© Davide Bonadonna |
© Tyler Keillor, Lauren Conroy e Erin Fitzgerald |
Veja quando viveu o Spinosaurus! © Patrick Król Padilha! |
Nome popular: Espinossauro
Nome Científico: Spinosaurus aegyptiacus
Significado do Nome: Lagarto Espinho ou Lagarto Espinha em referência às espinhas dorsais.
Quando viveu: Período Cretáceo, estágios Albiano e Cenomaniano, entre 112 - 93 milhões de anos.
Local: África - Argélia, Níger, Marrocos, Tunísia, Egito
Peso: 8 a 20 toneladas
Tamanho: 15 a 18 metros de comprimento e 5 a 6 metros de altura
Alimentação: Carnívora, especialmente peixes.
Os primeiros registros desse animal já tem mais de 100 anos. Vários fragmentos desse gênero já foram encontrados, mas pouco se tem de material fóssil de tal predador, sendo que a maioria é bem fragmentário. Vamos ver a seguir os principais espécimes.
BSP 1912 VIII 19: este foi descoberto por Richard Markgraf em 1912 e descrito por Ernst Stromer em 1915. Originário da Formação Bahariya, tornou-se o holótipo com a criação do gênero e espécie. O material consistia dos seguintes pedaços, a maioria incompletos:
BSP 1912 VIII 19: este foi descoberto por Richard Markgraf em 1912 e descrito por Ernst Stromer em 1915. Originário da Formação Bahariya, tornou-se o holótipo com a criação do gênero e espécie. O material consistia dos seguintes pedaços, a maioria incompletos:
- Partes da maxila
- Partes da mandíbula com 75 cm de comprimento
- 20 dentes
- 2 vértebras cervicais
- 7 vértebras dorsais
- 3 vértebras sacrais
- 1 vértebra caudal
- 4 Costelas
- Elementos da gastrália
A descrição original de Stromer indicava que o fóssil representava um único indivíduo, cujo esqueleto havia sido desarticulado e preservado sem qualquer vestígios dos membros. O crânio estaria presente, porém foi erodido em sua parte posterior, portanto somente parte da mandíbula e fragmentos da maxila restaram.
Das nove espinhas neurais (que formam a vela) a mais longa, associada com uma vértebra dorsal, tinha 1,65 metros. Stromer afirmou que o espécime viveu no Cenomaniano, cerca de 97 milhões de ano. Esse espécime foi destruído na 2ª Guerra Mundial, especificamente na noite de 24 para 25 de abril de 1944, quando um bombardeio britânico acertou Munique. O ataque prejudicou severamente os prédios da Paläontologische Staatssammlung München (Coleção de Paleontologia do Estado Bavário). No entanto, desenhos detalhados e descrições do espécime permanecem. O filho de Stromer doou os arquivos de seu pai para o Paläontologische Staatssammlung München em 1995 e Smith et al. analisou duas fotografias do holótipo descobertas no arquivo em 2000. Com base nas fotos da mandíbula inferior e uma foto do espécime todo montado, Smith concluiu que o desenho original era levemente incorreto. Em 2003, Oliver Rauhut sugeriu que o Spinosaurus de Stromer era uma quimera, composto de vértebras e espinhas neurais de um carcarodontossaurídeo parecido ao Acrocantossauro e dentes de Barionix ou Suchomimus. Essa análise foi rejeitada.
Única foto da mandíbula © Acervo do Paläontologische Museum |
Única foto do holótipo exposto antes do bombardeio © Acervo do Paläontologische Museum |
Reconstrução do Spinosaurus feita por Stromer em 1936 © Ernst Stromer |
Mandíbula do holótipo © Ernst Stromer |
Vértebras do holótipo © Ernst Stromer |
Fósseis do holótipo © Ernst Stromer |
NMC 50791: mantido no Museu da Natureza Canadense, é uma vértebra cervical que tem 19,5 centímetros de comprimento coletada nas jazidas Kem Kem - Marrocos. É o holótipo do S. maroccanus tendo sido descrevido por Dale Russel em 1996. Outros espécimes referidos ao S. maroccanus no mesmo artigo eram duas outras vértebras cervicais (NMC 41768 e NMC 50790), um fragmento dentário anterior (NMC 50832), um fragmento dentário do meio (NMC 50833) e um arco neural dorsal anterior (NMC 50813). Russel afirmou que "somente informação geral sobre localidade poderia ser fornecida" para o espécime e portanto poderia ser datado apenas como possivelmente originário do Albiano. Vale ressaltar que, enquanto muitos aceitem a validade de S. maroccanus, grande parte da comunidade científica o classifica como sinônimo júnior de S. aegyptiacus ou até nomen dubium.
NMC 41852: um grande úmero descrito por Russel em 1996, como terópode indeterminado é atribuído ao gênero Spinosaurus por Ibrahim et. al. (2014) com base em similaridades morfológicas com Baryonyx e dado que o tamanho do osso é grande demais para pertencer a qualquer outro terópode encontrado na região de Kem Kem, uma vez que Spinosaurus é o mais longo dinossauro terópode encontrado na área.
MNHN SAM 124: pertence ao Museu Nacional de História Natural de Paris. É um focinho composto de pré-maxila parcial, maxila parcial, vômer e fragmentos dentários. Foi descrito por Taquet e Russell em 1998, media 13,4 a 13,6 centímetros de largura, porém não foi divulgado o comprimento do fóssil. Encontrado na Algéria, seria da época Albiana. Taquet e Russell acreditavam que o espécime, assim como um fragmento de pré-maxila (SAM 125), duas vértebras cervicais (SAM 126-127) e um arco neural dorsal (SAM 128) pertenciam a S. maroccanus.
MNHN SAM 124 © FunkMonk |
BM231: localizado na coleção do Instituto Nacional de Minas, Túnis, foi descrito por Buffetaut e Ouaja em 2002. Consiste de um fragmento dentário anterior de 11,5 centímetros de comprimento do Albiano inferior, da Formação Chenini - Tunísia. O fragmento dentário, que incluía quatro alvéolos e dois dentes parciais, era supostamente similar ao material de S. aegyptiacus.
BM231 © Buffetaut e Ouaja, 2002 |
UCPC-2: mantido na Coleção Paleontológica da Universidade de Chicago, consiste principalmente de dois ossos nasais estreitos conectados com uma crista sem crânio que seria localizada entre os olhos. O espécime que tem 18 centímetros de comprimento, foi localizado em rochas do início do Cenomaniano, parte das jazidas Kem Kem do Marrocos, em 1996. Foram descritas em 2005 por Cristiano Dal Sasso e colegas, do Museu Cívico de História Natural de Milão.
BM231 © Dal Sasso et al. (2005) |
MSNM V4047: Este fóssil está no Museu de História Natural de Milão e foi descrito por Dal Sasso e colegas em 2005. Composto de focinho com premaxila parcial e ossos nasais parciais totalizando 98,8 centímetros de comprimento é proveniente das jazidas Kem Kem. Assim como UCPC-2, imagina-se ter vindo do Cenomaniano. De acordo com Dal Sasso et. al. (2005) o exemplar apresenta a sutura sagital fundida dorsalmente, o que é caracaterístico de um indivíduo adulto. Segundo o autor, esse fóssil foi encontrado em 1975 na cidade de Taoua, no Marrocos, em rochas da área de Kem Kem. Essas rochas fazem parte de um depósito continental que hoje se apresentam como red beds subjacentes ao Platô Hammada du Guir. Permaneceu em coleção particular até 2002.
MSNM V4047 © Ghedo |
Outros exemplares conservados pelo Museu de Milão incluem os seguintes fragmentos:
MSNM V6353: Falange pedal III-1
MSNM V6849: Vértebra caudal distal
MSNM V6872: Vértebra dorsal anterior (D3-D4)
MSNM V6874: Vértebra Cervicodorsal (C10-D1)
MSNM V6877: Vértebra Cervicodorsal (C10-D1)
MSNM V6881: Vértebra dorsal anterior (D2)
MSNM V6886: Falange manual proximal
MSNM V6888: Falange pedal
MSNM V6893: Metacarpo direito III
MSNM V6896: Quadrado esquerdo (sub-adulto)
MSNM V6897: Falange pedal
MSNM V6900: Ílio esquerdo (sub-adulto)
MSNM V7142: Metatarso, porção distal
MSNM V7143: Vértebra dorsal anterior (D1-D2)
UCRC PV4: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Seção medial do dentário esquerdo com raízes de dentes, porém faltando as coroas (sub-adulto).
