© Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Nessa postagem vou tratar do mais novo documentário de dinossauros lançado, o filme "Marcha dos Dinossauros", no original, "March of the Dinosaurs", produzido em conjunto entre Wide-Eyed Entertainment e Yap Films. O documentário mostra a vida de dinossauros habitantes no extremo norte da América do Norte, o Ártico, que migram para escapar do frio e no trajeto sofrem com as dificuldades encontradas. O filme mostra espécies relativamente conhecidas, na maioria espécies canadenses. Enquanto um grande bando de Edmontosaurus migra para o sul em busca de calor e comida, alguns seres solitários ficam no norte em meio à noite interminável do inverno. Leia o resto do artigo e confira mais sobre este lançamento de 2011!
Bem, como sempre o documentário começa com paisagens belas e devo ressaltar, todo esse filme foi feito em computação gráfica, ou seja, não há objetos reais nas cenas, tudo foi modelado em 3D e animado, desde os dinos até o último grão de terra. Por isso, muitas cenas são lindas, enquanto outras deixam muito a desejar no detalhamento e realismo do terreno ou plantas.
Bem, analisarei o filme de forma mais crítica, mas antes vamos ao resumo da trama, e caso, não goste de spoilers e queira antes ver o filme, não leia o trecho a seguir. E já vou avisando, o texto em si não é tão extenso, mas a postagem conta com 115 fotos só na parte da história, então ou aproveite-as, ou passe rápido para não estragar nenhuma a surpresa.
História
O filme começa numa floresta de coníferas no norte do Canadá, onde hoje seria o Alaska. A fauna mostrada é composta de uma anquilossaurídeo fêmea, pelo narrador chamada de "Ankylosaur", mas que acredito ser um Edmontonia, pois a forma da couraça é característica desta espécie, um grande bando de Edmontosaurus e Mamíferos pequenos parecidos com um gambá, que também aparece no local.
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Logo conhecemos o protagonista da trama, o jovem Edmontossauro que o narrador chama de "Scar" (Cicatriz, se traduzido), nome que logo seria justificado.Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Scar e um provável pai/mãe
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Scar está comendo quando vê um pequeno mamífero, parecido com um gambá e vai atrás dele observá-lo (te lembra um certo filme da Disney???). Se afastando dos adultos por um minuto dá de cara com um pequeno terópode, um Troodon que é chamado de Patch. Ele ainda é jovem e desajeitado e embora comesse filhotes de dinossauros antes, agora são grandes demais para ele, que é afugentado por Scar.
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Patch sai do local e nota a presença do mamífero, o qual persegue até que entre numa toca escavada no solo da floresta. Bobo, o inexperiente Patch fica observando a toca, esperando que o animal saia dali. No entanto o pequeno peludo é mais esperto e sai da toca por outra saída, mais adiante, afastando sem ser notado por seu predador.
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Outro Troodon mais velho que estava por perto apanha o "ratinho" na fuga e o devora, enquanto Patch percebe frustrado que perdeu sua presa para um rival mais habituado à caça. Embora o Troodon seja considerado o mais esperto dos dinossauros, Patch ainda é jovem e está aprendendo as coisas da vida.
O mamífero cai nas garras de um predador
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Só lhe resta observar o rival aproveitar a caça
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Em seguida o foco volta a Scar, que presencia pela primeira vez na sua vida o cair da noite, pois onde mora o sol dura o dia todo no verão e só no inverno a noite existe. No Ártico, a noite começa durando apenas alguns momentos e quando o inverno finalmente chega, ela dura 4 meses e os animais passam todo o tempo sem ver a luz do sol por completo.
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Também devido à sua inexperiência, Scar não sabe que a noite traz mais perigos do que imagina, neste caso um grande predador que o observa de longe, esperando o momento certo para atacar. Scar não consegue se orientar direito na escuridão e quando percebe está sendo atacado por um enorme animal, com grandes dentes afiados. No último instante, move a cabeça para o lado, o que faz com que um único dente do predador toque seu rosto e deixe um corte vertical perto do olho. Desse ferimento deriva seu nome.
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Tendo escapado da morte por poucos centímetros, Scar começa uma fuga desesperada em direção ao bando que está mais longe, sendo perseguido pelo terópode. Todos os Edmontossauros correm e pulam obstáculos. No caminho há um grande tronco de árvore, mas Scar tem a agilidade necessária e pula facilmente o mesmo.
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A poucos metros, o carnívoro se aproxima quando um solitário raio de sol penetra por entre as árvores e momentaneamente cega o caçador, que não vê o tronco, tropeça e cai, permitindo que Scar fuga e encontre seus protetores no bando.
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No dia seguinte os adultos começam a dar sinais de que algo se aproxima, algo diferente e potencialmente perigoso. Em vez de um grande dinossauro de dentes pontudos aparecer, quem surge é um bando de Pachyrhinosaurus. Eles são perigosos porque não gostam de dividir a comida e quando precisam, usam a força para espantar competidores. Os machos do bando têm o escudo ósseo bem alaranjado como dimorfismo sexual, pois o das fêmeas não tem essa cor.
