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sábado, 31 de janeiro de 2009

Sea Monsters (2003)

Comparação entre alguns animais de Sea Monsters
©
BBC
Sea Monsters é um dos episódios especiais da série Walking With, que iniciou-se com Walking with Dinosaurs, continuou com Walking with Beasts e depois com Walking with Monsters. Porém Sea Monsters conta com um elemento a mais , o apresentador de vida selvagem Nigel Marven, que viajará através do tempo por vários períodos da Terra para mergulhar nos 7 mares mais perigosos de todos os tempos. Mergulhe com ele, através do tempo em direção aos oceanos primitivos, expandindo a postagem e lendo todo o texto.


Nesta aventura Nigel utiliza a mesma tecnologia fictícia usada em Prehistoric Park (Parque Pré-histórico), um portal temporal que permite viajar para o passado ou futuro, levando consigo diversos objetos, desde uma caneta até barcos e carros ou até mesmo aviões.

O Objetivo de Nigel nestas viagens, (sim, são várias viagens e não uma apenas), é visitar o planeta Terra durante os mais variados períodos da pré-história e mergulhar nos 7 mais perigosos mares que já existiram, para mostrar como era a vida marinha nesta época e quais os principais perigos.
A viagem através dos 7 mares mais perigosos começa com o último da lista e termina com o mais perigoso, numa contagem de periculosidade decrescente. Veja abaixo uma breve descrição dos 3 episódios onde são retratados os mares. Confira abaixo a abertura do documentário, infelizmente está sem legenda, somente com áudio em inglês, mas com esta prévia dá para matar a curiosidade por um tempo e ter uma ideia de como é o documentário.
© BBC

EPISÓDIO 1

O 7º MAR MAIS PERIGOSO!
Período: Ordoviciano.
Época: 450 milhões de anos atrás.
Local: New York
Perigos: Escorpião Gigante e Ortocone Gigante
Nigel volta neste período quando a Terra nem sequer tinha plantas. Havia vida apenas na água, em terra nada mais do que rochas e poeira. O nível de oxigênio bem mais baixo obriga Nigel a usar frequentemente um tanque com oxigênio mesmo em terra para auxiliar na respiração. Na praia Nigel encontra várias peixes mortos e usa um deles, muito primitivo, chamado Astraspis, para atrair um escorpião marinho de aproximadamente 1 metro, chamado Megalograptus. Após mostrar este animal o aventureiro encontra a carcaça de um trilobita gigante, Isotelus, para que com ela atraia outro tipo de predador, maior ainda que o escorpião. Insere no lugar do olho do trilobita uma câmera para filmar o que ocorre no fundo da água e atira o animal morto ao mar. Ao tocar o fundo logo o animal é atacado por outro escorpião marinho, que parecem pragas da época. Mas logo em seguida surge o animal que Nigel procura, um Cameroceras, uma espécie de ortocone, animal que é parente das lulas e polvos, mas que possuía uma concha enorme e dura em forma de cone. O animal é enorme e chega ao tamanho de um caminhão, portanto Nigel acaba mergulhando para vê-lo de perto, inclusive agarrando-se a sua concha para um passeio.
Os animais deste episódio são:
  • Astraspis
  • Megalograptus
  • Isoletus
  • Cameroceras
  • Graptolite não identificado
© BBC© BBC

O 6º MAR MAIS PERIGOSO
Período: Triássico.
Época: 230 milhões de anos atrás.
Local: Suíça.
Perigos: Nothosaurus e Cymbospondylus
Nigel está agora no período Triássico, época em que Dinossauros e Pterossauros começam a dominar o planeta. Na praia um Coelophysis caminha enquanto Peteinosaurus voam velozmente nos céus. Nigel resolve dar um mergulho com os Nothosaurus, répteis marinhos com aparência semelhante à dos plesiossauros, pescoço longo e boca provida de dentes, porém com o pescoço mais robusto e curto que o de um plesiossauro, talvez deva ser um ancestral dos mesmos. Nigel leva para proteção um bastão com aguilhão elétrico, para golpear o réptil caso ele ataque. Os Nothosaurus inicialmente são curiosos e amigáveis, porém ao se aproximar demais do apresentador, com intenção de ataque, o animal é golpeado pelo bastão de choque que logo o afasta. Próximo dali Nigel encontra um Tanystropheus, em meio a rochas e corais. Esse réptil é muito estranho pelo seu formato, um corpo pequeno com cauda mediana e um pescoço tão longo que parece ser equivalente ao corpo e cauda juntos. Nigel agarra na cauda do animal, que ao sentir toma sua atitude de defesa, "quebra" a cauda como uma lagartixa atual e foge sem a mesma, que fica nas mãos de Marven, que logo se assusta ao ser surpreendido pelo Cymbospondylus, um réptil que do nada surge e come a cauda solta. Nigel é atacado pelo recém chegado animal e usa novamente o bastão elétrico. Nova viagem no tempo.
Os animais deste mar são:
  • Nothosaurus
  • Cymbospondylus
  • Coelophysis
  • Pteinosaurus
  • Tanystropheus
© BBCFoto de WWD foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters© BBC
Foto de WWD: foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters
© BBC
© BBC
© BBC
O 5º MAR MAIS PERIGOSO
Período: Devoniano.
Época: 360 milhões de anos atrás.
Local: Ohio - Estados Unidos.
Perigos: Dunkleosteus
Nigel visita o mar onde viveu um dos mais poderosos peixes de todos os tempos, Dunkleosteus, que logo na chegada é filmado por Mike, um dos ajudantes de Nigel e que viaja no barco com a tripulação. Nigel pesca um peixe chamado Bothriolepis, para usá-lo como isca para atrair o enorme peixe de carapaça. Este peixe pescado por Nigel é também provido de escamas em forma de placas ósseas, mas para testar a força da mordida do Dunkleosteus, o aventureiro resolve envolver a isca em uma manta de aço, que resiste até a golpes de machado sem ser perfurada. Para proteção a tripulação do barco fabrica uma gaiola, parecida com a que se usa para mergulhar com tubarões, mas com forma diferente, esférica, para que se o peixe gigante tentar morder, suas mandíbulas escorreguem nas barras de ferro. De dentro da gaiola Nigel usa uma vara com o peixe envolto na malha de aço para atrair o grande predador, no entanto o primeiro que surge é um Stethacanthus, um tubarão da época. Este não consegue comer a isca por causa da malha e desiste, mas logo em seguida o protagonista aparece com sua enorme bocarra e prepara um ataque à gaiola. Quanto desfere uma "corrida" em direção a Nigel... CONTINUA