UCRC PV5: segundo a nova pesquisa de Ibrahim et. al. (2014) esse fóssil, armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago, é uma vértebra caudal medial. No estudo somente há uma reconstrução em 3D, provavelmente obtida por escaneamento do fóssil.
UCRC PV6: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Vértebra caudal distal.
UCRC PV7: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Vértebra caudal dorsal.
UCRC PV8: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Falange I do dedo I da mão esquerda.
UCRC PV601: outro fóssil apresentado por Ibrahim et. al. (2014), também pertence à Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. É uma vértebra dorsal.
FSAC-KK 11888: Foi adquirido pela Universidade de Casablanca, onde está armazenado. Esqueleto de um indivíduo sub-adulto encontrado na região de Kem Kem em 2008, quando Ibrahim estava liderando uma coleta, sendo que a identificação provisória como Spinosaurus foi feita por Ibrahim e Zouhri. Aparentemente elementos do mesmo espécime surgiram em Milão no ano de 2009 e Dal Sasso juntamente com Maganuco contataram Nizar Ibrahim relatando sobre os fósseis levados para a Itália. Em conjunto, os três pesquisadores (Dal Sasso, Maganuco e Ibrahim) contataram o coletor do fóssil e encontraram o sítio original da coleta. Em 2013 foi feito o trabalho de escavação completa do sítio que resultou na coleta de várias partes do esqueleto, contanto com a participação de Ibrahim, Zouhri, Dal Sasso, Sereno, Martill entre outros.
Este fóssil apresentou-se bem mais completo que os espécimes previamente conhecidos desse gênero, apresentando porções do crânio e esqueleto pós craniano parcial, incluindo:
Sendo este esqueleto bem mais completo que os demais, Ibrahim et. al. (2014) definem FSAC-KK 11888 como o Neótipo para Spinosaurus.
Quando um novo gênero é descoberto, o fóssil principal usado como base para sua descrição, geralmente o mais bem preservado disponível no momento do estudo, é designado como o espécime tipo ou holótipo, que servirá como referência para comparações com futuras descobertas. A partir dele é que se sabe se novos achados pertencem ou não ao gênero. O holótipo do Spinosaurus encontrado em 1912 e descrito por Stromer (1915) não mais existe, por isso Ibrahim et. al. (2014) justificam que seguindo as recomendações do Artigo 75.3 da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN) é necessária a atribuição desse novo espécime ao posto de neótipo. O Artigo 75.3 da ICZN diz que pode-se criar um neótipo quando é demonstrado que:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Superordem: Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem: Theropoda
Infraordem: Tetanurae
Micro-ordem: Carnosauria
Família: Spinosauridae
Género: Spinosaurus
Espécie: S. aegyptiacus
Vale mencionar aqui que Ibrahim et. al. (2014) consideram a espécie Spinosaurus aegyptiacus como a única válida, sendo S. maroccanus considerado nomen dubium. Também atribuem caráter de sinônimo júnior de Spinosaurus ao dinossauro Sigilmassasaurus brevicollis.
MSNM V6353: Falange pedal III-1
MSNM V6849: Vértebra caudal distal
MSNM V6872: Vértebra dorsal anterior (D3-D4)
MSNM V6874: Vértebra Cervicodorsal (C10-D1)
MSNM V6877: Vértebra Cervicodorsal (C10-D1)
MSNM V6881: Vértebra dorsal anterior (D2)
MSNM V6886: Falange manual proximal
MSNM V6888: Falange pedal
MSNM V6893: Metacarpo direito III
MSNM V6896: Quadrado esquerdo (sub-adulto)
MSNM V6897: Falange pedal
MSNM V6900: Ílio esquerdo (sub-adulto)
MSNM V7142: Metatarso, porção distal
MSNM V7143: Vértebra dorsal anterior (D1-D2)
UCRC PV4: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Seção medial do dentário esquerdo com raízes de dentes, porém faltando as coroas (sub-adulto).
UCRC PV5: segundo a nova pesquisa de Ibrahim et. al. (2014) esse fóssil, armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago, é uma vértebra caudal medial. No estudo somente há uma reconstrução em 3D, provavelmente obtida por escaneamento do fóssil.
Modelo 3D digital de UCRC PV5 © Ibrahim et. al. 2014 |
UCRC PV6: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Vértebra caudal distal.
UCRC PV7: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Vértebra caudal dorsal.
UCRC PV8: armazenado na Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. Falange I do dedo I da mão esquerda.
UCRC PV601: outro fóssil apresentado por Ibrahim et. al. (2014), também pertence à Coleção de Pesquisa da Universidade de Chicago. É uma vértebra dorsal.
Modelo 3D digital de UCRC PV601 © Ibrahim et. al. 2014 |
FSAC-KK 11888: Foi adquirido pela Universidade de Casablanca, onde está armazenado. Esqueleto de um indivíduo sub-adulto encontrado na região de Kem Kem em 2008, quando Ibrahim estava liderando uma coleta, sendo que a identificação provisória como Spinosaurus foi feita por Ibrahim e Zouhri. Aparentemente elementos do mesmo espécime surgiram em Milão no ano de 2009 e Dal Sasso juntamente com Maganuco contataram Nizar Ibrahim relatando sobre os fósseis levados para a Itália. Em conjunto, os três pesquisadores (Dal Sasso, Maganuco e Ibrahim) contataram o coletor do fóssil e encontraram o sítio original da coleta. Em 2013 foi feito o trabalho de escavação completa do sítio que resultou na coleta de várias partes do esqueleto, contanto com a participação de Ibrahim, Zouhri, Dal Sasso, Sereno, Martill entre outros.
Pé de Spinosaurus reconstruído © Ibrahim et. al. (2014) |
Este fóssil apresentou-se bem mais completo que os espécimes previamente conhecidos desse gênero, apresentando porções do crânio e esqueleto pós craniano parcial, incluindo:
- Crânio - porções fragmentárias
- Coluna Vertebral - fragmentos
- Manus (mão)
- Cintura pélvica
- Membros posteriores
Sendo este esqueleto bem mais completo que os demais, Ibrahim et. al. (2014) definem FSAC-KK 11888 como o Neótipo para Spinosaurus.
Quando um novo gênero é descoberto, o fóssil principal usado como base para sua descrição, geralmente o mais bem preservado disponível no momento do estudo, é designado como o espécime tipo ou holótipo, que servirá como referência para comparações com futuras descobertas. A partir dele é que se sabe se novos achados pertencem ou não ao gênero. O holótipo do Spinosaurus encontrado em 1912 e descrito por Stromer (1915) não mais existe, por isso Ibrahim et. al. (2014) justificam que seguindo as recomendações do Artigo 75.3 da Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN) é necessária a atribuição desse novo espécime ao posto de neótipo. O Artigo 75.3 da ICZN diz que pode-se criar um neótipo quando é demonstrado que:
- É excepcionalmente preciso;
- Se trata de um táxon distintivo;
- Existem detalhes permitindo o reconhecimento do espécime;
- O holótipo foi destruído e as razões levaram a isso;
- A evidência do neótipo é consistente com o que se sabe dos tipos já estudados;
- Há evidências de que o neótipo provém de um local mais próximo possível da localidade do holótipo original;
- O exemplar neótipo está localizado em instituição que pode preservar e disponibilizar o espécime para estudo.
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Superordem: Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem: Theropoda
Infraordem: Tetanurae
Micro-ordem: Carnosauria
Família: Spinosauridae
Género: Spinosaurus
Espécie: S. aegyptiacus
Esses fósseis forneceram aos paleontólogos informações suficientes sobre o animal para montar uma reconstrução razoável do bicho. Desde a descoberta em 1912, as vértebras dorsais chamaram mais atenção, pois eram diferentes das dos outros terópodes. As longas vértebras com suas espinhas neurais alongadas levaram Stromer a escolher o nome Spinosaurus, vindo do latim, significa "Lagarto Espinho" ou melhor ainda "Lagarto Espinha", sendo que as várias vértebras alongadas (espinhas) eram dispostas verticalmente sobre o dorso e recobertas de pele formando uma espécie de "vela" ou "barbatana". Os dentes encontrados, 20 no total, eram lisos, cônicos e não possuíam serras como nos tiranossaurídeos ou carcarodontossaurídeos, além de serem mais finos e arredondados, algo incomum em um dinossauro predador. Os primeiros fósseis não deram uma noção precisa do formato do crânio do animal, por isso as primeiras ilustrações dele o mostravam com um crânio curto similar ao de outros terópodos e assim ele foi reconstruído por muitos anos, até bem recentemente para falar a verdade.
