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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pesquisadores nomearam tartaruga africana do Cretáceo

Alguns fósseis da Angolachelys mbaxi
© Divulgação
Em 2005 o paleontólogo Octávio Mateus da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã encontrou na África, precisamente no norte de Luanda, um fóssil de uma tartaruga desconhecida do período Cretáceo. Só agora a espécie foi anunciada com um nome oficial, em um estudo que teve participação de paleontólogos portugueses e e norte americanos, além de pesquisadores da Holanda e de Angola, região de origem do animal. A seguir você saberá mais detalhes sobre o animal, no restante da postagem.

O fóssil do Cretáceo tem cerca de 90 milhões de anos e foi encontrado durante uma expedição ao norte de Luanda, patrocinada pela National Geographic Society, que controu com a participação de Louis Jacobs, paleontólogo norte-americano autor do livro "Em busca dos dinossauros africanos" e que faz parte da Universidade Metodista do Sul. A Universidade Agostinho Neto, de Angola, também teve participação na busca por fósseis.
Um dos paleontólogos portugueses, Miguel Telles Antunes, da Academia de Ciências de Lisboa, afirmou que a quantia de fósseis encontrados é importante se levarmos em conta que tal grupo animal é mal conhecido desta região. 
O animal recebeu o nome Angolachelys mbaxi, que quer dizer "Tartagura de Angola", sendo que mbaxi significa "tartaruga" na língua kimbundo, um dialeto local.

Este animal pertence a um grupo novo de quelônios, que recebeu o nome Angolachelonia, que deve ter evoluído no Atlântico sul há 100 milhões de anos.

No mesmo local havia sido achado o Angolasaurus, um lagarto marinho, no ano de 1964 e foi descrito por Miguel Telles Antunes. Segundo o estudo, o Atlântico sul era uma espécie de caminho de migrações de animais marinhos durante o Cretáceo.
Existem dois grupos de tartarugas, nos quais são incluídas as tartarugas atuais e extintas e a  base para diferenciar um grupo de outro é o modo como os animais escondem o pescoço.
Se a tartaruga consegue recolher a cabeça para dentro da carapaça ela pertence ao grupo criptodiras, se ela esconde a cabeça apenas dobrando o pescoço para o lado em um espaço na borda da carapaça, são classificadas como pleurodiras.
Atualmente a África é rica em espécies dos dois grupos, mas durante o Cretáceo não haviam tantas espécies assim, por isso achados destes animais são raros. A Angolachelys agora é considerada a mais antiga tartaruga criptodira de todo o continente africano.

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