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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Mais um crocodilo bizarro para a coleção de esquisitices brasileiras

Reconstrução da cabeça do Armadillosuchus
© Pepi

Nesta postagem você confere mais uma descoberta paleontológica brasileira, datada do Cretáceo e que é totalmente única, nunca ocorreu nada parecido. Acesse o resto da postagem e leia tudo.

Esfagessauros - crocodilos pré-históricos estranhos, com pernas relativamente longas que viveram na era Mesozóica, sendo que muitos deles foram encontrados no Brasil. São tantos encontrados no país, que hoje temos uma grande variedade deles, incluindo Mariliasuchus, Baurusuchus, entre outros. Um deles, o Sphagesaurus montealtensis - encontrado em 2008, acabou chamando a atenção porque parece que foi herbívoro, em vez de comer carne como todos os seus parentes.
Mas a galeria de bizarrices crocodilomorfas não para por aí, pois agora encontraram um novo animal deste tipo, nomeado por Thiago Marinho e Ismar de Souza Carvalho, ambos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O novo crocodilo é chamado de Armadillosuchus arrudai, nome que significa "Crocodilo-Tatu". O animal viveu durante o período Cretáceo Superior, onde hoje fica a região noroeste do Estado de São Paulo. Composto de um crânio quase completo, uma pata, e uma complexa e surpreendente armadura, o fóssil do Armdillosuchus é o mais bem preservado dentre os Esfagessauros.
Este réptil era todo revestido de placas ósseas, que iam do pescoço, onde eram fixas e menores, se espalhando pelas costas, com forma retangular, tamanho maior e móveis para permitir ao animal um movimento, talvez igual aos tatus atuais.
O animal além de ter estas placas, possuía estranhas presas dispostas para fora da boca, como um porco selvagem, que talvez fossem usadas para escavar o solo em busca de comida, dizem os paleontólogos, já que o animal era onívoro, ou seja, come um pouco de tudo.
O estudo oficial foi publicado no "Journal of South American Earth Sciences", afirmando que ele poderia se alimentar desde moluscos, insetos e até plantas.
Durante o Cretáceo o Armadillosuchus vivia em um ambiente semi-árido, onde a caatinga deveria ser a vegetação predominante, com poucas áreas mais verdes próximas a lagos ou rios. Nestas áreas o crocodilo devia viver à espreita de presas ou à procura de plantas para comer.
Ainda não temos uma reconstrução em tamanho real do modelo, mas os pesquisadores responsáveis pretendem finalizar uma após o carnaval, o que provavelmente renderá a apresentação do animal como era em vida e uma exposição permanente em algum museu.

Caso haja interesse em conferir o estudo publicado oficialmente, pode baixá-lo em forma de PDF, clicando aqui!

Fonte

1 comentários :

Rodrigo Henrique disse...

Pra mim, os tecodontes em si são bizarros. O mais antigo, o Arcossauro(Archosaurus sp.) tinha a mandíbula menor que a maxila, além de um recorte no maxilar tão grande que dá a impressão de que o bicho tinha uma mini-tromba!!
Porém concordo que os tecodontes brasileiros são criaturas de aparência bizarra...