Spinosaurus, ilustração de 1975 © Giovanni Caselli |
No geral sempre tivemos uma visão muito especulativa sobre a aparência desse dinossauro, pois a falta de material bem preservado impedia uma reconstrução mais fiel. Estranhamente, mesmo sem conhecer os braços desse dinossauro e antes da descoberta do Barionix, textos já afirmavam que ele possuía braços fortes e poderia andar em posição quadrúpede.
Depois que novos espinossaurídeos foram encontrados e alguns fósseis adicionais do próprio Espinossauro surgiram, nossa visão sobre seu crânio mudou. Passamos a vê-lo com um crânio alongado similar ao de um crocodilo. Até agora acreditávamos que sua estrutura corporal deveria ser similar à de outros terópodos, com a diferença do crânio alongado e vela dorsal. Sempre foi retratado com pernas longas adaptadas para caminhar em terra firme, braços longos para segurar as presas, fossem dinossauros ou peixes. Imaginávamos o Espinossauro andando em terra firme a maior parte do tempo e de vez em quando parado à beira de um lago ou rio, ou mesmo com as pernas na água rasa, procurando peixes descuidados.
Spinosaurus: reconstrução tradicional © Damir G. Martin |
Spinosaurus pescando © Todd Marshall |
Não preciso nem lembrar que muito do que o público leigo e até os fascinados por paleontologia entendiam como um Espinossauro deriva da reconstrução feita pela Universal Studios para o filme Jurassic Park 3 (2001). Um dinossauro enorme, robusto e feroz, ágil, capaz de nadar e predar em terra, até mesmo a ponto de matar um Tiranossauro (veja mais sobre isso mais ao fim do artigo).
Porém esse novo estudo publicado no último dia 11 de setembro por Ibrahim e colegas acabou virando de cabeça para baixo nossos conceitos sobre este predador, fazendo com que sua aparência seja reproduzida de agora em diante de forma muito diferente, como você deve ter notado na imagem do começo do post. O novo conceito para o Espinossauro é de um terópode longo, de membros curtos e atarracados, corpo comprido e focinho esguio, adaptado à vida aquática e à predação de peixes, além de sugerir uma postura quadrúpede quando em terra firme.
Spinosaurus com a nova postura em terra © Luis V. Rey |
O novo esqueleto parcial do Espinossauro encontrado traz ossos que jamais haviam sido encontrados antes, dos membros! As pernas desse dino enigmático nunca tinham sido encontradas, nem seus pés, por isso não sabíamos qual o comprimento delas e a tendência era retratá-lo com base no Barionix, Suchomimus entre outros animais mais completos.
Mas em vez de irmos direto às pernas, vamos começar analisando a cabeça dele, afinal, é uma área bem distintiva entre os dinossauros deste grupo. O crânio, como indicado por UCPC - 2, possuía uma crista fina entre os olhos bem no meio do crânio. O focinho, como se nota em MSNM V4047 apresenta um diástema, uma espécie de abertura ou concavidade próximo à ponta da boca, sendo que na frente havia 6 a 7 dentes de cada lado, e depois dessa concavidade haviam em média 12 dentes, sendo que o segundo e terceiro dentes de cada lado eram especialmente grandes. Esse tipo de dentição levou os pesquisadores a imaginar que em vez de matar presas grandes ele comesse peixes, assim não necessitando de dentes serrilhados para rasgar carne. Esses dentes pertenciam à mandíbula também diferenciada, fina, estreita nas laterais e alongada, deixando o Spinosaurus com cara de crocodilo, mais uma característica indicando hábitos piscívoros.
Reconstrução de Ibrahim et. al.: em azul a parte conhecida © Davide Bonadonna |
O crânio MSNM V4047 do Museu de Milão é parcial e tem 98 centímetros, porém as estimativas de seu comprimento total chegam a 1,75 metros com base da parte posterior de crânios já conhecidos de outros espinossaurídeos, especialmente Irritator. No entanto alguns pesquisadores alertam que essa medida pode não ser exata devido à variação de forma entre crânios de diferentes espécies de espinossaurídeos, embora ainda seja a medida mais correta disponível. O crânio apresenta as narinas em posição elevada, próximas dos olhos, o que facilitaria a respiração quando sua cabeça estivesse na água em busca de alimentos.
© Davide Bonadonna |
Outro fato intrigante é que nesse fóssil há uma vértebra de peixe presa num dos alvéolos, entre um dente e a parede do alvéolo (orifícios onde se fixam os dentes) que no trabalho os autores identificam como sendo do gênero Onchopristis, um tipo de peixe serra abundante nas mesmas rochas de onde vem o Spinosaurus.
Espinossauro tradicional captura Onchopristis © Mahamad Haghani |
Onchopristis © BBC |
Com o tempo mais e mais estudos indicavam os hábitos aquáticos do Espinossauro, como por exemplo Amiot et. al. (2010) que analisou a quantidade de isótopos de 18O (Oxigiênio 18) no esmalte dentário de vários espinossaurídeos e comparou com a quantia do mesmo isótopo em animais terrestres (mamíferos, dinossauros) e aquáticos (crocodilos, tartarugas) para saber se havia diferenças. Animais que passam muito tempo na água tendem ter menor quantidade desse isótopo impregnado nos dentes e ossos. O resultado indicou que a maioria dos dentes de espinossaurídeos de fato possuía menor quantia do isótopo, indicando que estes animais passavam muito tempo na água. No entanto os autores na época não podiam observar adaptações anatômicas à vida aquática em nenhum espinossaurídeo, portanto levantaram hipóteses de que estes animais deveriam entrar na água para fazer regulagem de temperatura.
O estudo de Ibrahim et. al. (2014) acaba de complementar estas evidências com um novo achado que fortalece a ideia de que pelo menos o Spinosaurus era capaz de nadar. No estudo uma nova reconstrução esquelética do dinossauro é proposta com base nos fósseis encontrados em 2013 e em alguns outros já conhecidos, o que permitiu a montagem de um esqueleto bem completo do animal.
A nova reconstrução utilizou fósseis de vários indivíduos de idades e tamanhos diferentes, porém segundo os autores foram feitas correções para compensar as diferenças e manter o resultado proporcionalmente correto.
Como pode observar no esqueleto acima, são vários indivíduos utilizados, escaneados por tomografia computadorizada a fim de produzir modelos digitais em 3 dimensões. Em vermelho estão os ossos do novo esqueleto (neótipo), encontrado em 2013. Em laranja os ossos do espécime de Stromer, em amarelo ossos isolados de Kem Kem, em verde ossos emprestados/baseados em Suchomimus, Baryonyx, Irritator e Ichthyovenator. Finalmente, em azul o ossos recriados por inferências a partir dos ossos adjacentes. O pequeno ponto vermelho perto da coluna à frente das pernas mostra o centro de massa (ponto de equilíbrio).
Estudos com tomografia computadorizada revelaram espaços no crânio do Espinossauro que possivelmente abrigariam órgãos sensíveis à pressão, similares aos vistos em crocodilos modernos, usados para sentir presas debaixo da água sem mesmo vê-las. As narinas situadas mais próximas dos olhos indicam que frequentemente mantinha a cabeça na água.
Funcionamento do órgãos sensoriais © Davide Bonadonna |
Em laranja os canais da rede neurovascular © Ibrahim et. al. (2014) |
Segundo Ibrahim e colegas, as vértebras em sua maioria tem seu centro alongado, o que contribui para um corpo mais comprido, facilitando assim a mobilidade do pescoço e torso, principalmente em sentido vertical. Isso proporciona melhor movimento para captura de presas debaixo da água. Curiosamente, as vértebras da base da cauda seriam mais curtas com arcos neurais reduzidos, por sua vez facilitando a movimentação lateral da cauda, que deveria ser usada para impulsionar o animal durante a natação.
Ainda análises dos membros dianteiros indicaram a capacidade muscular elevada, adaptada para realizar flexões e extensões poderosas, além da mão se mostrar mais longa que em espinossaurídeos mais antigos.
Os membros traseiros se mostraram muito mais curtos que o normal para dinossauros bípedes, embora os espinossaurídeos sejam conhecidos por apresentar membros traseiros mais curtos, o que foi observado nesse caso é bem mais extremo do que o esperado. E é aqui que a comunidade virtual interessada em paleontologia, incluindo paleontólogos, paleoartistas e leigos ficaram estupefatos e intrigados, pois jamais um terópode foi reconstruído com proporções tão dramáticas, que em si indicam quadrupedalismo obrigatório em terra.