EPISÓDIO 2 : Nas mandíbulas da Morte.
... O Dunkleosteus segue ferozmente em direção à gaiola e desfere um ataque, porém este de nada adianta, pois as barras protegem Nigel. O peixe envolto em malha de aço é atirado por Nigel ao fundo, onde um pequeno Dunkleosteus começa a morder. O animal fura a malha, é forte o suficiente, mas eis que o grande peixe adulto surge e devora o menor, provando um comportamento canibalista.
Os animais do Devoniano são:
  • Dunkleosteus
  • Bothriolepis (no documentário é chamado apenas de placodermo)
  • Stethacanthus
© BBC
© BBC

O 4º MAR MAIS PERIGOSO
Período: Eoceno.
Época: 36 milhões de anos atrás.
Local: Giza - Egito.
Perigos: Basilosaurus
Nesta aventura Nigel está no local que no futuro será o Egito. Primeiramente encontra o Arsinotherium, um mamífero semelhante ao Rinoceronte, com dois grandes chifres no focinho. O apresentador tenta uma aproximação amigável oferecendo uma maçã, mas o animal o persegue furioso até que o intrépido zoologista se esconde na mata. O animal entra na água como um hipopótamo. Nigel avista um grupo de 3 animais na água, uma espécie de baleia, Dorudon. Mas ele quer mais, procura pelo Basilosaurus, uma das baleias mais mortais que já existiu, com uma boca cheia de dentes afiados e um corpo enorme. Para encontrar o animal a tripulação usa o mesmo equipamento que os pesquisadores usam para gravar sons de baleias de hoje. Gravam o som do Basilossauro e reproduzindo-o na água o fazem chegar até o barco. Nigel mergulha e fica abaixo do barco. O animal chega e fica rondando o microfone, até que acaba atacando e arrancando o mesmo, sumindo com ele.
Os animais deste período são:
  • Basilosaurus
  • Arsinoitherium
  • Dorudon
Foto de WWB: foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters
© BBC
© BBCFoto de WWB: foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters© BBC

O 3º MAR MAIS PERIGOSO
Período: Plioceno.
Época: 4 milhões de anos atrás.
Local: Peru
Perigos: Megalodon
O aventureiro desta vez procura o maior tubarão que já viveu, o Megalodon, nos mares do Peru do período Plioceno. Decidem primeiro que Nigel deve meergulhar nas águas mais rasas para observar os animais jovens, porque um encontro direto com um adulto pode ser perigoso. Nigel entra na água e procura manter-se próximo às algas, que oferecem uma espécie de refúgio, deixando-o escondido. Logo o amante dos animais encontra uma espécie de baleia primitiva, Odobenocetops, que fuça o fundo do substrato para procurar comida. Surge um Megalodon, ainda adolescente e inicia uma perseguição à presa.
Em outro mergulho, desta vez no mar aberto e com Megalodontes adultos, Nigel usa novamente a gaiola redonda para se proteger enquanto tenta preder um pequeno arpão com uma câmera na barbatana dorsal do gigantesco peixe. Todas as tentativas falham e Nigel resolve tentar de outra forma. Já no barco, em uma plataforma ao lado do casco ele espera o tubarão atacar a bola de iscas penduradas ao lado do barco, até que o esperado ataque acontece, mas Nigel cai da plataforma na água ao lado do maior tubarão que já nadou nas águas do planeta Terra...
CONTINUA

