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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Cientistas identificam cor do pelo de rato fóssil com 3 milhões de anos


Cientistas acabam de decifrar um método que permite identificar a cor vermelha baseada no pigmento feomelanina, usando um fóssil de rato de 3 milhões de anos. O pequeno roedor, chamado Apodemus atavus, encontrado na Alemanha, teve sua coloração decodificada graças ao novo estudo. 

Tentando entender como poderiam identificar cores em fósseis, os pesquisadores recorreram aos pigmentos de animais modernos e estudos realizados a respeito de sua composição. Pesquisas recentes apontam que cada cor das penas e pelos de animais modernos contém um pigmento diferente, como a eumelanina ou a feomelanina.
Estes estudos recentes apontam que a eumelanina é um pigmento com base no cobre enquanto que a feomelanina é um pigmento cuja composição mistura entre outras coisas, o enxofre e o zinco. Essa forma específica de melanina é responsável nos animais modernos por colorações avermelhadas e os pesquisadores decidiram aplicar esta técnica no fóssil do ratinho para ver o resultado.
O resultado foi realmente interessante, mostrando que o ratinho fóssil era mesmo avermelhado e possuía em seus pelos traços sobrepostos de zinco e enxofre. O fóssil apresenta-se extremamente bem preservado e mantém ainda a camada de pelos originais do animal, por isso o estudo é possível.

O melhor de tudo isso é a tecnologia usada para detectar as amostras, que é completamente não invasiva. Até agora normalmente era preciso retirar um pedaço, ainda que minúsculo, do fóssil para testar em laboratório e isso acabava danificando um exemplar único, além de não fornecer uma visão geral do animal, somente dava detalhes da cor daquele local exato da amostra. Essa nova técnica com escaneamentos e raios-x permite detectar a presença das moléculas no fóssil sem danificá-lo, além de permitir analisar o animal inteiro e entender muito melhor suas cores.


Fontes

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