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quarta-feira, 17 de março de 2010

Anfíbio carnívoro de 300 milhões de anos foi encontrado na América do Norte

Crânio do Fedexia
© Divulgação
O geólogo amador Adam Striegel costumava sair em busca de fósseis nas redondezas de onde vive e certo dia, no ano de 2004, decidiu dar uma olhada em um terreno próximo ao aeroporto internacional de Pittsburg, no estado da Pensilvânia - EUA. Ali encontrou restos fósseis de um estranho animal, que ganhou um nome um tanto esquisito, mas provou ser muito importante para a compreensão da evolução no planeta. Veja tudo sobre a descoberta nesta postagem.

O terreno onde estava o fóssil pertence à empresa FedEx e por isso o animal foi batizado com o nome Fedexia striegeli, sendo o segundo nome em homenagem ao descobridor.
O animal é um anfíbio carnívoro datado de 300 milhões de anos atrás e a idade do fóssil surpreende os pesquisadores porque este vertebrado pertence a um grupo chamado Trematopidae, cujo mais antigo exemplar conhecido até então era de 280 milhões de anos, 20 milhões de anos mais recente que o Fedexia.
Isso leva os cientistas a acreditar que este grupo de anfíbios surgiu e evoluiu, espalhando-se pelo planeta antes do que imaginava-se o que é importante para deixar mais clara nossa visão da evolução dos vertebrados.
A equipe, do Museu Carnegie de História Natural - que fica na mesma cidade onde foi achado o fóssil, publicou o estudo sobre os restos do predador no "Annals of Carnegie Museum", que é como se fosse um periódico onde publicam novidades sobre o museu.
O fóssil está bem preservado, principalmente o crânio, que mede 11,5 centímetros de comprimento que não foi deformado durante a compactação das camadas geológicas cuja pressão geralmente esmaga os fósseis achatando os mesmos.
Durante o período em que viveu o Fedexia, a Pensilvânia estava situada perto da linha do equador e o clima era diferente do atual, o que favoreceu o surgimento de grandes pântanos onde os anfíbios eram os mais adaptados à sobrevivência.
Como a terra estava mudando de clima e geografia gradativamente, aquele período, o Permiano, era uma época de transição de ambientes extremamente úmidos para áreas secas, o que contribuiu para a evolução de certos anfíbios mais adaptados e répteis, mas também causou a extinção de várias linhagens que não conseguiram adaptar-se.
Dentre os animais no meio desta mudança estavam os parentes do Fedexia, que conseguiram adaptar-se à vida predominantemente terrestre espalhando-se pelo continente. Se observarmos as camadas geológicas de 280 milhões de anos e mais recentes perceberemos que há mais fósseis do que nas anteriores, mas isso não indica que antes haviam menos animais, só prova que as condições ambientais não favoreciam o processo de fossilização.

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