EPISÓDIO 3: Para o Inferno... e retorna?
... Nigel na água está com medo e irritado, acaba por descontar a raiva no companheiro que manipulava as iscas por meio de agressões verbais, mas logo retorna nadando à plataforma para outra tentativa.
Novo ataque e finalmente ele consegue prender a câmera no animal. A câmera, projetada para se soltar da barbatana em dois dias, irá boiar e depois de encontrá-la os tripulantes podem recuperar o vídeo gravado para entender sobre o hábito de caça do Megalodon. Depois disso o zoologista explica como o grande tubarão foi extinto.
Os bichos desta época são:
  • Megalodon
  • Odobenocetops
  • Cetotherium (identificado apenas como baleia)
© BBC© BBC

O 2º MAR MAIS PERIGOSO
Período: Jurássico.
Época: 155 milhões de anos atrás.
Local: Inglaterra.
Perigos: Liopleurodon
Na segunda posição da lista está o mar da Inglaterra no Jurássico, onde Nigel mergulha com um cardume de Leedsichthys, os maiores peixes que já viveram. Um dos integrantes do cardume de gigantes está fraco e doente, por isso não acompanha o resto do grupo com a mesma velocidade e é atacado por predadores da fauna nativa, como o crocodilo marinho primitivo Metriorhynchus e também por animais vindos de longe, atraídos pelo cheiro, como o tubarão Hybodus. O gigante dos mares está sendo devorado vivo pelos pequenos predadores, mas assim mesmo continua nadando. De volta ao barco a equipe procura um outro predador no radar, e para concluir o seu objetivo segue o grande peixe doente e ferido, com a certeza de que em breve atrairá o grande predador, o qual os tripulantes tanto almejam ver. Este seria o Liopleurodon, um enorme pliossauro com uma enorme boca com dentes assustadores. Ao anoitecer dois destes carnívoros aparecem e começam a atacar o peixe, já morto de exaustão e perda de sangue. Nigel e mais alguns da equipe, mergulham no meio do banquete, confiando que sua roupa equipada com um sistema de defesa irá funcionar em caso de ataque. A roupa libera um jato de uma substância com cheiro de carne podre, que de acordo com experiências feitas pela equipe, repele os Liopleurodons. Alguns minutos observando os animais, um dos predadores ataca e a roupa prova sua eficiência repelindo-o.
A fauna Jurássica é composta por:
  • Leedsichthys
  • Liopleurodon
  • Hybodus
  • Metriorhynchus
© BBCFoto de WWD: foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters© BBCFoto de WWD: foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters© BBC
© BBC


O MAR MAIS PERIGOSO DE TODOS OS TEMPOS

Período: Cretáceo.
Época: 65 milhões de anos atrás.
Local: Kansas - Estados Unidos.
Perigos: Tylosaurus, Xiphactinus e Tubarões
Na costa, Marven encontra uma colônia das aves primitivas Hesperornis, mas prossegue sua busca na água, que é onde estão os mais perigosos predadores da época. Na água encontram uma grande mancha de sangue e com um periscópio o apresentador observa a matança debaixo da água. O sangue é de um Hesperornis morto e dentre os predadores presentes para comer, ali há um Squalicorax, que é um tubarão da época. Além dele há ali o grande peixe Xiphactinus e o Halisaurus, um mosassaurídeo. O nosso "herói" explica que as águas do mar do Cretáceo são demasiadamente perigosas para que possam mergulhar com os animais, então para poder ter uma boa visão dos predadores e presas debaixo da água, câmeras foram instaladas na parte de baixo do casco do barco, ficando submersas e captando tudo o que se passa abaixo sa superfície. Além das câmeras usarão o ROV, uma espécie de robô mergulhador que capta as imagens por uma camera, permitindo que vejam qualquer animal com todo o conforto e segurança que o barco pode proporcionar.
Na margem um Tyrannosaurus rex ruge aos pterossauros que voam, impotente na tentativa de agarrar os rápidos répteis alados.
Logo as câmeras do casco captam imagens dos Elasmosaurus, nadando junto com o barco, assim como fazem os golfinhos hoje. O barco bate em uma carcaça de um Archelon, uma enorme tartaruga da época, que foi partida ao meio por um grande predador. Nigel lamenta não ter podido vê-la viva. Contenta-se em "domesticar" um Pteranodon que por ali voa, jogando pedaços de peixe para o réptil alado comer, enquanto descansa pousado sobre a cabine do barco. Mas Nigel encontra um Archelon vivo algum tempo depois e resolve nadar come ele, mesmo sabendo dos perigos. Com o bote inflável, ele e o seu câmera vão até o animal e Nigel mergulha apenas com um snorquel. Agarra-se à carapaça da grande tartaruga e aproveita um momento incrível, que logo é interrompido por um grande Xiphactinus.
Ele volta rapidamente ao bote e no retorno ao barco uma família de Tylosaurus, chamado por ele de Mossauro Gigante, que ataca o bote jogando os dois homens na água. Em um golpe de sorte os animais se interessam mais pelo bote do que pelos dois que conseguem voltar ao barco nadando.
Assim finalizam a viagem com o mar mais perigoso de todos os tempos, mas algumas surpresas ainda ocorrem após o retorno do barco.
Os habitantes do mar mais perigoso de todos os tempos são:
  • Xiphactinus
  • Hesperornis
  • Archelon
  • Elasmosaurus
  • Squalicorax (identificado apenas como Tubarão no episódio)
  • Halisaurus (identificado apenas como Mosassauro no episódio)
  • Tyrannosaurus rex (aparece na margem)
  • Pteranodon
  • Tylosaurus (Mosassauro Gigante - de acordo com algumas fontes seria Hainosaurus, porém o tamanho indica que são Tylosaurus)


