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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ida, nossa tia de 47 milhões de anos de idade

Esta postagem trata de uma descoberta que pensei não ser tão interessante ou importante, mas eu estava enganado. Confira abaixo uma das maiores descobertas do ano.


Bem pessoal, tenho de lhes contar algo que parece estar revolucionando a paleontologia este mês. Ontem soube por um amigo na volta da faculdade, que alguns paleontólogos haviam apresentado ao público e à comunidade científica, um fóssil de um primata primitivo que diziam ser o ancestral perdido do ser humano. Fiquei interessado, mas sem muita empolgação de comentar sobre isto no blog. Cheguei em casa, e, vendo TV assisti uma matéria no jornal que estava no ar, mostrando o fóssil. Me surpreendi, o fóssil está muitíssimo bem preservado, cerca de 95% do esqueleto e ainda nota-se marcas da pele ou pelos do animal. Fiquei mais interessado, mas ainda não a ponto de publicar algo sobre no blog. Isto não durou muito, pois hoje de manhã, ao ligar o computador me deparei com o logotipo do Google estilizado, como se fosse o fóssil de Ida, o primata de 47 milhões de anos, o que me fez pensa: "É, esta descoberta é mesmo importante e eu devo falar dela também". Então abaixo você confere a postagem sobre esta importantíssima descoberta.

Logotipo do Google em forma do fóssil de Ida
© Google
O fóssil foi achado faz muito tempo, há cerca de 25 anos por um caçador de fósseis que encontrou a placa de rocha onde está o fóssil, em uma cratera de um lago antigo perto de Franckfurt - Alemanha. O animal é um primata, considerado agora o ancestral do homem mais antigo já descoberto, que inclusive tem diversas características morfológicas semelhantes às dos humanos. Em vez de garras, o animal tinha unhas, cada membro tem 5 dedos e ele ainda tem dedos opositores, conhecidos popularmente como polegar ou "dedão", que no caso dos humanos são dois, somente nas mãos e que nos permite agarrar objetos. O animal tinha dedos opositores nos pés, como podemos notar na imagem do fóssil. Outras características, como posição dos olhos e a face curta como dos primatas modernos, além do cérebro grande, parecem ser semelhantes às dos humanos, ou seja, o animal estava evoluindo e adquirindo estes traços que mais tarde nós humanos herdaríamos.

O fóssil ficou em estudo por dois anos, em segredo, e os paleontólogos nomearam-no como Darwinius masillae, em homenagem a Darwin. O fóssil não veio à público antes porque pertencia a uma coleção particular e só há pouco tempo começou a ser estudado.

Fóssil de Ida
© Atlantic Production Ltd.

Jenz Franzen afirma que o animal não é um ancestral direto do homem, como um "avô", mas estaria sim no ramo evolutivo que resultou no ser humano, então seria mais correto afirmar que Ida é uma "tia" de todos nós.
A descoberta é muito importante, pois já faz pelo menos 200 anos que pesquisadores buscam um fóssil deste tipo para ajudar a preencher a história da evolução humana.

Fontes

1 comentários :

Gleica disse...

Nossa eu me fiz a mesma pergunta quando abri a página do Google XD

Muiitoooo foda isso *-*