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Os velentões do pedaço
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Machos lutando com as cabeças
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Mas a cada dia que passa, a noite torna-se mais longa e o dia mais curto, o que junto com o frio começa a matar plantas e por isso a comida dos dinossauros torna-se escassa. Pela primeira vez Scar sente fome. O jovem Patch está novamente à procura de algo para comer e outro mamífero lhe chama a atenção em uma toca. Quando olha dentro dela o animal joga terra em sua cara sai correndo, mas Patch parte em uma perseguição.
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Ao que parece o Troodon ainda está sem jeito, pois o mamífero que parece um pequeno gambá sobe numa Árvore. Neste trecho o narrador mostra que o Troodon era tão ágil e tinha reflexos tão rápidos que via quase tudo em câmera lenta, o que acho um exagero, afinal, nunca houve nenhum estudo científico provando isso, fazendo com que além de infundada, essa suposição seja extremamente exagerada..
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Com a falta de comida mais verde, Scar observa a Edmontonia comendo um tronco de árvore podre, do qual dira lascas de madeira que come sem desprezar larvas que ali vivem, o que complementa sua dieta com proteína.
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Hummm Crocante...
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O jovem Edmontossauro resolve experimentar, mas acaba não gostando da madeira pois segundo o narrador, só comiam folhas tenras. Na verdade isso não é correto, afinal, numa floresta de coníferas e samambaias, o que menos se acha são folhas tenras, embora qualquer coisa seja mais macia que madeira.
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No entardecer um Paquirrinossauro bate a cabeça contra uma árvore e apenas uma pequenina folha cai, o que não lhe agrada. O bando de Scar está ali e ele observa a folha no chão, mas depois do ataque não tem tanta coragem de sair de perto dos adultos. Junto com uma jovem fêmea, fica tentado a ir pegar a folha, a apenas alguns metros do bando. No entanto, desiste e retorna para os adultos, deixando que a fêmea o faça.
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Certamente a escolha de ficar foi ótima, pois do meio das árvores e sombras surge um Gorgosaurus, um primo do T.rex, porém menor. No filme ele apresenta uma cobertura de penas do pescoço até a cauda, que termina com penas maiores. Ele ataca a fêmea e a mata, saindo dali com o cadáver entre os dentes. Achei exagero considerar 5 metros como "longe do bando", mas tudo bem... pelo drama fazem de tudo.
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O dia nasce e os bandos de herbívoros decidem partir em migração para o sul, em busca de comida mais fresca e calor, então Edmontossauros gritam e os demais incluindo Paquirrinossauros correm agrupando-se com os da outra espécie. Enquanto isso, os predadores comem os cadáveres ao redor.
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Do alto de um rochedo a fêmea de Edmontonia observa os bandos de herbívoros batendo em retirada em direção à terras mais acolhedoras e fartas, mas não planeja seguilos, pois é pesada e lenta demais para uma viagem tão longa.
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O jovem Patch, observa outros membros do bando comendo a carcaça da Edmontossauro morta pelo Gorgossauro na noite anterior. Ele sabe que seu status na hierarquia do bando não é lá grandes coisas, então apenas espera uma chance de dar uma raspadinha nos ossos depois que o outros saírem.
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Mas o que um Gorgossauro conseguiu, um mero bando de Troodons não rouba não, pois o gigante logo aparece reinvindicando seu direito justo pela caça.
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No verão, os Troodons não enfrentariam um enorme predador, mas no inverno e sabendo que comida farta será um luxo nos próximos meses, eles decidem lutar pelo alimento, gritando e pulando de frente para o verdadeiro dono do alimento. Finalmente um dos Troodons se empolga indevidamente e decide arriscar e morde a perna do Gorgossauro, pagando por isso com a própria vida, quando o grandalhão o morde e atira contra uma árvore. Como diz o narrador, "aquele que atacar o rei deve atacar para matar ou sofrerá as consequências".
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O bando de Scar agora atravessa uma vasta planície sem vegetação e o clima reserva uma surpresa para o pequeno Edmontossauro. Pela primeira vez na sua vida ele vê e sente a neve e o frio cortante de um inverno Ártico.
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Scar não aguenta o frio porque seu corpo pequeno retém bem menos calor que o corpo dos adultos e sentindo dores e exausto, devido à longa travessia sem comida, cai na neve, gritando por socorro. Todos o ignoram, seguindo em frente, mas um velho macho que vinha atrás dele o ajuda, dando incentivo para continuar. Este velho macho acompanha Scar, protegendo-o do vento e neve como pode. Mas ele também tem um problema, está doente, com um tumor crescendo no cérebro, o que o tem deixado diferente nos últimos tempos.