O paleoartista Scott Hartman, especializado em reconstruir esqueletos fósseis que publica em seu site, Skeletal Drawing, publicou um artigo falando sobre nova descoberta aqui. Ele escreve comentando que embora o estudo seja muito bem feito, e na maior parte traz ótimas informações sobre a espécie, houve erro na ilustração e reconstrução do esqueleto, sendo que baseado nas medidas do quadril relacionadas às vértebras, cujas medidas são dadas pelos autores, o esqueleto deveria ter pernas pelo menos 27% maiores do que retratado. Ele mesmo editou o esqueleto fornecido de forma rápida para demonstrar como essa diferença mudaria tanto o centro de massa quanto parte da ecologia do animal. Na imagem abaixo você confere acima o esqueleto como originalmente publicado pelos autores do estudo e abaixo a correção feita por Hartman. As linhas foram adicionadas por mim para facilitar a visualização das diferenças.
De qualquer forma o fato de que as evidências realmente apontam para um animal aquático e piscívoro são muito fortes, somente o quadrupedalismo obrigatório, na opinião de Hartman, deveria ser revisto. Se a proporção dos membros estiver incorreta ele ressalta, o erro causaria erros de interpretação em toda a ecologia do animal. Precisamos agora é esperar mais análises para saber se realmente as proporções apresentadas são as mais corretas ou merecem revisão.
Os autores indicam que os membros apresentam proporções que lembram cetáceos primitivos (baleias) e mamíferos semi-aquáticos atuais, que usam as pernas para gerar propulsão na água.
Análises dos pés que apresentam estrutura mais plana, inclusive nas garras, sugerem que o pé poderia ser adaptado para pisar em substrato mole no fundo da água, não permitindo que o animal se atolasse ou ainda que possivelmente poderia suportar uma membrana interdigital (vide imagem acima) para melhor empurrar a água durante a movimentação.
Ossos de mamíferos atuais que estão em processo de transição de habitats terrestres para aquáticos tendem a apresentar maior densidade, menor ou quase nenhum espaço interno para medula, a fim de produzir melhor controle do corpo na água, que afunda com mais facilidade, mantendo o animal estável sob a água quando mergulha, como é o caso dos Hipopótamos. De forma muito similar os ossos do Spinosaurus apresentam a mesma característica, praticamente nenhum espaço medular nos espinhos neurais e ossos longos como fêmur, o que proporciona um aumento de 30% a 40% na densidade do animal se comparado com os demais terópodes. Observe abaixo os cortes transversais do fêmur direito de Spinosaurus e do fêmur direito de Suchomimus, enquanto que o Espinossauro apresenta osso denso praticamente maciço, Suchomimus apresenta osso oco com grande canal medular (área preta no dentro do osso).
O cálculo do centro de massa do animal sugere que ele não seria capaz de caminhar de forma bípede em terra, portanto os autores sugerem hábitos de quadrúpedes fora da água, não deixando de lembrar que o centro de massa posicionado mais à frente, como calculado, tenderia a auxiliar no equilíbrio natatório do animal.
Por último, os autores ainda tratam da questão da vela dorsal, que segundo eles era coberta apenas com um camada justa de pele e não com músculos ou gordura como sugerido. Embora já tenha-se cogitado que a vela serviria para diversas funções incluindo regulação da temperatura, Ibrahim et. al (2014) afirmam que baseando-se em comparações feitas com uma espécie de camaleão atual (Trioceros cristatus) e marcas de estrias nos ossos e no fato que as espinhas são extremamente densas e pouco vascularizadas, não seriam efetivas para realizar controle de temperatura, sendo principalmente uma estrutura visual para display, que durante o nado ficaria visível acima da superfície da água.
Basicamente o Spinosaurus foi o mais longo terópode já registrado, sem dúvida o maior dinossauro carnívoro de todos (conhecido até o momento) com seus aproximados 18 metros de comprimento era maior que o afamado rei dos dinossauros, o Tiranossauro rex e também maior que o Carcharodontosaurus saharicus e Giganotosaurus carolinii. Em seu estudo, Dal Sasso et. al. (2005) comparou o tamanho do Espinossauro com o do Suchomimus, usando-o como modelo para estimar o tamanho total do corpo do S. aegytiacus e sua estimativa chegou a 18 metros de comprimento e 7 a 9 toneladas, por isso muitos questionam tais medidas.
Ainda análises dos membros dianteiros indicaram a capacidade muscular elevada, adaptada para realizar flexões e extensões poderosas, além da mão se mostrar mais longa que em espinossaurídeos mais antigos.
Os membros traseiros se mostraram muito mais curtos que o normal para dinossauros bípedes, embora os espinossaurídeos sejam conhecidos por apresentar membros traseiros mais curtos, o que foi observado nesse caso é bem mais extremo do que o esperado. E é aqui que a comunidade virtual interessada em paleontologia, incluindo paleontólogos, paleoartistas e leigos ficaram estupefatos e intrigados, pois jamais um terópode foi reconstruído com proporções tão dramáticas, que em si indicam quadrupedalismo obrigatório em terra.
O paleoartista Scott Hartman, especializado em reconstruir esqueletos fósseis que publica em seu site, Skeletal Drawing, publicou um artigo falando sobre nova descoberta aqui. Ele escreve comentando que embora o estudo seja muito bem feito, e na maior parte traz ótimas informações sobre a espécie, houve erro na ilustração e reconstrução do esqueleto, sendo que baseado nas medidas do quadril relacionadas às vértebras, cujas medidas são dadas pelos autores, o esqueleto deveria ter pernas pelo menos 27% maiores do que retratado. Ele mesmo editou o esqueleto fornecido de forma rápida para demonstrar como essa diferença mudaria tanto o centro de massa quanto parte da ecologia do animal. Na imagem abaixo você confere acima o esqueleto como originalmente publicado pelos autores do estudo e abaixo a correção feita por Hartman. As linhas foram adicionadas por mim para facilitar a visualização das diferenças.
Esqueleto corrigido por S. Hartman © Ibrahim et. al. (2014)/ modificado por Hatman |
De qualquer forma o fato de que as evidências realmente apontam para um animal aquático e piscívoro são muito fortes, somente o quadrupedalismo obrigatório, na opinião de Hartman, deveria ser revisto. Se a proporção dos membros estiver incorreta ele ressalta, o erro causaria erros de interpretação em toda a ecologia do animal. Precisamos agora é esperar mais análises para saber se realmente as proporções apresentadas são as mais corretas ou merecem revisão.
Os autores indicam que os membros apresentam proporções que lembram cetáceos primitivos (baleias) e mamíferos semi-aquáticos atuais, que usam as pernas para gerar propulsão na água.
Hábitos aquáticos: note as membranas interdigitais © Davide Bonadonna |
Ossos de mamíferos atuais que estão em processo de transição de habitats terrestres para aquáticos tendem a apresentar maior densidade, menor ou quase nenhum espaço interno para medula, a fim de produzir melhor controle do corpo na água, que afunda com mais facilidade, mantendo o animal estável sob a água quando mergulha, como é o caso dos Hipopótamos. De forma muito similar os ossos do Spinosaurus apresentam a mesma característica, praticamente nenhum espaço medular nos espinhos neurais e ossos longos como fêmur, o que proporciona um aumento de 30% a 40% na densidade do animal se comparado com os demais terópodes. Observe abaixo os cortes transversais do fêmur direito de Spinosaurus e do fêmur direito de Suchomimus, enquanto que o Espinossauro apresenta osso denso praticamente maciço, Suchomimus apresenta osso oco com grande canal medular (área preta no dentro do osso).
Fêmur de Spinosaurus (A) e Suchomimus (B) © Ibrahim et. al. (2014) |
Densidade óssea de Spinosaurus © Ibrahim et. al. (2014) |
Nadando © Davide Bonadonna |
Por último, os autores ainda tratam da questão da vela dorsal, que segundo eles era coberta apenas com um camada justa de pele e não com músculos ou gordura como sugerido. Embora já tenha-se cogitado que a vela serviria para diversas funções incluindo regulação da temperatura, Ibrahim et. al (2014) afirmam que baseando-se em comparações feitas com uma espécie de camaleão atual (Trioceros cristatus) e marcas de estrias nos ossos e no fato que as espinhas são extremamente densas e pouco vascularizadas, não seriam efetivas para realizar controle de temperatura, sendo principalmente uma estrutura visual para display, que durante o nado ficaria visível acima da superfície da água.