© BBC© BBC© BBC© BBC
Foto de WWD: foi usado o mesmo modelo em Sea Monsters© BBC© BBC© BBC

O documentário tem algumas curiosidades que gostaria de mencionar, como o fato do Tiranossauro rex ter aparecido há 75 milhões de anos, época em que provavelmente não viveu. Nunca foram achados fósseis deste animal com esta idade, que fornece mais fósseis do Albertossauro, um parente do "Rei".
Cymbospondylus é chamado de o maior Ictiossauro de todos, mas o correto seria o Shonisaurus ser o maior deste grupo.
Vários animais foram "ressuscitados" de outros documentários da Walking with Series. Entre estes estão o Liopleurodon e o Hybodus que voltaram de Caminhando com os Dinossauros e Basilosaurus e Dorudon que retornaram de Caminhando com as Bestas. De volta de Caminhando com os Monstros temos o tubarão Stethacanthus.
Sea Monsters nunca foi lançado em DVD no Reino Unido, que é o local de origem. Foi produzido um DVD na América do Norte, com o documentário e também um chamado Chased by Dinosaurs, que é a junção de Sea Monsters com os especiais "Land of Giants & Giant Claw", também estrelados por Nigel Marven.
Em um dos canais por assinatura da BBC, o Sea Monsters foi exibido sem cortes, ou seja, não há as pausas entre o Episódio 1, 2 e 3, que narrei aqui na postagem, inserindo um CONTINUA, ou seja, o documentário foi exibido de forma direta, sem esse artifício de suspense.
A BBC também fez um joguinho online do documentário, simples, mas legal, que pode ser acessado no site oficial, clicando aqui.
Infelizmente o documentário não pode ser adquirido em DVD no Brasil, pois nunca foi lançada uma versão oficial do DVD no Brasil. No entanto, ainda pode encontrá-la no exterior à venda, sem nosso idioma obviamente, via Ebay ou Amazon, não passando de alguns dólares de valor.

Fontes

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Smilodon

Smilodon populator
© Mário Alberto
Smilodon fatalis
© Ian Coleman

Nome científico: Smilodon populator, S. fatalis e S. gracilis (Dentes de faca).
Tamanho: S. populator com 3 metros de comprimento, S. gracilis com 1,20 e S. fatalis, 2,50 metros.
Alimentação: carnívora.
Peso: S. populator cerca 500 Kg; S. fatalis 320 Kg. e S. gracilis com 80 Kg.
Viveu: América do Norte e América do Sul, achados no Brasil e Argentina.
Período: Pleistoceno e Holoceno, os mais antigos datam de 2.5 milhões de anos e o mais recente de 10 mil anos.

Onde o Smilodon viveu?
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Quando ele Viveu?
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O Smilodon não tem parentesco direto com os tigres, como sugere seu nome popular, "Tigre-dentes-de-sabre", pois pertence a uma subfamília de felinos extintos, conhecida como Machairodontinae, da qual não resta nenhum membro vivo atualmente. Todos os animais desta subfamília eram providos de caninos longos. Seu nome vem do grego, Smile = faca de trinchar carne + Odontos = dentes
-->. O primeiro fóssil descoberto foi encontrado no Brasil, na cidade de Lagoa Santa - Minas Gerais em 1941, pelo pesquisador dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801-1880).
O dinamarquês vivia no Brasil e pesquisava muito na região de Minas Gerais em busca de fósseis, quando finalmente encontrou em uma caverna o fóssil de Smilodon. Por este e outros achados hoje este homem é considerado o pai da pelontologia no Brasil.
Dentre todos os achados, foi possível definir três espécies diferentes desse felino, espécies que você conhece melhor abaixo.
Smilodon populator : É a maior espécie de Smilodon, podia atingir 3 metros de comprimento, 1,20 metro de altura com massa corporal de até 500 quilos. Viveu na América do Sul, sendo os fósseis encontrados em Minas Gerais, como mencionado antes e em São Paulo, assim como na Argentina. Seus caninos eram muito grandes, mediam em média 15 centímetros de comprimento, mas há fósseis que mediam até 18 centímetros. Viveu no Pleistoceno e Holoceno.


