Nome científico: Purussaurus brasiliensis, P. neivensis.
Significado do Nome: Lagarto do Rio Purus.
Tamanho: 13 a 20 metros de comprimento.
Peso: cerca de 10 toneladas.
Alimentação: Carnívora.
Período: Mioceno.
Viveu: Amazônia - Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia e Venezuela.
Veja onde viveu o Purussauro
© Mapa modificado por Patrick Król Padilha
Veja quando viveu o Purussauro
© Mapa modificado por Patrick Król Padilha

© Patrick Król Padilha
© Kawasaki Satoshi

Primeiramente descoberto no Brasil, nomeado de Purussaurus brasiliensis, alguns fósseis foram coletados pela equipe do Laboratório de Pesquisas Paleontológicas da Universidade Federal do Acre, no Alto Rio Acre, próximo ao município de Assis Brasil. Foram coletados crânio, mandíbula e alguns poucos ossos pós-crânio, também da conhecida Formação Solimões está espécie foi a primeira, mas não a única, pois ainda existem Purussaurus neivensis, primeiramente nomeado Dinosuchus neivensis (não confunda com Deinosuchus, espécie totalmente diferente). P. neivensis foi encontrado na Colômbia, na Formação La Venta, rica em fósseis do Mioceno. Ainda há a terceira espécie, Purussaurus mirandai, mais recente, nomeado em 2006, a partir de restos da Formação Urumaco na Venezuela.
Um crânio de cerca de 1,50 metros de comprimento demonstrou que o animal era enorme, talvez a média fosse em torno de 13 metros, mas sem dúvidas alguns exemplares poderia a ultrapassar os 15 metros de comprimento, o que define este grande jacaré como o maior crocodilomorfo de todos os tempos na América do Sul ou talvez no mundo.
Réplica de Purussaurus, exposta em museu do Peru
© Instituto Santanayana
© Adaptação Patrick Król Padilha

Este é bem diferente de outros crocodilomorfos extintos, como o norte-americano Deinosuchus e o africano e possivelmente também sul-americano Sarcosuchus, pois seus corpos podem ter sido parecidos mas o crânio do Purussauro é totalmente diferenciado. Ele é largo, mais côncavo e maciço, com as narinas localizadas mais ao centro do focinho, que é composto de uma parte mais espessa, com osso resistente. Essa parte mais grossa e protuberante não é vista nos outros animais que apresentam parentesco com este gigante. Possuía cerca de 76 dentes cônicos mais largos na base, medindo cerca de 10 centímetros de comprimento cada. A função desta camada de osso resistente não é conhecida, bem como seus hábitos em vida. Podemos supor que vivia em áreas com água em abundância, já que no mesmo local foram encontrados fósseis de peixes, tartarugas e outros animais aquáticos.© Instituto Santanayana
© Adaptação Patrick Król Padilha

Talvez a floresta amazônica fosse mais pantanosa e apresentasse muitos lagos no interior, criando um habitat perfeito para répteis deste tipo. Deveria ficar o tempo todo na água, para se camuflar enquanto vigia os arredores. o Purussaurus deveria se esconder não para defender-se, pois seu tamanho era sua principal defesa, não havia animal que rivalizasse com ele em força. Seu intuito deve ter sido surpreender presas, como tartarugas ou mamíferos.
Um fato curioso é a descoberta de um fóssil de tartaruga da mesma época e local, com marcas de dentes de um Purussauro, que arrancou sua cauda e uma perna, mas não conseguiu matar o animal que fugiu e sobreviveu. A primeira prova de que o quelônio viveu é que seu esqueleto estava fossilizado, ou seja, não foi comido por ninguém, fato que somado a possíveis sinais de cicatrização fazem com que imaginemos uma tartaruga deficiente, machucada pelo predador.
Fontes
2 comentários :
de novo, o autor da sexta imagem é o Kawasaki Satoshi
Obrigado. Coloquei na segunda imagem sem autor. Se a outra em preto e branco também for dele me avise.
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