Basicamente o Spinosaurus foi o mais longo terópode já registrado, sem dúvida o maior dinossauro carnívoro de todos (conhecido até o momento) com seus aproximados 18 metros de comprimento era maior que o afamado rei dos dinossauros, o Tiranossauro rex e também maior que o Carcharodontosaurus saharicus e Giganotosaurus carolinii. Em seu estudo, Dal Sasso et. al. (2005) comparou o tamanho do Espinossauro com o do Suchomimus, usando-o como modelo para estimar o tamanho total do corpo do S. aegytiacus e sua estimativa chegou a 18 metros de comprimento e 7 a 9 toneladas, por isso muitos questionam tais medidas.
Por outro lado, em 2007 François Therrien e Donald Henderson recalcularam as medidas do dino, diminuindo seu comprimento para 12 a 14 metros e seu peso sendo, por sua vez, aumentado, para 12 a 20 toneladas. Mas devido terem usado tiranossaurídeos e outros carnossauros como base para seu estudo, muita credibilidade foi perdida, pois tais dinossauros tem proporções diferentes de espinossaurídeos.
Por fim, Ibrahim et. al. (2014) afirmam apenas que o esqueleto completo montado durante a pesquisa após impresso a partir dos modelos em 3D passaria dos 15 metros de comprimento, embora não explicitem valores exatos.
Por fim, Ibrahim et. al. (2014) afirmam apenas que o esqueleto completo montado durante a pesquisa após impresso a partir dos modelos em 3D passaria dos 15 metros de comprimento, embora não explicitem valores exatos.
Comparação entre maiores terópodes Davide Bonadonna/ Matt Martyniuk |
O Espinossauro Conviveu com grandes saurópodes como Paralititan e Aegyptosaurus e também com o Carcharodontosaurus, outro enorme predador do cretáceo superior. Deltadromeus e Bahariasaurus, que podem inclusive ser sinônimos, também viviam no mesmo ambiente, assim como o crocodilo Stomatosuchus e o Celacanto Mawsonia, além é claro do peixe serra Onchopristis prováveis presas do terópode. Nas mesmas rochas onde o novo esqueleto foi achado já foram coletados Rebbachisaurus, um tipo de abelissaurídeo e o já citado Deltadromeus. Onde hoje é o Egito, seria uma área costeira no Cenomaniano, com manguezais onde o Espinossauro poderia pescar, com entre-marés alagando a região.
Além da vértebra de peixe serra presa no crânio como já mencionado, não há evidência direta de que presas o Espinossauro comia, mas imagina-se que tal espécie fosse muito oportunista, variando a dieta conforme a disponibilidade de tipos alimentares. A nova pesquisa de Ibrahim et. al. (2014) sugere dieta predominantemente piscívora, no entanto não creio que havendo uma carcaça de dinossauro em seu caminho, o Spinosaurus deixaria de aproveitar. Dentes de espinossaurídeos foram achados em pterossauros aqui no Brasil, porém os espinossaurídeos brasileiros não parecem ter as mesmas proporções extremas e seriam mais ágeis em terra firme. Na Inglaterra foram achados restos de peixes (escamas parcialmente digeridas) e ossos de Iguanodon no estômago do Barionix, o que indica que espinossaurídeos deveriam comer um pouco de tudo.
É intrigante pensar que após mais de um século finalmente temos uma melhor visão da estrutura anatômica desse dinossauro e que mesmo antes de termos fósseis mais completos como agora já se supunha a postura quadrúpede.
O Espinossauro geralmente é retratado como sendo bípede, porém na década de 1970 era comumente mostrado apoiado em todas as quatro patas, o que foi supostamente apoiado pela descoberta dos fósseis do Baryonyx, que tinha braços mais reforçados. No entanto, as mãos dos Terópodes não podiam ser apoiadas viradas para trás, pois as palmas ficavam viradas em direção uma da outra. O novo estudo indica essa postura quadrúpede embora não apresente evidências em relação aos braços serem adaptados a tal função, nem explica direito o modo como a mão seria apoiada no solo. As ilustrações e modelos digitais produzidos para divulgação da descoberta no entanto mostram o animal apoiado estranhamente nas "costas" da mão, de modo similar ao que os Gorilas fazem.
O Espinossauro geralmente é retratado como sendo bípede, porém na década de 1970 era comumente mostrado apoiado em todas as quatro patas, o que foi supostamente apoiado pela descoberta dos fósseis do Baryonyx, que tinha braços mais reforçados. No entanto, as mãos dos Terópodes não podiam ser apoiadas viradas para trás, pois as palmas ficavam viradas em direção uma da outra. O novo estudo indica essa postura quadrúpede embora não apresente evidências em relação aos braços serem adaptados a tal função, nem explica direito o modo como a mão seria apoiada no solo. As ilustrações e modelos digitais produzidos para divulgação da descoberta no entanto mostram o animal apoiado estranhamente nas "costas" da mão, de modo similar ao que os Gorilas fazem.
Spinosaurus em pose quadrúpede anterior ao estudo
TopGon |
Ainda temos muito a aprender sobre o Espinossauro e as descobertas que o futuro nos reserva são imprevisíveis. Como esse novo achado nos mostra, na paleontologia muita coisa pode mudar de um dia para outro. Parece que a partir de agora, imagens como esta abaixo devem se tornar mais e mais raras.
O Espinossauro há muito tempo vem sendo estudado e recentemente classificado como um dos maiores terópodes, mas isso só foi popularizado quando o espinossauro foi retratado em Jurassic Park 3 (2001) com 18 metros de comprimento. No longa o Espinossauro vence uma luta contra o T.rex, tido por muitos como rei dos dinossauros, o que fez com que o "Rex" ganhasse um rival na popularidade. Todo mundo gosta de perguntar, se o espinossauro ganhava do tiranossauro numa luta, graças ao filme.
No entanto, precisamos lembrar que apesar de maior, a maioria das especulações diz que seria improvável que o Espinossauro viesse a ganhar a luta da maneira mostrada no filme, afinal, suas mandíbulas mais finas não teriam tanta força para segurar um T.rex. A situação fica pior ainda agora que o Espinossauro passa a ser retratado como um dinossauro aquático de pernas curtas que mal consegue se manter ereto em terra firme. Na verdade estes dois dinos nunca se encontraram, viviam em locais e tempos diferentes.
Espinossauro de Jurassic Park 3
© Universal Pictures
|
Também aparece frequentemente em livros, revistas de coleção, desenhos animados como Dinossauro Rei, Dinosaur Train, vídeo-games e entre outros meios de mídia. O documentário "Criaturas Titânicas" mostrou um episódio sobre o Espinossauro, mas muitos erros foram cometidos. Confira mais sobre este documentário clicando aqui. Já "Planet Dinosaur", da BBC mostrou uma visão mais moderna, piscívora dele, embora também com hábitos terrestres e com a anatomia mais tradicional, bípede.
Spinosaurus de Criaturas Titânicas
© Discovery Channel
|
Se você é colecionador, deve estar curioso para saber quais são as miniaturas colecionáveis, brinquedos em geral, que existem desse dinossauro. Eu mesmo como colecionador veterano de dinos não podia deixar de falar desse tema, então trouxe aqui uma vasta seleção de brinquedos de espinossauro que conheço pra mostrar pra você. Claro que nem todos os espinossauro colecionável mostrado aqui vai agradar a todos, mas dá pra ter uma boa noção das opções existentes.
Um dos modelos mais antigos que conheço do Spinosaurus é o da empresa Safari, parte da extinta coleção Carnegie. Foi lançado em 1992, seguindo um padrão bem comum de anatomia. Retratava o dinossauro com postura bípede, com a cauda como apoio, corpo empinado e crânio ainda no formato de um terópode mais genérico, pois os fósseis do espinossauro ainda não eram bem conhecidos na época. A versão original de 1992 era amarela e preta, mas em 2007 a Safari repintou a peça com tons cinza e vermelho, ou seja, a peça ficou mais de 10 anos em produção.
Outra peça ainda da década de 90 produzida pela Safari foi o espinossauro Wild Safari, e para surpresa de muita gente, é uma versão quadrúpede desse dinossauro, já trazendo uma representação moderna do crânio afinado. Sendo uma peça infantilizada, era mais colorida e mais em conta que a linha da Carnegie.