Smilodon populator
© Felipe Alves Elias
Crânio de Smilodon populator
fóssil original na exposição Dinos na Oca em SP
© Jorge Gonçalves de Macedo
Smilodon fatalis : Esta espécie tem duas subespécies de Smilodons, o Smilodon fatalis californicus e o Smilodon fatalis floridana. Esta espécie viveu no Pleistoceno e Holoceno também, porém era menor que o S. populator, chegava a medir 2,50 metros de comprimento e pesava em torno de 320 quilos. Viveu na América do Norte e do Sul.

Smilodon fatalis comparado a um homem
© Dan Reed
Crânio de Smilodon fatalis na Dinos na Oca © Jorge Gonçalves de Macedo
Smilodon gracilis : Esta espécie é a mais antiga, viveu entre 2,5 milhões e 500 mil anos, é também a menor espécie conhecida, pesando em torno de 80 quilos apenas.
--> Media somente 1,20 metros e provavelmente é um ancestral dos demais espécimes de Smilodon.
No tamanho, estes grandes predadores equivalem a leões e tigres, porém seu corpo era bem mais robusto, sua massa muscular era maior, principalmente nas pernas dianteiras e pescoço, deixando o animal com um porte semelhante ao de um urso do que de um felino.
Sua principal característica eram os caninos de aproximadamente 15 centímetros de comprimento, projetados para perfurar e ferir profundamente, quando o animal mordia a vítima.
Essas grandes "armas" não eram projetadas para rasgar carne, eram frágeis demais para tal empreitada, podendo quebrar-se durante uma mordida.
Sendo assim, este animal devia utilizar os caninos para perfurar veias do pescoço, como a jugular ou para perfurar a traqueia, aproveitando-se de sua capacidade de abrir a mandíbula em um ângulo de 120 graus, enquanto a abertura de mandíbula dos leões, por exemplo, chega a 65 graus.
Porém se comparada a mordida do Smilodon com de outros felinos de dentes de sabre, é mais fraca, talvez porque o Arco Zigomático desses carnívoros era menor que o dos felinos atuais. Este arco é um osso do rosto por qual passam músculos que ajudam a mover a mandíbula. Sendo menor, o osso não permitia que os músculos crescessem tanto e com isso a mordida seria mais fraca, calculada em aproximadamente um terço da força de uma dentada de um leão.
Então se analisarmos as forças de mordida de vários felinos dentes de sabre, parece que quanto maior os dentes caninos do felino, mais fraca é sua mordida.
O Smilodon desenvolveu pernas mais curtas, porém mais fortes e musculosas do que outros felinos, contendo nas patas dianteiras fortes músculos flexores e extensores, que permitiam ao animal segurar com força presas de grande porte.
Já as pernas traseiras eram dotadas de músculos adutores que ajudam a dar estabilidade ao perseguir uma presa. Como os demais felinos, o Smilodon devia ter garras retrateis.
O comportamento social desses felinos é desconhecido, mas os achados feitos em La Brea Tar Pits, na Califórnia, continham centenas de fósseis da espécie S. fatalis, o que pode sugerir que usavam o comportamento de ataque em bando, aproveitando para comer restos de animais mortos nas armadilhas naturais de piche, ou mesmo atacar animais vivos que ali ficavam presos ao tentar beber água. Uma sugestão é que eram atraídos pelos ruídos dos animais, que provavelmente gritavam ao tentar desatolar-se, uma característica de predadores sociais, que vivem em bandos, afirma Chris Carbone, da Sociedade de Zoologia de Londres, o qual fez pesquisas no Serengueti na África e constatou que somente carnívoros que caçam em bando acabam sendo atraídos por sons de animais presos ou machucados, tocados pelo pesquisador.
Talvez o "Dentes de Sabre" vivesse em bandos, caçando e levando a presa até o bando, e dividindo a comida. Além disso, alguns fósseis apresentavam sinais de doenças e ferimentos, mas que não mataram, ou seja, acabaram se curando. Para que um animal pudesse sobreviver machucado teria que comer presas de outros, pois não teria capacidade de caçar. Podemos supor que os mais fortes caçavam e os restos eram devorados pelos fracos e doentes. Seus dentes caninos ajudavam a afugentar possíveis competidores pela comida. Os machos e fêmeas eram do mesmo tamanho e ambos tinham presas.
Dentre as presas do Smilodon estavam ancestrais dos camelos atuais, cavalos, preguiças gigantes, cervos, mamutes, mastodontes e bisões.
Grandes felinos atuais costumam matar a vítima por estrangulamento, uma empreitada que leva vários minutos, no entanto os Smilodons não deviam fazer isso porque sua mordida não era tão forte.
Pesquisadores acham mais provável que estes animais usassem sua grande massa corporal, jogando seu peso e agarrando a vítima com força com as patas da frente, até derrubá-la no solo, onde poderia mais facilmente atacar sua jugular, cortando a veia ou atingindo a traqueia com os longos caninos, um método rápido, que não precisaria que o felino permanecesse mordendo a vítima por longos minutos. Outra possível arma do Smilodon pode ser sua pelagem, não se sabe exatamente a cor de seus pêlos, mas geralmente predadores deste tipo desenvolvem um padrão de camuflagem, que dá a eles o "elemento surpresa", que pode ser decisivo em um ataque. Segundo os líderes deste estudo, esta técnica pode ter tornado o Smilodon o felino mais eficaz em caçadas, principalmente de grandes presas, se comparado aos leões e tigres atuais. Mas tudo tem dois lados, assim é a técnica de caça do Smilodon, que acabaria ficando dependente do "suprimento" de grandes animais para sobreviver. Isto pode ter contribuído para sua extinção, já que com grandes caninos ficaria mais difícil de capturar presas pequenas e rápidas, que se desenvolviam em um ambiente em estada de mudança.
Em 2008, pesquisadores fizeram um novo estudo e afirmaram que o Smilodon realmente não tem nenhuma característica de caçador solitário, mas sim de caçador social, atacando em bandos como leões. Pensam também que as suas presas longas serviam mais para comportamento social e exibição sexual, para atrair parceiros, do que para caçar.
Estes felinos sumiram da face da terra por volta de 10.000 (dez mil) anos atrás, quando os humanos começavam a evoluir e tomar espaço, sugerindo que os mesmo podem ter ajudado a extinguir essa e outras espécies caçando. Porém alguns afirmam que o fim da era do gelo pode ter alterado radicalmente o clima e a vegetação afetando herbívoros e consequentemente os carnívoros como Smilodon, que acabaram extintos. Porém não faz muito sentido se levarmos em conta que esse animal e seus ancestrais, sobreviveram a mudanças de clima de eras interglaciais.
O Smilodon é um animal relativamente popular, conhecido mundialmente como o "Tigre-dentes-de-Sabre", por isso aparece em vários desenhos, séries e filmes. Uma série de filmes recentes em que o "gatão" é retratado é a animação A Era do Gelo, no qual é o personagem Diego. Também já filmaram um filme chamado Sabretooth (Dentes de Sabre), além de ser mostrado em documentários como Walking with Beasts da BBC e Prehistoric Park, onde Nigel Marven volta no tempo e resgata o animal para livrá-lo da extinção.

