A notícia me deixa alegre e triste ao mesmo tempo, pois enquanto me alegro ao saber que temos mais um pterossauro brazuca, fico meio desanimado com a ineficácia das leis brasileiras em relação ao transporte, venda e comércio em geral de fósseis brasileiros, principalmente os que vão para o exterior. Confira tudo sobre o novo pterossauro expandindo a postagem.
O animal foi descoberto no Ceará, no sul do estado, em rochas com data aproximada de 100 milhões de anos, ou seja, do Cretáceo. O animal media cerca de 4,5 metros de envergadura, tinha uma crista estranha e agora é chamado de Tupuxuara deliradamus. O primeiro nome já é conhecido, pois já existem mais duas espécies de Tupuxuara. Mas o nome deliradamus é estranho, pois foi montado com palavras do latim para homenagear uma banda de rock progressivo, o Pink Floyd, da qual Witton é fã. Ele se baseou na canção "Shine on you crazy diamond" ("Brilhe, seu diamante louco") e por isto o nome da espécie significa "Diamante Louco" em latim. Mas o que o um diamante teria a ver com o animal? Segundo Witton, uma das características que difere o T. deliradamus dos demais Tupuxuaras é a forma da fenestra nasoantorbital, um buraco do crânio, que por ter forma de diamente serviu de base para a criação do nome.
A pesquisa de Mark Witton, que é da Universidade de Portsmouth, saiu publicada na edição mais recente da revista científica "Cretaceous Research". Segundo Witton, a crista do animal poderia servir para diferenciar os sexos na vida adulta, o que chamamos dimorfismo sexual. Ele não aposta na teoria da regulação térmica como o brasileiro Alexander Kellner porque os vasos sanguíneos presentes na crista são apenas superficiais.
O fóssil, composto de um crânio e mandíbula parciais, mas infelizmente foi parar na Europa, precisamente na Universidade de Portsmouth e logo vai ser levado para a Alemanha onde passará um tempo. Para quem não sabe, no Brasil é ilegal qualquer comércio de fósseis nacionais, tanto dentro quanto fora do país. Quando aparece um fóssil brasileiro no exterior surge a dúvida: Foi levado antes de haver a lei contra comércio de fósseis ou depois, já na ilegalidade? Não há como saber na verdade, o que é chato para nós que perdemos a chance de estudar o que é nosso por direito e de receber o reconhecimento por isso e também constrangedor aos que possuem o material, que passam pelo transtorno de ter que suportar acusações de tráfico e ainda, às vezes em caso de muuuuiiiiita sorte de nós brasileiros, ter de devolver o fóssil ao Brasil.
Muitos museus da América do Norte, mas principalmente da Europa, adquirem fósseis brasileiros de vendedores, sem saber da existência da lei. Como disse Witton, "Acho que precisamos de mais colaboração internacional. Seria possível trabalharmos junto com os cientistas do país de origem dos fósseis".
Já na minha opinião, o que me deixa indignado, é que os fósseis bons, completos, de espécies por vezes desconhecidas, acabam indo parar na mão de estrangeiros que os descrevem, com competência confesso, mas assim tirando a possibilidade de que a paleontologia no Brasil consiga evoluir e popularizar-se. Alguém acha que a paleontologia nos Estados Unidos seria tão avançada se não houvessem muitos fósseis lá e os poucos ainda fossem vendidos para o exterior? Claro que não, a paleontologia estaria ainda engatinhando naquele país, como acontece hoje na realidade brasileira. Então vamos sempre lembrar, não devemos permitir a venda de fósseis em parte alguma, nem qualquer tipo de comércio. Contribuam para o avanço do paleontologia brasileira, é o que eu humildemente peço a todos.
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O animal foi descoberto no Ceará, no sul do estado, em rochas com data aproximada de 100 milhões de anos, ou seja, do Cretáceo. O animal media cerca de 4,5 metros de envergadura, tinha uma crista estranha e agora é chamado de Tupuxuara deliradamus. O primeiro nome já é conhecido, pois já existem mais duas espécies de Tupuxuara. Mas o nome deliradamus é estranho, pois foi montado com palavras do latim para homenagear uma banda de rock progressivo, o Pink Floyd, da qual Witton é fã. Ele se baseou na canção "Shine on you crazy diamond" ("Brilhe, seu diamante louco") e por isto o nome da espécie significa "Diamante Louco" em latim. Mas o que o um diamante teria a ver com o animal? Segundo Witton, uma das características que difere o T. deliradamus dos demais Tupuxuaras é a forma da fenestra nasoantorbital, um buraco do crânio, que por ter forma de diamente serviu de base para a criação do nome.
A pesquisa de Mark Witton, que é da Universidade de Portsmouth, saiu publicada na edição mais recente da revista científica "Cretaceous Research". Segundo Witton, a crista do animal poderia servir para diferenciar os sexos na vida adulta, o que chamamos dimorfismo sexual. Ele não aposta na teoria da regulação térmica como o brasileiro Alexander Kellner porque os vasos sanguíneos presentes na crista são apenas superficiais.
O fóssil, composto de um crânio e mandíbula parciais, mas infelizmente foi parar na Europa, precisamente na Universidade de Portsmouth e logo vai ser levado para a Alemanha onde passará um tempo. Para quem não sabe, no Brasil é ilegal qualquer comércio de fósseis nacionais, tanto dentro quanto fora do país. Quando aparece um fóssil brasileiro no exterior surge a dúvida: Foi levado antes de haver a lei contra comércio de fósseis ou depois, já na ilegalidade? Não há como saber na verdade, o que é chato para nós que perdemos a chance de estudar o que é nosso por direito e de receber o reconhecimento por isso e também constrangedor aos que possuem o material, que passam pelo transtorno de ter que suportar acusações de tráfico e ainda, às vezes em caso de muuuuiiiiita sorte de nós brasileiros, ter de devolver o fóssil ao Brasil.
Muitos museus da América do Norte, mas principalmente da Europa, adquirem fósseis brasileiros de vendedores, sem saber da existência da lei. Como disse Witton, "Acho que precisamos de mais colaboração internacional. Seria possível trabalharmos junto com os cientistas do país de origem dos fósseis".
Já na minha opinião, o que me deixa indignado, é que os fósseis bons, completos, de espécies por vezes desconhecidas, acabam indo parar na mão de estrangeiros que os descrevem, com competência confesso, mas assim tirando a possibilidade de que a paleontologia no Brasil consiga evoluir e popularizar-se. Alguém acha que a paleontologia nos Estados Unidos seria tão avançada se não houvessem muitos fósseis lá e os poucos ainda fossem vendidos para o exterior? Claro que não, a paleontologia estaria ainda engatinhando naquele país, como acontece hoje na realidade brasileira. Então vamos sempre lembrar, não devemos permitir a venda de fósseis em parte alguma, nem qualquer tipo de comércio. Contribuam para o avanço do paleontologia brasileira, é o que eu humildemente peço a todos.
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1 comentários :
esse pterossauro,me fez lembrar aquele passaro chamado Calao,procuren uma foto do Calau,e comparem com esse dino sao bem pareçidos né naum
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