chocou com um ângulo de menos de 20º. Isso é comprovado pela forma da cratera, que em vez de ser circular é eliptica, mostrando que a direção imaginada está correta. Também a presença de cristais de quartzo originados pelo impacto estão mais presentes nos Estados Unidos do que na Europa e Ásia.
As provas mais fortes da queda do meteoro são a Cratera de Chicxulub, no Golfo do México e a presença de minerais que somente estão presentes em corpos celestes como os meteoros. O mineral mais raro é o Irídio, que estava em sua forma mais pura, com 99% de pureza, sendo que na Terra isso é praticamente inexistente. Para que o Irídio, mineral muito raro no planeta, esteja tão puro ele deveria ter sofrido uma espécie de purificação que o separasse dos metais que geralmente ficam misturados com o irído. Mas somente um impacto gigantesco e devastador teria capacidade de vaporizar os outros metais deixando o irídio puríssimo, da maneira que foi encontrado em um fragmento de 5 milímetros que Frank Kyte descobriu no fundo do oceano pacífico à 9 mil km da Yucatán. Mas se o fragmento está tão longe, porque acreditam que seja do meteoro? Simples, seguindo a direção indicada anteriormente, sentido noroeste chega-se ao local onde foi encontrado o fragmento com irídio na forma mais pura já constatada. Esse fragmento não cairia até a crosta se já tivesse chegado ao planeta com 5 milímetros, pois corpos celestes pequenos se desintegram na atmosfera antes de chegar ao solo, o que indica que para ter chegado ao fundo do mar tem que chegar junto com um objeto maior que impeça sua desintegração.
Teoria 2: Mudança climática!
A teoria que mais rebate a do meteoro é a da extinção gradual devido às mudanças climáticas. De acordo com essa teoria, a mudança continental que ocorria na época teria provocado erupções vulcânicas em grande quantidade, queda na temperatura e a queda do nível do mar no final do cretáceo. Isso aos poucos contribuiu para a morte de algumas espécies restando apenas as mais resistentes e que melhor se adaptavam. Norman MacLeod, pesquisador do Museu de História Natural de Londres afirma que não houve uma extinção repentina, que acabou com tudo do dia para a noite, o que aconteceu foi a extinção gradual devido à grande concentração de poeira, fumaça cinzas vulcânicas expelidas por uma intensa atividade vulcânica onde hoje é a Índia e a queda do nível do mar em mais de 100 metros. Charles Marshall, da Universidade da Califórnia afirma que não há como toda a biodiversidade ser extinta em tão pouco tempo, mesmo com essas mudanças climáticas. Ele afirma que muitos grupos de animais levam milhões de anos até uma espécie evoluir até que uma hora é extinta e quebra sua árvore genealógica sem deixar descendentes. MacLeod chefiou uma equipe que pesquisava as "mutações" dos animais do fim do cretáceo, mas mutações naturais, a evolução e não deficiências genéticas geralmente associadas ao termo mutante, que significa "aquilo que muda". Poucos seres vivos não alteraram seu código genético indicando uma possível adaptação às novas condições ambientais. Não negam que tenha caido o meteoro, apenas afirma que não teve uma força destrutiva tão grande e que exterminou apenas as espécies próximas ao impacto. Algumas espécies extinguiram-se mesmo antes do meteoro cair, mas não drasticamente e sim gradativamente.
Teoria 3: Falta de Ar!
Parece brincadeira mas não é, segundo estudos realizados por Gary Landis em 1993, influênciado pelo filme Jurassic Park lançado naquele ano, ele coletou pedras de ambar, usadas no filme para retirar sangue de insetos presos em seu interior. Mas seu intuito não era recriar os dinossauros e sim verificar a quantidade de oxigênio presente nas bolhas que se formavam no ambar e descobrir qual a taxa desse gás na atmosfera do período cretáceo. O resultado indicava 28% de oxigênio, porém o normal seria 35%. Isso causaria nos dinossauros um efeito parecido com o que os alpinistas sentem ao escalar em altitudes muito grandes, dores de cabeça, falta de ar e alucinações, prejudicando até a locomoção. Mas existem suspeitas em relação a isso, o ambar pode ter deixado ao oxigênio escapar de alguma forma durante os 65 milhões de anos que o preservaram fossilizado. Hoje a taxa de oxigênio é de 21% sendo que a maioria dos animais têm diafragma para auxiliar a respiração, musculatura não encontradas em dinossauros. Mas essa teoria não é muito aceita por ter poucas provas.