Smilodon populator de Walking with Beasts
©
BBC

Inclusive uma curiosidade interessante, é que o episódio onde retratam a vida dos "Tigres-dentes-de-Sabre" no documentário Walking with Beasts da BBC, foi filmado no Brasil, na Chapada dos Veadeiros - Goiás. Confira as fotos da paisagem usada nas gravações. As fotos foram tiradas por Wilker de Almeida, irmão de um amigo, durante viagem na região. Compare a 1º foto da chapada com a foto de uma cena do documentário.
Chapada dos Veadeiros - Goiás
© Wilker de AlmeidaChapada dos Veadeiros - Goiás
© Wilker de AlmeidaChapada dos Veadeiros - Goiás - Cena de Walking with Beasts
A ave Phorusrhacos observa mamíferos pastando
© BBC

Também aparece na série de TV inglesa, Primeval, onde anomalias no tempo formam portais que permitem que animais do passado ou futuro viagem pelos portais. Em um episódio um destes grandes felinos acaba sendo trazido ao presente e a confusão gearada por ataques se torna um caos.
Também foi escolhido como mascote e símbolo do time de hockey Nashville Predators, da cidade de Nashville, onde foi encontrado um de seus fósseis durante a construção de um banco.

Sendo um animal tão popular na mídia, é natural que existam muitos brinquedos representando o Tigre-dentes-de-sabre. Atualmente alguns dos melhores modelos disponíveis no mercado incluem o Smilodon Deluxe da CollectA, as duas versões de Smilodon da marca Papo e o Smilodon Safari. Você pode procurar réplicas do Smilodon na Dinoloja, caso não encontre uma de seu gosto, entre em contato e a equipe da Dinoloja encomenda pra você.
Smilodon Deluxe CollectA

Smilodon Papo

Smilodon com Juba Papo

Fontes:
  • Wikipedia
  • Carnivora Forum
  • Bichos, Os. São Paulo: Abril, 1972.
  • MENDES, Josué Camargo. Paleontologia Geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Téc. Científicos, 1982.
  • Prehistoric Cats and Prehistoric Cat-like Creatures. Disponível em: http://www.messybeast.com/cat-prehistory.htm. Acesso em dezembro de 2006.
  • RICHARDSON, Hazel. Dinosaurs and Prehistoric Life. London: Dorling Kindersley, 2003.

Cinodonte gaúcho... de novo?

Crânio do Protuberum cabralensis
Esta postagem tem a intenção de informar a vocês, que um Cinodonte, réptil-mamífero do Triássico do Brasil, foi descrito e nomeado oficialmente. Mas calma, não se trata da espécie encontrada ano passado, que pode ser vista aqui, mas sim de outra, encontrada há vários anos. Para conhecer este bicho estranho, acesse a postagem na íntegra e leia tudo.

