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segunda-feira, 17 de março de 2008

Descoberto novo saurópode: O Futalognkosaurus dukei

Numa parceria entre paleontólogos brasileiros e argentinos, em setembro de 2007 se descobriu na Argentina um novo dinossauro. Nomeado de Futalognkosaurus dukei é um dos maiores dinossauros encontrados até agora, com 32 metros de comprimento é talvez o mais completo fóssil de um saurópode gigante. Se quiser mais informações sobre o achado, você só tem que expandir a postagem e aproveitar.


Os ossos começaram a ser desenterrados em 2000 e no mesmo local se acharam mais de 500 dentes de dinossauro entre outros fósseis inclusive de um Megaraptor, terópode de 7 metros.
O local fica próximo ao Lago Barreales, onde um grupo de pesquisadores e estudantes procurava indícios de fósseis, sendo que um estudante viu um pequeno pedaço de osso e ao pesquisar mais notou que era um grande achado, convocando o resto da equipe para desenterrar os ossos. Só a vertebra do Futalognkonsaurus mede 1,10 metros. Era enorme e comia vegetação como todo saurópode, devia andar em bandos para proteger-se e formar uma "comunidade". Os fósseis ficarão em museus argentinos, mas os museus brasileiros recebem réplicas dos fósseis para exibição. Seu nome "Futalognkosaurus" significa "gigante rei dos lagartos" na língua indígena Mapuche e o nome "dukei" vem da empresa Duke Energy que financiava as escavações.

Segundo o pesquisador brasileiro Alexandre Kellner, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o animal é o mais bem conservado entre os
3 maiores saurópodes conhecidos. Enquanto os outros tiveram somente algumas vertebras boas encontradas, cerca de 3 a 5 no máximo, o Futalognkosaurus teve 20 vértebras encontradas, desde as primeiras do pescoço até o início da cauda, onde faltam os ossos. Isto dá a noção muito precisa do tamanho dele em vida, ao contrário de estimativas como as do Argentinosaurus e Puertasaurus, ambos da América do Sul, mas baseados em poucos ossos. A estimativa do Futalognkosaurus permitirá compará-lo aos demais saurópodes gigantes para que se façam novos cálculos do seu tamanho.

Algumas vértebras e uma representação em desenho dos ossos encontrados

© Calvo et al. (2007)


Segundo os pesquisadores brasileiros e argentinos que estão encarregados dos estudos, o animal deve ter morrido, não se sabe como, e acabou caindo em um rio de águas calmas e foi levado até o local, onde se prendeu formando uma espécie de barreira para a água, que diminuiu de força e permitiu um grande depósito de sedimentos no corpo, preservando-o. Além disto, foram encontrados peixes, conchas, folhas, duas espécies de crocodilomorfos e até outros dinossauros de vários tipos no local, o que prova que deveria haver água em abundância ali. Com tamanha diversidade de fauna e flora conhecida deste local, tudo pertencente ao Cretáceo, os paleontólogos poderão reconstruir melhor o ambiente como um todo, dando uma boa visão da América do Sul da época.

Reconstrução do ambiente no período Cretáceo
© Maurílio de Oliveira


Fonte

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