Teoria 4: Superfuracões!
Kerry Emanuel é um climatologista de Massachusetts responsável pela teoria de superfuracões. Tal suposição diz que o meteoro de Yucatán não foi suficiente para matar os dinossauros no mundo todo se não houvesse provocado ventos de 300 m/s (metros por segundo, quase a velocidade do som) que criaram superfuracões (do inglês hipercanes, junção do termo hiper + hurricanes que significa furacão). Esses superfuracões poderiam alterar o clima totalmente pela sucção criada que jogava tudo para a estratosfera e destruindo a camada de ozônio, aumentando a radiação ultra violeta que mataria seres terrestres e marinhos.
Teoria 5: Falta de fêmeas!
David Miller, da Universidade de Leeds no Reino Unido apoia a tese de que o meteoro não extinguiu os dinossauros, apenas mudou o clima. Sendo os dinossauros répteis, o que definiria o nascimento de machos ou fêmeas seria a temperatura em que os ovos são chocados. Na maioria dos animais o que determina o sexo do filhote é o cromossomo Y (machos XY) e o cromossomo X (fêmeas XX), porém em algumas espécies isso é diferente. Nos crocodilianos, tartarugas e alguns peixes o que determina o sexo é a temperatura dos ovos, sendo que mais frios gerariam machos e mais quentes fêmeas. Com as mudanças climáticas o clima esfriou causando o nascimento de mais machos que fêmeas até que as espécies se extinguiram. Isso tudo baseado que os dinossauros tivessem o metabolismo parecido com os réteis. Mas uma falha grande deixa a teoria abalada. Se isso aconteceu, como os crocodilos e tartarugas (já existentes naquela época) sobreviveram a extinção?
A explicação mais sensata é que por viver num nicho ecológico diferenciado, um pouco na água e um pouco na terra, algum fator propiciou uma proteção aos ovos, o que permitiu as espécies se adaptarem aos novos climas que surgiam.
Essas 5 teorias são as que mais achei aceitáveis, com excessão da última que é muito excêntrica. Criarei no blog uma enquete para ver o que vocês visitantes acham que extinguiu os dinossauros, as opções serão as teorias aqui apresentadas. Para uma próxima postagem especial falarei de teorias malucas e absurdas para a extinção dos dinossauros que surgiram ao decorrer do tempo.
Além disso o que nos resta fazer é esperar para ver se novas descobertas encontram o(s) fenômeno(S) responsável(eis) por tantas mortes.
Sim, é uma pena que animais tão incríveis como os dinossauros, pterossauros e répteis marinhos tenham sumido da face da Terra no fim do período conhecido como Cretáceo, há 65 milhões de anos aproximadamente. A pergunta que nos fazemos constantemente é :
Qual o motivo desse desaparecimento repentino?
Teorias foram criadas a partir do registro fóssil e de vestígios na crosta terrestre para explicar o "fenômeno" que sumiu com os répteis que governaram o planeta por muitos milhões de anos.
Citarei as teorias que encontrei sobre o assunto abaixo.
Teoria 1: Queda de meteoro gigante!
Segundo alguns especialistas no assunto, um meteoro gigantesco, em torno de 10 km de diâmetro se chocou com a terra na área que atualmente é a Península de Yucatán, no Golfo do México. O impacto teria causado uma imensa destruição com o surgimento de ondas de água fria e quente de grande proporção, que ao atingir a terra firme destruía tudo levantando poeira, gases, pedras, fumaça e vapor d'agua criando uma espessa nuvem escura na atmosfera do planeta. Com a falta de luz solar, bloqueada pela nuvem, as plantas não faziam fotossíntese e morriam, diminuindo o alimento dos animais herbívoros que morriam e com tantas mortes os predadores carnívoros ficavam sem alimento e também pereceram.
