Reconstrução do Coahuilaceratops
Uma nova espécie de dinossauro ceratopsídeo, grupo que apresenta golas ósseas e chifres, foi descoberta no México e possui os maiores chifres já vistos entre os dinossauros. O animal foi batizado de Coahuilaceratops magnacuerna e viveu há 72 milhões de anos. Para saber mais sobre este incrível animal, leia a postagem completa.
O bicho tinha chifres de até 1,2 metros de comprimento, recurvados para frente, o que é muito para um animal de "apenas" 6,7 metros de comprimento e 2,1 metros de altura. Na verdade o chifre do animal está incompleto, mas pela espessura e comprimento do pedaço encontrado pode-se calcular o tamanho total. Seria este dino de chifres mais longos dentre todos os Ceratopsídeos.
Pesquisadores do México, Canadá e Estados unidos estudam o animal, e segundo Andrew Farke, um dos cientistas, o dinossauro não temia nem os tiranossauros, tendo tais armas de defesa imponentes para proteger-se.
Na verdade, é mais provável que estes adornos, inclusive os chifres, fossem algo que servia mais para exibir do que para brigar fisicamente, talvez tornando um sexo mais atraente para o outro durante o período de reprodução.
O fóssil estava no estado de Coahuila, daí vem o nome da espécie, sendo que o segundo nome significa "Chifre grande" em palavras derivadas do espanhol. Este achado é interessante porque pouco se sabe sobre dinossauros mexicanos diz o líder da pesquisa, Mark Loewen, da Universidade de Utah.
No período em que o Coahuilaceratops viveu, toda a América do Norte era repartida em duas partes por um mar interno, sendo que o herbívoro viveu no lado denominado Laramidia, ou seja, a parte que ficava a oeste do mar.
Os restos desta espécie estavam na Formação Cerro del Pueblo, onde já foram antes encontrados animais extintos, seres marinhos e até dinossauros bico de pato. Dois indivíduos de Coahuilaceratops foram encontrados, sendo que o animal maior aparenta ser um adulto velho pelas características gerais do esqueleto e crânio, que foram comparadas ao esqueleto do outro exemplar menor e mais jovem encontrado no mesmo local.
Ele deveria estar entre os maiores animais de seu ecossistema e com certeza marcou presença importante na região no fim do Cretáceo. A região que hoje é desértica, na época era muito úmida, pois havia ali um estuário, região onde o mar e e os rios encontram-se misturando água doce com água salgada. Restos de seres marinhos provam que o chifrudo aqui descrito viveu perto d'água e talvez até mesmo nas praias. O fato de vários animais estarem acumulados em uma mesma região pode indicar um local de mortes em massa. Talvez a região sofresse com várias tempestades, furações e outros cataclismas que de vez em quando matavam diversos animais, entre estes dinossauros. Gostei muito deste novo animal e vou ficar torcendo para que novos achados no México nos revelem muitas outras surpresas boas como esta.
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