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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Bauru: cidade em cima, cemitério pré-histórico embaixo

Segundo pesquisas feitas na região de Bauru em São Paulo, a cidade foi fundada em um local que contém diversas camadas de rochas sedimentares datadas da Era Mesozóica e de antes mesmo deste tempo, o que pode ser comprovado com a descoberta de fósseis, diz William Nava. As pesquisas sobre as rochas foram feitas há anos por pesquisadores da Unesp de Rio claro e agora cada vez mais encontramos fósseis provando a veracidade dos dados. É bom que no Brasil ocorram achados de dinossauros, pois só estes animais são famosos e atrativos o suficientes para melhorar o interesse na paleontologia do país. Para ver o texto completo desta notícia, clique para expandir a postagem.

Em 2001 Nava encontrou na serra de Gália-Duartina, na SP-294, ossos de um grande dinossauro saurópode, provavelmente mais um Titanossaurídeo. O osso seria parte de uma perna dianteira ou braço, como queiram chamar, e pelo tamanho pode-se deduzir que o herbívoro era realmente grande.
Em 2006 ocorreu outro achado, desta vez totalmente oposto em tamanho, pois tratavam-se de microfósseis, ou seja, fósseis bem pequenos, neste caso de conchas de moluscos habitantes de lagoas que ali existiram durante o Cretáceo. As rochas estavam perto de Horto Aimorés, a pelo menos 8 quilômetros de Bauru, na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, também chamada SP-225, no lado da pista que vai de Jaú para Bauru.
O pesquisador diz: "Talvez se pudéssemos ampliar o local e expor mais rochas encontraríamos outros fósseis também".
Mas achados ocorreram há muitos anos atrás na região, como em Piratininga, durante a década de 60, em que foram achados fragmentos fósseis que seriam escamas de peixes do Cretáceo, que foram notados durante a perfuração de um poço pelo hoje extinto Instituto Geográfico e Geológico (IGG).
Segundo Nava, fósseis existem de sobra na região, faltando apenas gente interessada em procurar e coletar o material de forma adequada, tanto que ele se considera único no Oeste que escava as rochas entre Marília-Adamantina-Presidente Prudente e confessa que encontrou muita coisa, especialmente os tão famosos dinossauros e os menos reconhecidos crocodilos pré-históricos.

Desde Bauru, passando por Araraquara e Barretos em direção ao oeste e noroeste do estado há fósseis e frequentemente surgem em barrancos ou durante obras de construção civil ou são encontrados por moradores que são agricultores, em sua maioria no interior paulista.
Em Marília, Pompéia e Echaporã as coletas são mais fáceis ainda devido à topografia, pois existem muitas colinas e escarpas de rocha e frequentemente nestes locais surgem ossos, postos à mostra pela erosão de barrancos causados pela água da chuva e vento nos cortes de rocha.

Fonte


1 comentários :

Mundo dos bichos disse...

Gostei dessa reportagem, não sabia que em São Paulo pode ter tantos fósseis. Desse lugar só conhecia o baurusuchus.