Esse animal, datado do período Triássico, com aproximadamente 230 milhões de anos, foi nomeado de Protuberum cabralensis, mas pode ser chamado pelo apelido carinhoso de BOLOTUDO!
Sim, os paleontólogos o apelidaram de bolotudo, porque os fósseis indicam que o animal tinha calombos nas costelas e até uma carapaça dura no crânio.
Marina Bento Soares, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirmou que esses calombos poderiam ajudar ao animal na hora de escavar o solo para fazer tocas, ou para proteção mesmo, característica que o torna diferente de muitos outros cinodontes. Marina, juntamente com Cezar Leandro Schultz (UFRGS) e Mírian Reichel, aluna de doutorado na Universidade de Alberta-Canadá, descreveram a espécie formalmente e contam também a história de sua descoberta.
Protuberum cabralensis
© Mírian Reichel
Fósseis deste animal foram encontrados em 1977, apenas algumas costelas e vértebras estavam junto com outros fósseis de répteis diferentes, sendo que a descoberta foi feita pelo padre Daniel Cargnin, um amante da paleontologia que procurava fósseis por diversão, mesmo não trabalhando na área. Só em 1989 é que o padre voltou a encontrar fósseis do mesmo animal, contendo uma esqueleto parcial articulado e um crânio parcial. Este espécime estava no município de Novo Cabrais, por isso o nome da espécie é cabralensis. O fóssil foi armazenado em um museu e permaneceu lá sem ser estudado.
Marina Soares decidiu usar o fóssil como objeto de estudo em seu mestrado, mas teve muito trabalho, pois os fósseis nem sequer haviam sido "limpos", ou seja, separados da rocha. Segundo Marina, o padre e seu irmão eram praticamente paleontólogos amadores e faziam vários achados em suas buscas nos afloramentos rochosos da região. Viviam dando dicas aos paleontólogos, mas infelizmente o padre acabou falecendo ano passado.
Já o apelido de "Bolotudo" foi criado por Reichel, para definir a aparência do animal. Não foram encontradas as patas do animal, mas pela parte mais dura do topo do crânio é possível que o animal fosse escavador. Geralmente as garras do animal indicam se era ou não adaptado para cavar.
Segundo a pesquisadora, o animal chegava a medir aproximadamente 1 metro ou pouco mais, de comprimento, seria herbívoro e provavelmente tinha pêlos.

Fonte


sábado, 17 de janeiro de 2009

Minas Gerais denuncia comerciante de fósseis!

Pessoal, desta vez a notícia é boa, pois pelo menos um comerciante de fósseis ilegais retirados do Brasil foi denunciado! Sim, pode ser que a coisa mude um dia, como diz o ditado "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", então podemos torcer para que aos poucos, todo esse comércio ilegal de fósseis no país seja extinto. Segue abaixo a notícia retirada do site Clica Brasília. com.

"O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) denunciou à Justiça um empresário coreano acusado de comercializar fósseis animais e vegetais extraídos ilegalmente do subsolo brasileiro. Jeong Il Jeon foi preso em flagrante, em abril de 2007, na própria loja, localizada num shopping no centro de Brasília. No local, foram encontradas dez peças de fósseis de peixes e oito de fósseis de madeira.
O material estava adulterado e colado, para agregar maior valor decorativo e facilitar a venda. Segundo a Constituição Federal, fósseis presentes no subsolo brasileiro, em cavidades naturais subterrâneas ou sítios arqueológicos e pré-históricos são de propriedade da União. Sua extração e comercialização dependem de autorização prévia específica e fiscalização do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM).
Segundo o órgão, porém, não existe qualquer autorização em nome de Jeong Il Jeon para a coleta, transporte, manufaturação ou comercialização dos fósseis apreendidos. Em depoimento, o empresário confessou ter adquirido os fósseis clandestinamente na cidade de Cristalina, em Goiás. Segundo testemunhas, os fósseis eram comercializados na loja do empresário há cerca de seis anos.
O material apreendido passou por diferentes análises técnicas para que sua procedência fosse certificada. Segundo laudos do DNPM e da Polícia Federal, os fósseis de peixes são oriundos da Formação Santana, na Bacia do Araripe (Ceará), enquanto os fósseis de madeira foram extraídos da Formação Pedra do Fogo, na Bacia do Parnaíba (unidade geológica que se estende entre Tocantins e Maranhão). O laudo do DNPM destacou, ainda, que um dos fragmentos de madeira fóssil apresentava fortes evidências de “escavações” realizadas por insetos, o que o torna de extrema raridade e de grande importância científica. A análise feita pela PF informou que os fósseis de madeira possuem entre 295 a 250 milhões de anos, enquanto os fósseis de peixes têm em torno de 100 milhões de anos. Se condenado, Jeong Il Jeon pode pegar até cinco anos de prisão, além de ter de pagar multa. O processo será julgado pela 12ª Vara da Justiça Federal no DF."
Fonte


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Gigantspinossauro

Gigantspinosaurus
© Kawasaki Satoshi Esqueleto montado no museu Chinês
© Não conheço o autor da foto: informe se conhece

Nome científico: Gigantspinosaurus sichuanensis
Significado do Nome: Lagarto de Espinhos Gigantes.
Tamanho: 4 metros de comprimento, altura devia ficar em torno de 2 metros.
Peso: provavelmente cerca de 1 tonelada.
Alimentação: Herbívora.
Período: Final do Jurássico.
Local: China.