Mas a teoria ainda tem uma hipótese criada por Peter Schultz e Steven e D'Hondt da Universidade de Rhode Island, nos Estados Unidos. Ambos afirmam que não apenas o meteoro gigante atingiu Yucatán, mas também vários outros meteoros pequenos bombardearam a crosta na sua maior parte, devido à trajetória do meteoro maior, que veio do sudeste e ao se chocar lançõu muitos fragmentos em sentido noroeste, ou seja, América do Norte e indicam que o meteoro se chocou com um ângulo de menos de 20º. Isso é comprovado pela forma da cratera, que em vez de ser circular é eliptica, mostrando que a direção imaginada está correta. Também a presença de cristais de quartzo originados pelo impacto estão mais presentes nos Estados Unidos do que na Europa e Ásia.
As provas mais fortes da queda do meteoro são a Cratera de Chicxulub, no Golfo do México e a presença de minerais que somente estão presentes em corpos celestes como os meteoros. O mineral mais raro é o Irídio, que estava em sua forma mais pura, com 99% de pureza, sendo que na Terra isso é praticamente inexistente. Para que o Irídio, mineral muito raro no planeta, esteja tão puro ele deveria ter sofrido uma espécie de purificação que o separasse dos metais que geralmente ficam misturados com o irído. Mas somente um impacto gigantesco e devastador teria capacidade de vaporizar os outros metais deixando o irídio puríssimo, da maneira que foi encontrado em um fragmento de 5 milímetros que Frank Kyte descobriu no fundo do oceano pacífico à 9 mil km da Yucatán. Mas se o fragmento está tão longe, porque acreditam que seja do meteoro? Simples, seguindo a direção indicada anteriormente, sentido noroeste chega-se ao local onde foi encontrado o fragmento com irídio na forma mais pura já constatada. Esse fragmento não cairia até a crosta se já tivesse chegado ao planeta com 5 milímetros, pois corpos celestes pequenos se desintegram na atmosfera antes de chegar ao solo, o que indica que para ter chegado ao fundo do mar tem que chegar junto com um objeto maior que impeça sua desintegração.
Teoria 2: Mudança climática!
A teoria que mais rebate a do meteoro é a da extinção gradual devido às mudanças climáticas. De acordo com essa teoria, a mudança continental que ocorria na época teria provocado erupções vulcânicas em grande quantidade, queda na temperatura e a queda do nível do mar no final do cretáceo. Isso aos poucos contribuiu para a morte de algumas espécies restando apenas as mais resistentes e que melhor se adaptavam. Norman MacLeod, pesquisador do Museu de História Natural de Londres afirma que não houve uma extinção repentina, que acabou com tudo do dia para a noite, o que aconteceu foi a extinção gradual devido à grande concentração de poeira, fumaça cinzas vulcânicas expelidas por uma intensa atividade vulcânica onde hoje é a Índia e a queda do nível do mar em mais de 100 metros. Charles Marshall, da Universidade da Califórnia afirma que não há como toda a biodiversidade ser extinta em tão pouco tempo, mesmo com essas mudanças climáticas. Ele afirma que muitos grupos de animais levam milhões de anos até uma espécie evoluir até que uma hora é extinta e quebra sua árvore genealógica sem deixar descendentes. MacLeod chefiou uma equipe que pesquisava as "mutações" dos animais do fim do cretáceo, mas mutações naturais, a evolução e não deficiências genéticas geralmente associadas ao termo mutante, que significa "aquilo que muda". Poucos seres vivos não alteraram seu código genético indicando uma possível adaptação às novas condições ambientais. Não negam que tenha caido o meteoro, apenas afirma que não teve uma força destrutiva tão grande e que exterminou apenas as espécies próximas ao impacto. Algumas espécies extinguiram-se mesmo antes do meteoro cair, mas não drasticamente e sim gradativamente.
Teoria 3: Falta de Ar!
