O Brasil não tem muitos sítios fossilíferos se comparado à Argentina ou países da América do Norte e Ásia, mas com certeza alguns dos poucos aqui existentes renderam boas descobertas. Recentemente pesquisadores publicaram mais um achado importante das rochas do Triássico do Rio Grande do Sul, especificamente das rochas da Formação Santa Maria, que fica há 200 quilômetros de Porto Alegre, na cidade de Agudo. O foco da pesquisa é um cinodonte, um animal primitivo, quase uma mistura de réptil com mamífero, parecido com um cachorro. Esta nova espécie é bem interessante e você pode saber sobre ela no resto da postagem.
A nova espécie foi denominada Trucidocynodon riograndensis, tendo um nome que faz juz ao seu posto na cadeia alimentar da época, pois era um predador, que junto com alguns répteis grandes e com os primeiros dinossauros, "mandava no pedaço".
Ele era o pesadelo de qualquer pequeno animal e embora medisse apenas 1,20 metros de comprimento e pesasse entre 15 e 20 quilos, era feroz e grande para os padrões da época, por isso seu nome significa "O Cinodonte do Rio Grande do Sul que Trucidava".
Seus fósseis são extremamente bem conservados, sendo que foi recuperado 1 esqueleto praticamente inteiro e mais 4 incompletos, o que permite analisar o esqueleto inteiro, sua forma e funcionamento, incluindo suposições sobre como se movimentava.
Esqueleto praticamente completo
Téo Veiga de Oliveira
Téo Veiga de Oliveira
O Trucidocynodon tinha dentes caninos enormes e incisivos fortes, ambos serrilhados para melhor dilacerar carne, característica geralmente observada em grandes dinossauros carnívoros.
Seu pescoço e região lombar juntos tinham mais vértebras que o normalmente observado em outros cinodontes, 32 ao todo, além de ter caminhado apoiado só nos dedos das patas da frente, o que se vê hoje em mamíferos, mas não em cinodontes primitivos.
Com um corpo deste tipo ele deveria ser um feroz e veloz predador de rincossauros e até de filhotes de dinossauros, entre outros animais.
Segundo o descobridor do bicho,Téo, e colaboradores, nosso mais novo animal extinto tem parentesco com o Ecteninion lunensis, encontrado na Formação Ischigualasto, na Argentina.
Os dois são parecidos e embora a espécie brasileira seja maior, eles têm dentes similares e poderiam talvez ser integrantes de um grupo específico de cinodontes ainda não definido.
Estudos indicam que por volta de 227 a 220 milhões de anos atrás houve uma mudança ambiental na América do Sul, com o surgimento de um ambiente mais úmido, justamente no qual o Trucidocynodon evoluiu, enquanto que o Ectininion habitava locais mais secos.
Temos que também observar o fato de que a espécie Argentina é mais antiga e isto pode indicar que animais que viviam naquela área acabaram espalhando-se pelo que viria a ser o Brasil e então evoluído para outras formas de acordo com a necessidade, sendo o "Cinodonte que trucida" uma delas.
Seu pescoço e região lombar juntos tinham mais vértebras que o normalmente observado em outros cinodontes, 32 ao todo, além de ter caminhado apoiado só nos dedos das patas da frente, o que se vê hoje em mamíferos, mas não em cinodontes primitivos.
Com um corpo deste tipo ele deveria ser um feroz e veloz predador de rincossauros e até de filhotes de dinossauros, entre outros animais.
Segundo o descobridor do bicho,Téo, e colaboradores, nosso mais novo animal extinto tem parentesco com o Ecteninion lunensis, encontrado na Formação Ischigualasto, na Argentina.
Os dois são parecidos e embora a espécie brasileira seja maior, eles têm dentes similares e poderiam talvez ser integrantes de um grupo específico de cinodontes ainda não definido.
Estudos indicam que por volta de 227 a 220 milhões de anos atrás houve uma mudança ambiental na América do Sul, com o surgimento de um ambiente mais úmido, justamente no qual o Trucidocynodon evoluiu, enquanto que o Ectininion habitava locais mais secos.
Temos que também observar o fato de que a espécie Argentina é mais antiga e isto pode indicar que animais que viviam naquela área acabaram espalhando-se pelo que viria a ser o Brasil e então evoluído para outras formas de acordo com a necessidade, sendo o "Cinodonte que trucida" uma delas.
Reconstrução do esqueleto
Divulgação
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Fonte
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