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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Darwinopterus ou "a asa de Darwin" é o mais novo pterossauro chinês

Fóssil do crânio e pescoço de um Darwinopterus
© Lü Junchang/Instituto Geológico de Beijing

Um estudo sugere que os pterossauros evoluíram primeiro a cabeça e depois o resto do corpo. Confira tudo sobre esta intrigante teoria, o que este fóssil traz de novidades e o porque é tão importantes para o estudo da evolução dos Pterossauros em geral. Basta expandir a postagem para apreciar o texto completo. Vale mencionar que o texto é uma tradução livre minha do texto em inglês original.

Fósseis de répteis voadores, também conhecidos como pterossauros, tem sido agrupados em duas categorias:
Primitivos - menores e dotados de cauda longa.
Modernos - enormes e com cauda curta.

Pesquisadores esperavam achar pterossauros com caudas de tamanho médio e corpo também igualmente dimensionados, para preencher a lacuna evolutiva entre os grupos de cauda longa e cauda curta. Entre ambos, estaria um suposto grupo de cauda média.

A nova criatura, batizada como Darwinopterus, que quer dizer "Asa de Darwin", não se encaixa na categoria de cauda curta nem na de cauda longa, pois parece uma mistura de características de animais dos dois grupos, sendo quase um Frankenstein dos pterossauros.

"É como se alguém dissesse, vamos pegar partes destes dois e juntar para fazer um tipo de quimera, que vai realmente confundir todo mundo", disse Dave Unwin da Universidade de Leicester na Inglaterra, que é co-autor do artigo que relata os achados, publicado na internet em 14 de Outubro na Proceedings of the Royal Society B.

Unwin e colegas descobriram mais que 20 esqueletos no nordeste da China no início deste ano. Datando de cerca de 160 milhões de anos atrás, os fósseis revelaram uma cauda longa e um corpo pequeno como o dos pterossauros mais primitivos, mas com uma cabeça e pescoço iguais à de pterossauros mais evoluídos que surgiram no Cretáceo.
As mandíbulas longas, dentes afiados e pescoço flexível sugerem que este animal do tamanho de um corvo tinha caçado como um falcão, observando a presa ainda em voo e atacando-a ainda no céu, com uma queda livre sobre ela, surpreendendo a mesma.
O Darwinopterus devia caçar como aves de rapina: queda livre sobre a vítima
© Mark Witton



A combinação bizarra de traços primitivos e mais novos indicam que o Darwinopterus evoluiu por partes, disse Unwin. O achado poderia dar suporte a uma controversa ideia chamada Evolução Modular, em que se afirma que as forças evolucionárias podem agir em um grupo inteiro de características, como uma cabeça inteira por exemplo, em vez de apenas em um dente por vez.

"O grande interesse no Darwinopterus é que ele é um exemplo da evolução modular. Ele traz evidências concretas para um tipo de padrão," diz Unwin. "O desafio agora é encontrar um mecanismo genérico que pode permitir que isso aconteça."

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