Parece brincadeira mas não é, segundo estudos realizados por Gary Landis em 1993, influênciado pelo filme Jurassic Park lançado naquele ano, ele coletou pedras de ambar, usadas no filme para retirar sangue de insetos presos em seu interior. Mas seu intuito não era recriar os dinossauros e sim verificar a quantidade de oxigênio presente nas bolhas que se formavam no ambar e descobrir qual a taxa desse gás na atmosfera do período cretáceo. O resultado indicava 28% de oxigênio, porém o normal seria 35%. Isso causaria nos dinossauros um efeito parecido com o que os alpinistas sentem ao escalar em altitudes muito grandes, dores de cabeça, falta de ar e alucinações, prejudicando até a locomoção. Mas existem suspeitas em relação a isso, o ambar pode ter deixado ao oxigênio escapar de alguma forma durante os 65 milhões de anos que o preservaram fossilizado. Hoje a taxa de oxigênio é de 21% sendo que a maioria dos animais têm diafragma para auxiliar a respiração, musculatura não encontradas em dinossauros. Mas essa teoria não é muito aceita por ter poucas provas.
Teoria 4: Superfuracões!
Kerry Emanuel é um climatologista de Massachusetts responsável pela teoria de superfuracões. Tal suposição diz que o meteoro de Yucatán não foi suficiente para matar os dinossauros no mundo todo se não houvesse provocado ventos de 300 m/s (metros por segundo, quase a velocidade do som) que criaram superfuracões (do inglês hipercanes, junção do termo hiper + hurricanes que significa furacão). Esses superfuracões poderiam alterar o clima totalmente pela sucção criada que jogava tudo para a estratosfera e destruindo a camada de ozônio, aumentando a radiação ultra violeta que mataria seres terrestres e marinhos.
Teoria 5: Falta de fêmeas!
David Miller, da Universidade de Leeds no Reino Unido apoia a tese de que o meteoro não extinguiu os dinossauros, apenas mudou o clima. Sendo os dinossauros répteis, o que definiria o nascimento de machos ou fêmeas seria a temperatura em que os ovos são chocados. Na maioria dos animais o que determina o sexo do filhote é o cromossomo Y (machos XY) e o cromossomo X (fêmeas XX), porém em algumas espécies isso é diferente. Nos crocodilianos, tartarugas e alguns peixes o que determina o sexo é a temperatura dos ovos, sendo que mais frios gerariam machos e mais quentes fêmeas. Com as mudanças climáticas o clima esfriou causando o nascimento de mais machos que fêmeas até que as espécies se extinguiram. Isso tudo baseado que os dinossauros tivessem o metabolismo parecido com os réteis. Mas uma falha grande deixa a teoria abalada. Se isso aconteceu, como os crocodilos e tartarugas (já existentes naquela época) sobreviveram a extinção?
A explicação mais sensata é que por viver num nicho ecológico diferenciado, um pouco na água e um pouco na terra, algum fator propiciou uma proteção aos ovos, o que permitiu as espécies se adaptarem aos novos climas que surgiam.
Essas 5 teorias são as que mais achei aceitáveis, com excessão da última que é muito excêntrica. Criarei no blog uma enquete para ver o que vocês visitantes acham que extinguiu os dinossauros, as opções serão as teorias aqui apresentadas. Para uma próxima postagem especial falarei de teorias malucas e absurdas para a extinção dos dinossauros que surgiram ao decorrer do tempo.
Além disso o que nos resta fazer é esperar para ver se novas descobertas encontram o(s) fenômeno(S) responsável(eis) por tantas mortes.
1 comentários :
Olá, Ike!
Há uma teoria que a gente encontra no livro "Ever Since Darwin" (1997)(publciado no Brasil com o título "Darwin e os Grandes Enigmas da Vida")do Stephen Jay Gould. Este autor argumenta que a deriva continetal seria a desencadeadora da "grande mortandade" do Cretáceo, pois uma configuração diferente dos continentes "produziria uma ampla variedade de resultados, de mudanças climáticas e na circulação oceânica à interação de ecossistemas anteriormente isolados". Gould cita que a extinção do Permiano também ocorreu numa época de mudança na configuração dos continentes - mais uma evidência a favor da deriva continetal assassina!
Todavia, ela não deixa de estar relacionada com duas teorias que você citou: vulcanismo (o que aconteceria nos encontros convergentes entre as placas continentais) e a mudança climática.
Muito bacana seu blog! Logo mais devo postar algo no meu...provavelmente sobre os grandes répteis.
Até mais!
Victor Soficier
Postar um comentário