Um dos modelos mais antigos que conheço do Spinosaurus é o da empresa Safari, parte da extinta coleção Carnegie. Foi lançado em 1992, seguindo um padrão bem comum de anatomia. Retratava o dinossauro com postura bípede, com a cauda como apoio, corpo empinado e crânio ainda no formato de um terópode mais genérico, pois os fósseis do espinossauro ainda não eram bem conhecidos na época. A versão original de 1992 era amarela e preta, mas em 2007 a Safari repintou a peça com tons cinza e vermelho, ou seja, a peça ficou mais de 10 anos em produção.
Tendo falado dessa peça da coleção Carnegie, vale lembrar que em 2001 a Salvat copiou esse modelo numa versão um tanto quanto parecida com a de 1992 da Safari. Até as cores eram bem similares, prém em qualidade parece ser um pouco inferior aos originais, especialmente na textura.
Uma outra peça tradicionalmente vendida na década de 90 representando o espinossauro com este aspecto mais antigo era o da marca alemã Schleich. O animal era mostrado em pose quadrúpede desde essa época, o que se comprovou correto com o tempo. Entretanto a forma da vela e o crânio estavam inadequados, seguindo a pesquisa de Ibrahim.
Outra peça ainda da década de 90 produzida pela Safari foi o espinossauro Wild Safari, e para surpresa de muita gente, é uma versão quadrúpede desse dinossauro, já trazendo uma representação moderna do crânio afinado. Sendo uma peça infantilizada, era mais colorida e mais em conta que a linha da Carnegie.
Outra peça da Safari da mesma época foi o espinossauro de brinquedo da coleção "Great Dinos", que fazendo juz ao nome era dinossauros grandes se comparados aos da linha Wild Safari. Quase idêntico ao da linha Wild Safari, com exceção da postura bípede e alguns detalhes diferentes de pintura.
Enfim, a partir do começo da década de 2000 novos modelos mais modernos começaram a tornar-se comuns retratando essa espécie, porque em 2001 saiu Jurassic Park 3 popularizando a visão mais atualizada do Spinosaurus para a época. Para acompanhar o filme a Hasbro foi contratada para fabricar brinquedos e fez vários espinossauros, dos quais temos dois ilustrados abaixo.
Uma das empresas que fez um espinossauro de brinquedo por volta de 2007 foi a Collecta, representado como um dinossauro bípede de focinho alongado, embora pouco desajeitado com alguns erros anatômicos. Essa mesma miniatura posteriormente foi repintada e continua em produção até hoje.
Ainda em 2007, um dos modelos de espinossauro mais interessantes já produzidos foi lançado pela empresa francesa Papo. Retratando o dinossauro como um animal bípede, muitíssimo fiel em anatomia e detalhamento ao design do espinossauro de Jurassic Park 3. Somente a cor da peça não bate com o dinossauro do filme, mas o nível de qualidade da peça, seu tamanho (aproximadamente 31 cm) e semelhança com o dino do filme fizeram desse modelo um sucesso imediato que até hoje é muito buscado por colecionadores, por vezes sendo uma das primeiras peças adquiridas por novatos do hobby.
Ainda dessa época uma peça que saiu no mercado de colecionáveis de dinossauros foi o Espinossauro Deluxe da CollectA, que primeiramente foi lançado numa cor cinza e depois foi repintado em um tom mais esverdeado. Pra época era um modelo bem bom do dinossauro, embora não fosse tão detalhado como o da Papo.
Também de meados da década de 200 são alguns brinquedos asiáticos, como o espinossauro oficial da linha Dinossauro Rei, feito pela Sega e os Espinossauros das empresas Kabaya e Colorata.
Em 2008 a Schleich lançou um modelo novo do Spinosaurus com um padrão de cor bem similar ao do filme Jurassic Park 3, embora a anatomia não fosse tão similar. De qualquer modo era um modelo grande e bem detalhado.
Um marco dentre os brinquedos existentes de Espinossauro foi o modelo lançado em 2009 pela empresa Safari Ltd. para a coleção Carnegie, uma versão que na época era a réplica de espinossauro mais correta já produzida em forma de brinquedo. Usava uma anatomia super fiel aos conhecimentos que então eram os mais recentes, cores plausíveis e era uma miniatura bem grande, realmente agradou muitos colecionadores. Pela primeira vez um boneco de dinossauro retratava o espinossauro com um crânio mais condizente com a sua verdadeira anatomia, afilado, em vez do crânio copiado do Barionix, como fizeram em Jurassic Park.
No mundo das peças de resina, a Sideshow trouxe em 2010 o espetacular modelo de Espinossauro da sua linha Dinosauria, esculpido por Tony Macvey, embora hoje possamos considerar o modelo desatualizado.
Em 2011 finalmente a empresa japonesa Favorite escolheu o Espinossauro como novo integrante de sua linha de dinossauros, que havia sido previamente lançada em 2004. Este boneco de espinossauro acabou se tornando o último lançamento da linha, que foi eventualmente substituída em 2013 por uma nova coleção de dinos. A cor do modelo é sem dúvida seu aspecto mais chamativo, um laranja vibrante somente com um pouco de preto no dorso. De qualquer modo, a anatomia do modelo estava bem adequada aos conhecimentos da época.
Em 2012 a Schleich resolveu aposentar seus modelos antigos e grandes e lançar uma nova linha similar, porém com tamanho bem menor. Nessa linha surgiu uma miniatura de espinossauro muito parecida com a versão de 2008 em postura e detalhes, porém com cores diferentes e mandíbula articulada.
Ainda em 2012 a Bullyland, outra empresa alemã, arriscou a mão em uma réplica de espinossauro, lançado em cores chamativas, seguindo também a anatomia tradicionalmente parecida com Jurassic Park. O padrão de cor é legal, mas há quem diga que a vivacidade dos tons vermelhos é exagerado e o rosto do dinossauro ficou estranho, dando a ele uma aparência de bobo.
Este modelo azul do espinossauro foi lançado pela Favorite em 2013 substituindo o modelo laranja de 2011, ainda com a aparência tradicional bípede, mas com uma vela um pouco mais retangular, já trazendo um prelúdio do que viria no ano seguinte.
Quando saiu finalmente a pesquisa de Ibrahim e colegas em 2014, tudo virou uma bagunça. Paleontólogos debatendo a validade da pesquisa de um lado, fãs do espinossauro de Jurassic Park frustrados e em estado de negação do outro discutindo com os fãs dos T.rex do mesmo filme. A partir desse momento surgiram os primeiros modelos com a nova anatomia, sendo a CollectA a primeira empresa a tomar coragem de arriscar na produção de brinquedos de espinossauro tão inovadores. Ao todo a empresa produziu 3 modelos novos, um Deluxe e dois modelos padrão, variando em pose, com uma versão andando de forma quadrúpede e outra nadando.Estes modelos da CollectA sem dúvida seguiram perfeitamente a pesquisa nova, com o dinossauro realmente tendo perfil alongado, vela mais retangular e pernas bem curtas.
Para 2015 a Schleich nos deu outra de suas tentativas de fazer um espinossauro, mas não foi com muita coragem como a CollectA fez. Em vez de seguir a nova pesquisa mais diretamente, a empresa fez um espinossauro semi-quadrúpede, com as patas dianteiras no chão, mas as traseiras ficaram ainda longas como eram previamente retratadas. Isso deu uma pose bizarra ao animal, com uma postura desajeitada, parece que o bicho vai tombar de focinho no chão a qualquer momento. Sem dúvida as cores são agradáveis e a texturização é bonita, mas anatomicamente é uma peça fraca.
A Favorite do japão, tendo renovado sua coleção em 2013 lançou então em 2017 uma nova versão do Espinossauro, dessa vez nadando, com a anatomia adequada e com cores muito belas e um padrão críptico intrigante.
Ainda em 2017 a Papo anunciou um novo modelo surpresa para sua coleção, um espinossauro juvenil para acompanhar seu modelo antigo. Embora seja uma peça ultra detalhada e bem pintada, ficou longe do novo padrão anatômico para ater-se ao design estilo Jurassic Park.
E por fim, parece que a Colorata se rendeu à nova aparência do espinossauro e finalmente está atualizando também seu modelo para uma versão nadando, até com uma mini base imitando água.
