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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dinos bípedes realmente tinham sangue quente

Um estudo publicado na última quarta-feira, 11 de Novembro de 2009, no periódico científico online PLoS One, de acesso gratuito, traz uma pesquisa com dados que provam que os dinossauros bípedes realmente eram endotérmicos, ou seja, tinham sangue quentes. Pelo menos é o que afirmam os paleontólogos responsáveis pelo artigo, sobre o qual você lê mais aqui no Blog do Ikessauro expandindo a postagem.

A confirmação de um metabolismo endotérmico distancia mais ainda os dinos dos répteis, grupo de animais que foi por muito tempo considerado o mais próximo dos "lagartos terríveis", e aproxima mais os grandalhões das aves, que hoje são consideradas os parentes mais próximos dos dinossauros.
Se estes animais tivessem sangue quente, teriam vantagens como a de sobreviver em climas muito frios, movimentação rápida e agilidade, mas também tem seus contras porque para manter tal taxa metabólica precisariam comer muito para prover energia a toda hora ao corpo.
Só pelo fato de se acreditar na velocidade e agilidade de vários dinossauros, devemos concordar que eram endotérmicos ou não conseguiriam manter tal taxa de atividade física, movendo-se muito e rapidamente. Através de análises em fósseis e da fisiologia dos animais atuais com a ajuda de técnicas de modelagem em 3D, conseguiram obter o resultado esperado. Segundo dizem, o gasto de energia que ocorre ao andar e correr está associado ao tamanho da perna, medida do quadril e pés e analisando-os poderiam estimar com 98% de precisão quanto de energia seria gasto pelo animal enquanto anda ou corre, dados estes que são aplicáveis a animais terrestres e que são muito úteis neste tipo de análise.
Animais de sangue quente sempre conseguem mover-se por tempo mais longo e consequentemente gastam mais energia e como imaginamos que os dinossauros moviam-se muito, só poderiam ser endotérmicos.

Herman Pontzer, da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, e os co-autores do trabalho, usaram estes princípios para examinar modelos anatômicos de 14 espécies de dinossauros. Em computador, os pesquisadores reconstruíram os membros dos animais extintos, calculando o volume de músculo necessário para andar ou correr em diferentes velocidades.
Ao comparar os resultados para cada espécie, e organizá-las em uma árvore familiar evolucionárias, os autores verificaram que a endotermia pode ter sido uma condição ancestral para todos os dinossauros bípedes. Isso levaria a característica de sangue quente para muito tempo antes do que se imaginava.
Os pesquisadores apontam que a endotermia pode ter sido um dos principais motivos do sucesso evolucionário dos dinossauros durante os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo.

Para ver o artigo original no site PLoS One, acesse clicando aqui.

Fonte

2 comentários :

Henrique disse...

Mas e dinossauros da região polar, como o leallynasauro?n entendi se tambem n tem sangue frio

Patrick disse...

Bom, o Leallyna era bípede... ágil. ACho que na verdade todos tinham sangue quente, pois ja foram achados fósseis de herbívoros quadrúpedes grandes, como hadrossauros e ceratopsianos, em locais aparentemente gelados, provando que estavam vivendo em climas frios.