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quinta-feira, 18 de março de 2010

Fóssil raro de animal bizarro surgiu no Canadá

Fósseis do Trilobita e do Machaeridian e uma reconstrução do último
© Divulgação
Se existe um tipo de animal que raramente deixa fóssil bem preservado são os invertebrados, principalmente vermes e moluscos, pois são frágeis mesmo em vida e se decompõe facilmente. Mas um colecionador de fósseis canadense levou sorte e encontrou um fóssil extremamente raro, de um animal do grupo dos anelídeos, que inclui sanguessugas, minhocas e outros invertebrados de corpo segmentado. No entanto este é diferente porque era coberto por uma espécie de carapaça e seu fóssil está completo, articulado, o que ajuda muito a entender como o animal era. Só foram encontrados 8 exemplares desta espécie até hoje, contanto com este ao qual me referi anteriormente e por isso é tão interessante encontrar tais vestígios. Veja mais sobre esta notícia no resto da matéria.



O animal, conhecido como Machaeridian plumulitid é um ser vivo marinho do grupo dos plumulitíedos, anelídeos que viveram há cerca de 450 milhões de anos.
O fóssil foi encontrado o centro de Ottawa - Canadá, o que é muito incomum, pois este tipo de fóssil geralmente é descoberto em áreas remotas e pouco estudadas afirma Jakob Vinther, pesquisador da Universidade de Yale e autor do artigo sobre o animal. Mas Vinther não o estudou sozinho, teve como parceiro Rudkin Dave, do Royal Ontario Museum, de Toronto, e juntos publicaram tal estudo na revista Paleontology.
O colecionador que achou o animal estava "fuçando" em algumas rochas e avistou um Trilobita inteiro e percebeu que junto com ele, na mesma rocha, havia outro fóssil e logo enviou uma foto para Dave, que logo compreendeu que aquilo era um Machaeridian completo e em perfeito estado de conservação.
Sendo tão importante, o fóssil foi doado ao Royal Ontario Museum onde ficou meio esquecido, para só em 2008 ser confirmado como um Machaeridian, o que levou uma equipe de paleontólogos a estudar o espécime, pois este grupo havia pesquisado Machaeridians do Marrocos, concluindo que têm parentesco com os anelídeos.
O animal era protegido por uma espécie de carapaça, que era resistente mas flexível, permitindo boa movimentação, o que é uma característica única entre anelídeos, uma vez que não há outro grupo com essa "pele" dura.
Talvez essa adaptação favoreceu sua evolução e é por isso que hoje encontramos fósseis destes animais em diversas partes do mundo em camadas geológicas que abrangem cerca de 200 milhões de anos, o que é muito tempo para qualquer grupo animal permanecer vivo. Se você quer conferir o artigo em formato PDF para obter mais detalhes sobre a pesquisa pode acessá-lo clicando aqui.

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