Enfim, não estão listados aqui todos os modelos já lançados desse dinossauro, mas temos uma vasta seleção para mostrar o progresso de como o dinossauro era visto há algumas décadas e como é visto hoje. Se você ficou curioso com esse animal e gostaria de ter uma miniatura ou boneco de Espinossauro na sua coleção, acesse a Dinoloja e veja se temos algum disponível! Se não tivermos, podemos encomendar qual desejar, faça seu orçamento no site, www.dinoloja.com.
- AMIOT et. al. Oxygen isotope evidence for semi-aquatic habits among spinosaurid theropods. Geology, Vol. 38, no. 2: p.139-142; doi: 10.1130/G30402.1. Geological Society of America. Fev. 2010.
- DAL SASSO, C; MAGANUCO, S; BUFFETAUT, E. & MENDEZ, M. A. New information on the skull of the enigmatic theropod Spinosaurus with remarks on its size and affinities. Journal of Vertebrate Paleontology 25 (4): 888-896, Dez. 2005.
- IBRAHIM, N; SERENO, P. C; DAL SASSO, C; MAGANUCO, S; FABBRI, M; MARTILL, D. M; ZOUHRI, S; MYHRVOLD, N; IURINO, D. A. Seaquatic adaptations in a giant predatory dinosaur. Science, Set. 2014.
- IBRAHIM, N; SERENO, P. C; DAL SASSO, C; MAGANUCO, S; FABBRI, M; MARTILL, D. M; ZOUHRI, S; MYHRVOLD, N; IURINO, D. A. Suplementary material for Seaquatic adaptations in a giant predatory dinosaur. Science, Set. 2014.
- KELLNER A. W. A. & MACHADO E. B. Notas sobre Spinosauridae (Theropoda, Dinosauria). Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ, 2005: p. 158 - 173.
- MEDEIROS, M. A. Large theropod teeth from the eocenomanian of northeastern Brazil and the occurrence os Spinosauridae. Revista Brasileira de Paleontologia 9(3):333-338, Setembro/Dezembro 2006.
- SMITH, et. al. New information regarding the holotype of Spinosaurus aegyptiacus Stromer, 1915. Journal of Paleontology, Vol. 80, NO.2, 2006.
- STROMER, Ernst. Results of Prof. E. Stromer's Research Expedition in the Deserts of Egypt. Tradução: R. T. Zanon. Proceedings of the Royal Bavarian Academy of Science. Vol. XXVIII. Nov. 1915.
- Wikipedia - The Free Encyclopedia: Spinosaurus
- Fundação Paleontológica Phoenix
- Dinodata - S. aegyptiacus
- Dinodata - S. maroccanus
- Spinosauridae
- Spinosaurus - A hint
- Paleofile - Spinosaurus
- There's something fishy about the new Spinosaurus
29 comentários :
Spinossauro eh o dinossauro que eu axo + perfeito ;D
Oi, estou fazendo uma pesquisa sobre espinossaurídeos e vim conferir o seu blog que foi recomendado por um amigo meu. Sabe, sempre fui "e acho que sempre serei" intrigado sobre a vela do spinosaurus. De todo modo estou procurando referências sobre a possível vela dorsal do Irritator. Sempre penso se ele a tinha ou não, e se tinha qual o seu tamanho? Era tão grande quanto a do Spinosaurus? Bem, agradaço desde já o seu blog que me parece um fonte muito confiável. E não querendo abusar...
Voçê saberia onde eu posso encontrar respostas para isso? È que o Irritator é um de meus dinossauros preferidos já que foi achado no meu estado.
Oi Alberto
Não sou nenhum especialista no assunto, mas pelo que sei, nunca foi achada nenhuma prova fóssil de presença de vela no Irritator. Lembrando que a maior parte dele é baseada em um crânio parcial. Conheço um paleontólogo que pode te ajudar. É o Felipe Alves Elias, paleontólogo e paleoilustrador, ele gosta muito de espinossaurídeos em geral e deve saber te responder com mais precisão.
Até onde sei, a vela do Irritator em ilustrações é pura dedução/suposição.
Entre no blog dele, e pergunte. Lá tem o email dele.
O Banner do blog dele está no menu de parceiros do meu blog. Os três primeiros banners são de blogs dele.
Abraços.
Valeu mesmo cara, muito obrigado...
voçê me ajudou muito!
olá patrick!eu sou pedro e preciso que você me diga como fazer parte do seu blog!
Oi Pedro
Fico feliz que queira fazer parte do blog, mas devo lhe dizer que no momento sou o único editor do blog e não pretendo adicionar mais nenhum.
Consegui chegar até aqui sozinho e tem funcionado bem, aliás, gosto de fazer tudo do meu jeito.
Aprecio seu interesse e sugiro que, caso queira colaborar, pode ajudar enviando dicas de matérias para postar via email, pelo formulário de contato do blog.
Pode mandar arquivos de texto, fotos e tudo mais. Avaliarei o conteúdo e se for relevante será postado.
Grande abraço.
ola patrick!sou eu pedro como eu baixo jurassic park operation genesis para computador?
bom já que não posso entrar no seu blog,então como posso ser o seu parceiro
Blog do Pedrossauro
Posso sim fazer parceria. Para baixar JPOG procure no blog a postagem sobre o jogo, lá tem links do game completo com crack e explicação sobre instação.
Cinceramente os espinossaurídeos não são animas para brigas e eles não são "terríveis" na verdade esses animais passavam a maior parte pescando como um crocodilo...
Sinceramente com `C`, meu deus!
ola ikessauro,estou trabalhando num modelo de espinossauro pode velo no meu blog:jurassic park virtual
alias, o site do modelo do espinossauro é dino city 2.5
Ei Patrick, faça uma postagem sobre o Carcharodontosaurus... por favor?
deois de tanto tempo vendo aquela imagen tradicional do spinossaurus bipede é dificil de imaginar ele quadrupede.
O grande " predador" se foi, realmente agirá podemos saber a ver feira imagem do Espinossauro, e seu tamanho ainda bate na casa dos 18? Me lembro que não passaram de 15 metros a novas estimativas, e são quase certas de afirmar que estão totalmente corretas, mas devo estar enganado, e quanto a altura você se baseia na vela e ele sobre a duplas patas certo? Se ele quadrúpede possuir esse tamanho, ele em "pé" seria enorme,mas pela minha interpretações, você se baseia a altura dele na posição sobre a duas pernas rs
Bem eu queria tirar uma dúvida pelo o que eu sei os terópodes eram animais bípedes então com o espinossauro com a nova postura quadrúpede ele é de que sub ordem agora?
Legeleandro
Continua igual. Ser bípede não é característica diagnóstica para definir os terópodes. Lembre-se, vários outros dinos são bípedes e nem por isso são terópodes. Ex: Pachycephalosaurus, Hypsilophodon entre outros.
eu não entendi! o spino é quadrupede mas ele tambem podia ficar em bipede?,pois pela imagem do esqueleto corrigido por s.hartman ele pode ficar em bipede e quadrupede,e no proprio documentario do spinosaurus (bigger than t-rex) mostra o spino andando tanto em quadrupede quanto em bipede (inclusive no inicio ele aperece andando em bipede).....
Bem o Capeta Gamer mostrou uma dúvida e como eu sou legal vou responde-la... O Spinosaurus era um quadrúpede obrigatório, isso é indiscutível, mas podia ficar em bípede apenas para ter uma visão melhor ou intimidar inimigos, ñ q se ergueria muito, mas podia se erguer, o CGI do começo q mostra ele andando em bípede foi apenas para mostrar como ele era retratado antes. E o esqueleto do Scott Hartman já foi respondido pelos autores do novo estudo como incorreto... Bem esse foi o meu comentário...
Não cara, você não pode falar que ele era quadrúpede obrigatório e que isso é indiscutivel. Muito pelo contrário, têm VÁRIOS debates ainda sobre a posição dele, e outra, o fóssil descrito pelo Ibrahim é de um sub adulto...Não da pra afirmar que é um fato isso AINDA. Tem gente que tem teoria de que ele até arrastava na terra. Enfim, ainda estão debatendo isso, logo, não é 100% de certeza que ele era quadrúpede obrigatório. Sem contar que ele é um terópode. Terópodes não tem braços próprios pra isso. Enfim, só sei que afirmar com certeza isso é meio antecipado ainda...Ainda há debates.