Veja onde acharam o Gigantspinosaurus!
© Mapa modificado por Patrick Król Padilha Veja quando viveu o Gigatspinosaurus!
© Patrick Król Padilha

Este pequeno herbívoro viveu na China, encontrado na Formação Upper Shaximiao de Zigong, Sichuan, ele media em torno de 4 metros de comprimento e sua altura pode ser que variasse entre 1,5 a 2,5 metros. Seus restos fossilizados contém um esqueleto parcial, pés traseiros, cauda e um crânio incompleto, composto apenas da mandíbula inferior com alguns dentes As vértebras encontradas eram variadas, sendo 3 cervicais (do pescoço), 16 dorsais (costas) e 4 vértebras sacrais (cauda). Dentre ossos da perna estavam o humero, ulna, metacarpos entre outros ossos do pé e também no fóssil continha pelvis com ílio, isquio entre outros ossos, juntamente com 4 placas dérmicas e 2 espinhos ósseos enormes, que mediam duas vezes o tamanho de sua escapula. As placas e espinhos indicam a principal característica dos estegossaurídeos. Também encontraram impressões de pele deste animal, veja na foto abaixo.
Pele do Gigantspinosaurus
© Não conheço o autor da foto: informe se conhece
Este dinossauro foi descrito e nomeado em 1992 por Ouyang, mas é considerado como nomem nudum (que do latim significa Nome nu ou pelado, porque o animal foi nomeado, mas não possui o estudo publicado oficialmente na comunidade científica). Porém, seu esqueleto montado no Museu dos Dinossauros de Zigong desde 1996, contém grande parte composta pelo fóssil original, permitindo estudos detalhados. Como não há descrição oficial, o único estudo feito sobre o bicho contém uma breve descrição do material encontrado.
Este dinossauro deveria viver calmamente, talvez em bandos ou com apenas um parceiro vagando nas planícies da China do final do Jurássico. Talvez convivesse com gigantescos saurópodes, como o Shunosaurus, um dino com pescoço longo e clava na cauda, como você vê na imagem abaixo.
Gigantspinosaurus em primeiro plano e dois Shunosaurus ao fundo
© Phil Wilson
O animal recebeu o nome de Gigantspinosaurus, que significa Lagarto de Espinhos Gigantes. Seu nome nos faz lembrar e outro dinossauro, o Spinosaurus (Lagarto espinho), mas que nada tem a ver com este, pois este é um herbívoro calmo, um estegossaurídeo, o outro pelo contrário era um predador carnívoro, inclusive viveram em locais e épocas diferente.
Como outros estegossauros, era herbívoro e usaria seu bico para cortar plantas duras se necessário. Em caso de ataque por parte de um predador, seu corpo seria muito bem protegido por suas placas e seus enormes espinhos do ombro, sem falar nos da cauda que talvez fossem usados para golpear o inimigo. Veja na foto abaixo um encontro entre um terópode e Gigantspinosaurus.
Gigantspinosaurus usa a cauda para defesa
©
Chuang Zhao
Talvez as placas deste dino fossem coloridas também, para atrair fêmeas, ou espantar rivais. Também pode ser que servissem como reguladores térmicos, ajudando a captar calor ou dispersar quando necessário. Além destes dados, pouco encontrei sobre este dinossauro, mas sabemos que deveria parecer com os outros estegossauros. Embora muitas características deste dinossauro fossem parecidas com as de outros dinossauros com placas, ele tinha diferenças na coluna vertebral, tendões ossificados que reforçavam o dorso, o que não foi observado em outros animais do grupo, além de ter traços mais primitivos do que os maiores dinos de placas, podendo ser considerado o mais primitivo dos estegossauros. Outra curiosidade é o fato de que o osso de uma das pernas do fóssil parece ter sinais de fratura, que deve ter feito o animal sofrer por algum tempo, embora não tenha causado sua morte.

A empresa Collecta até o momento parece ser a única produtora de um brinquedo ou modelo de dinossauro representando o Gigantspinosaurus. Eles lançaram a peça para sua linha padrão, um modelo pequeno, mas incrivelmente bonito. Esculpido seguindo todos os conhecimentos científicos existentes sobre este animal, a peça ainda conta com uma coloração bem intrigante, amarela e marrom, que torna a figura bem atraente. Caso tenha interesse em ter este dinossauro de brinquedo, visite a Dinoloja e adquiria o seu!