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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Extinção: o supermeteoro caiu na Índia diz pesquisador

Diagrama tridimensional da cratera de Shiva*
© GSA
Há anos a teoria mais aceita para explicar a extinção dos dinossauros é a queda de um meteoro gigante. O local em que tal meteoro caiu seria de acordo com diversas pesquisas, o Golfo do México, especificamente na Península de Yucatán. A cratera ali e a presença de determinados elementos indicam que foi ali o local do impacto. Mas um cientista indiano está dizendo que encontrou uma cratera maior ainda na costa da Índia. Veja mais sobre essa nova descoberta expandindo a postagem para ler a matéria completa.

A Cratera de Shiva, agora considerada como a possível maior cratera de impacto da Terra, mede cerca de 500 quilômetros de diâmetro e circunda uma espécie de montanha com 4,800 metros de altura contando a partir do fundo oceânico, elevação esta conhecida como Elevado de Bombaim.
Justify FullSankar Chatterjee é o líder da equipe de pesquisadores da Universidade Técnica do Texas - EUA, que está estudando a cratera e suas características. O local onde tal depressão está é o mar ao oeste da Índia, região onde há muitas reservas de petróleo e gás natural e por isso ali existe muita atividade mineradora. Entre estas crateras complexas estão os locais mais ricos em hidrocarbonetos de todo o planeta.

Segundo os cientistas, se realmente foi um meteoro o responsável pela formação da cratera, ele teria sido monstruosamente grande, chegando a talvez 40 quilômetros de diâmetro, o que seria capaz de criar um impacto tão forte que seria como se fizesse o próprio movimento tectônico.
Só para ter uma ideia de quão grande seria o meteoro, podemos compará-lo com o que supostamente caiu em Yucatán. Este teria entre 8 e 10 quilômetros de diâmetro, ou seja, a "pedrona" que pode ter caído na Índia seria 3 ou 4 vezes maior.



É difícil imaginar e descrever um cataclisma dessas proporções. Mas, se os pesquisadores estiverem corretos, o impacto de Shiva vaporizou a crosta da Terra no ponto da colisão, deixando no local nada menos do que um buraco onde emergiu o material ultra quente do manto da Terra.

Os pesquisadores acreditam que o impacto acelerou as erupções vulcânicas em uma linha que cobre a maior parte do oeste da Índia. E mais, o impacto separou as ilhas Seicheles da placa tectônica indiana, fazendo-as derivarem em direção à África.


As evidências geológicas são dramáticas.

A maioria da cratera fica submersa na plataforma continental da Índia, mas onde ela emerge é marcada por pico altos e agudos e depressões acentuadas. O impacto parece ter destruído ou desgastado a maior parte da camada de granito de 48 quilômetros de espessura presente na costa oeste da Índia.
O próximo passo é ir até a cratera coletar dados e amostras, o que provavelmente será feito mês que vem, de acordo com a previsão do Dr. Chatterjee e sua equipe.

Chatterjee disse que o objetivo é descobrir se as rochas são heterogêneas, ou seja, que não são iguais, há mistura de diferentes tipos e ainda verificar a presença de dois importantes indícios de queda de meteoro, que seriam cristais de quarto com sinais de impacto e presença de irídio, um elemento que é usado quase como uma impressão digital, para reconhecer o meteoro.

* A imagem não mostra a camada de rochas formadas após o fim do Cretáceo que ficam sobre a cratera e nem representa a água do mar.

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