E acho engraçado como algumas pessoas desmerecem o animal dizendo que ele era "apenas" um crocodilo e que não era um predador nato...Como se ser quadrúpede e aquático fizesse dele menos perigoso ou só porque ele caçava "peixinhos" isso fazia dele menos feroz que um T.rex por exemplo...Tenta chegar perto de um crocodilo, imagina de um terópode que podia chegar a 18 metros (sim, porque ainda há variações, 15 a 18 metros) com uma vela ENORME nas costas nadando perto de você. Sem contar que os "peixinhos" que ele caçava tinham uns 8 metros de comprimento, no caso esse peixe serra mencionado pelo Patrick na postagem. Ele continua um predador sim, especializado no modo aquático, mas isso não quer dizer que ele não era um animal explendido e MUITO exótico, caso confirmem que ele realmente era quadrúpede. É considerado o maior terópode (e não tenho dúvidas quanto a isso), com uma aparencia muito bonita e provavelmente o ÚNICO dinossauro do seu grupo (teropodes) a ser quadrúpede. Acho que as pessoas deveriam reconhecer o quão explendido esse animal era.
Eu vejo aqui que a maioria que tenta desmerecer o Spino dizendo que ele não era "aquilo tudo" são fãs de outro terópode muito conhecido, e acho que a galera tem um certo odio do animal devido ao que aconteceu em Jurassic Park 3. Isso me deixa muito triste.
E mesmo se o Spino não for o maior (dúvido muito que não seja), acho que os próximos da lista são o Carcharodontosaurus e o Giganotosaurus, confere Patrick?
Sim Diego, de acordo com as estimativas mais recentes, o T.rex ainda não tem um exemplar tão grande pra bater em comprimento o Gigano por exemplo. No máximo uns cacos dum crânio que dizem ser dum rex gigante, sem muito mais.
Você pode me responder uma pergunta? Eu li em um site e ele diz que Scott Hartman diz que os dinossauros são capazes de mudar durante o seu processo de crescimento extremamente (Horner et al.). O melhor exemplo de alteração durante o processo de crescimento é pequeno dinossauro ornitischian, chamado Dryosaurus . Juvenis Dryosaurus tinha patas dianteiras muito grandes e musculares, o que indica que eles têm locomovido de quatro. À medida que crescia, seus membros anteriores tornaram-se menores e mais inútil, até que se tornem absolutamente animais bípedes na fase adulta. Portanto, este pode ser o caso com Spinosaurus, também eu não entendi muito bem então se for o caso do spino seus braço ficariam menores? se for ele não poderia usa-los em lutas né? Ou seria um processo diferente em vês de seus braços diminuírem forem suas pernas mas aumentando-as seria possível está teoria pois sabemos que o esqueleto do espinossauro encontrado em 2014 é de um juvenil vai ver um adulto tenha membros maiores??
pode me responder uma pergunta? eu li em um site e ele dizia que Dr. Scott Hartman diz que os dinossauros são capazes de mudar durante o seu processo de crescimento extremamente (Horner et al.). O melhor exemplo de alteração durante o processo de crescimento é pequeno ornitischian dinossauro, chamado Dryosaurus . Juvenis Dryosaurus tinha patas dianteiras muito grandes e musculares, o que indica que eles têm locomovido de quatro. À medida que crescia, seus membros anteriores tornaram-se menores e mais inútil, até que se tornem absolutamente animais bípedes na fase adulta. Portanto, este pode ser o caso com Spinosaurus, também alem disso nós sabemos que o esqueleto do spino encontrado em 2014 é de um juvenil então um espinossauro adulto poderia ter essa mudança? se essa teoria tiver correta os braços do spino iriam diminuir tornando ele quade incapas de usa-lo em uma luta? poderia inves dos braços diminuirem forem as pernas mas aumentando-as?
olá gostei muito de seu post mais andei olhando varias imagens comentarios e na minha opinião esta postura é bem suspeita e isso me fez "desenvolver algumas teorias":1º- algumas pessoas andam dizendo que todos os esqueletos do spino eram de juvenis, eu discordo que "todos" eram juvenis pois no maximo os juvenis seriam os encontrados por ibrahim e por stromer no maximo, já os de ken ken na minha opinião são realmente bem grandes para pertencer a um juvenil,e bem primeiramente olhe estas imagens da comparação entre a mandibula de stromer com a encontrada em ken ken:https://qilong.files.wordpress.com/2012/08/spinosaur-jaws-modified-2-lateral.png e https://qilong.files.wordpress.com/2011/08/spinosaurus-aegyptiacus-skull-composite.jpg.
realmente a de stromer é menor do que a de ken ken por tanto diria que o especime stromer pentenceria a um spinosaurus adulto pegueno ou um juvenil quase adulto (um juvenil bem grandinho quase adulto) já o focinho de ken ken diria que era de um adulto de tamanho medio, e bem agora falando do especime de ibrahim bem todos sabemos que todos os ossos encontrados por ibrahim em 2014 eram de juvenis,e como eu disse os de ken ken eram de um adulto medio e de stromer era de um adulto pequeno ou pelo menos um juvenil perto de se tonar adulto por tanto seria um juvenil maior do que o de ibrahim então pelo que eu percebi cada um dos especimes tem diferentes tamanhos ou seja na nova reconstrução do esqueleto eles provavelmente como não tinham mais os ossos de stromer pois virou picadinho na ww2 eles fizeram uma nova mandibula com um material lá e colocaram do mesmo tamanho da encontrada em ken ken (coisa que está errada pois a de ken ken é maior) e as que eles encontraram em 2014 simplesmente colocaram no meio do esqueleto sendo que como o especime ibrahim é o menor de todos os especimes eu acho tbm que eles aumentaram um pouco o tamanho da vela do animal para ficar do mesmo tamanho das velas de stromer pois se não ampliaçem (lembrando que o especime stromer é maior do que o de ibrahim) o tamanho da vela focaria desproporcional em comparação as outras, já as pernas eu acho que só montaram com o material e pronto ficou aquelas pernas pequenas,então se esta teoria estiver correta o spino não seria um quadrupede pois nós sabemos que como o especime ibrahim é de um juvenil, um adulto seria maior e sendo maior teria pernas maiores, ou seja o esqueleto é uma mistura de tamanhos com adultos medios e pequenos (pode até ser 2 adultos medios mais de fato um é maior que o outro) e juvenis e bem a perna minuscula que todos estão dizendo são desse juvenil então eu acho que o que eles fizeram foi colocar um especime adulto os de ken ken e stromer e misturar com os de juvenil fazendo ele ser realmente um quadrupede mais isto não está correto pois pega um t-rex por ex, tira as pernas dele e coloca as pernas de um juvenil no lugar ele iria andar se rastejando em terra por tanto acho que o spino não era um quadrupede e sim um bipede, falta agora é achar as pernas de um adulto,
2º- bem se a primeira estiver errada esta aqui pode estar certa (não sei mais acho que esta) o doutor scott hartman disse que alguns dinosaurus podem alterar no processo de crecimento extremamente,um ex é o dryosaurus, quando juvenis os dryosaurus tem menbros da frente grandes e musculosos fazendo-lhes andar em posição quadrupede mais na faze adulta os menbros da frente diminuem fazendo-lhes andar em bipede por tanto este pode ser o caso do spino, mas na minha opinião seus braços iriam diminuir? não pois não iria fazer diferença a não ser que fosse para ele não conseguir nadar bem e ter que se rastejar em terra, por tanto acho que se o caso do spino for este o que iria acontecer seriam as pernas dele crescerem, tornando-lhe como antigamente um animal bipede e quadrupede.
3º- está é bem simples não faz muito sentido o spino ser quadrupede se todos os seus parentes (suchomimus,barionix,irritator) são bipedes por tanto esta teoria dele ser quadrupede é um pouco suspeita.
Finalmente um site que mostra os dinos de acordo com suas descobertas, parabéns Patrick pelo melhor site sobre dinossauros de todos!\o/
Olá, eu adoro o spinosaurus, ele é mesmo o meu dinossauro preferido!!!
Eu comprei o National Geografic de outubro de 2014, e o que diz aqui tem toda a informação que a revista traz! Você faz uns ótimos posts, parabéns! Eu, pessoalmente, ainda gosto mais do spino em quatro patas do que em duas. Mas mesmo assim na revista diz que ele é um pouco oportunista, que se tiver fome até come pequenas presas terrestres. Ou seja, também pode caçar em terra. E só mais uma coisa, o que aconteceria num combate entre o carcharodontosaurus e o spino. É que viveram no mesmo tempo e no mesmo local... Obrigado, ótimo post, parabéns!!!!!!!!!
Postar um comentário