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O atrapalhado Patch está ainda no Ártico, sem intenção de migrar, mas sofrendo também com a escassez de comida. Ele precisa comer pois logo estará na temporada de acasalamento. Encontra uma velha carcaça, só ossos empilhados e resolve usar alguns, por instinto, para fazer um ninho. Mas novamente seu rival aparece para roubar uns ossos também para arrumar um ninho. O período de reprodução dos Troodons está chegando e ele segue seus instintos, construindo o melhor ninho que pode.
Sai fora, eu vi primeiro!
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O bando de Edmontossauros destraidamente adentra num território perigoso, um lago congelado cuja cobertura fina forma armadilhas escondidas pela neve. Sem saber onde estão pisando, parte do bando quebra o gelo e cai na água. Para piorar, alguns mosassaurídeos chamados Prognathodon que vivem no lago atacam alguns dos adultos que estão na água.
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O pobre Scar fica preso com alguns adultos num bloco de gelo flutuante e se vê obrigado a nadar se quiser voltar à segurança da terra firme. Ele nunca nadou antes e está assustado, confuso, pois percebeu os predadores na água. Os adultos rapidamente pulam na água e com isso levam Scar junto com o impulso, o que o faz nadar instintivamente. Quando estão chegando à margem, um adulto pisa em Scar que afunda, indo para baixo da plataforma de gelo. Parece que Scar jamais sairá de debaixo do gelo, mas quando vê um predador nadando em sua direção, nada para a luz e salva-se subindo na borda no último minuto.
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A Edmontonia lá no norte quebra uma placa de gelo em busca de água. Em seguida, procurando algo para comer encontra a caverna onde mora o Gorgossauro, que logo sai de seu covil para ver quem se aproxima. Como ambos são grandes e bem armados, uma luta com certeza provocaria ferimentos e o Gorgossauro não quer arriscar, pois já tem um ferimento infeccionado na perna, causado pela mordida do Troodon. Assim sendo, retorna para sua toca e deixa o animal couraçado partir.
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Numa inóspita planície desolada, coberta por cinzas vulcânicas e rochas, o bando prossegue deixando os mortos para trás, cujos cadáveres servem de alimento para os carniceiros Quetzalcoaltus, que continuam acompanhando os animais como abutres, esperando um morrer para comer sua carne.
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Finalmente os que persistiram encontram recompensa, alguns pequenos tufos de vegetação espalhados, mas ao começar a comer, inclusive Scar aproveita, um pequeno grupo de Paquirrinossauros chega e demonstra que quer a comida. Um Edmontossauro adulto macho, desesperado por causa da fome, decide se impor para garantir que não será roubado, inclusive dando uma patada na cara do Paquirrinossauro macho mais próximo.
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O macho Paquirrinossauro não deixa barato e ataca o Edmontossauro, batendo seus calombos da cabeça com força, uma verdadeira marrada que quebra costelas do hadrossauro, cuja agonia começa no mesmo exto momento, ao cair no solo incapacitado de continuar. Para ele a morte lenta é certa. Assim, os Ceratopsídeos ficam comendo e o bando prossegue.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsMas além de rivais e predadores, outra ameaça constante assusta os animais, um vulcão ativo que pulverizou tanta cinza no local que nenhum planta consegue viver muito tempo. Uma rajada de cinzas na atmosfera causa uma tempestade de raios que assusta a todos.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsEscondidos entre as rochas, um perigo ainda mais eminente espera os pacatos herbívoros, um grande bando de Albertosaurus, que logo sentem o faro das presas. Há meses não comem e aproveitam-se que as cinzas e chuva mascaram seu cheiro e armam uma emboscada para os hadrossaurídeos.
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Os Troodons estão em época de acasalamento e fazem seus ninhos, como parte do ritual de atração de uma fêmea. O macho mais velho e rival de Patch faz um ninho em local perfeito, perto de uma rocha, protegido do vento forte e predadores.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsNosso amigo Patch não tem prática nisso e faz um ninho bom, mas em local exposto, o que conta de forma negativa para ele. Quando a fêmea aparece, ambos dançam para atraí-la, mostrando as penas agora amareladas e o ninho. O rival de Patch oferece à fêmea um mamífero como presente, e ela obviamente aceita o jantar e o escolhe como seu parceiro, pois a presa também prova a capacidade do macho como bom caçador.
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No perfeito matadouro que é uma estreita passagem na planície, os Albertossauros atacam aproveitando-se do elemento surpresa e pouco espaço para fuga do bando. Scar se separa do grupo e é perseguido por um dos tiranos.
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Um raio havia acendido chamas em uma árvore, que estava no caminho de Scar e quando ele passa por ela, novamente um golpe de sorte lhe salva, pois o galho quebra e cai em chamas nas costas do predador, que desaba atordoado, dando tempo do pequeno filhote correr.
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Infelizmente Scar não vai longe, chega a um beco sem saída feito pelas pedras e desesperado vendo o predador recuperar-se do tombo, tenta escalar o barranco escorregadio e nu, sem sequer uma saliência para apoio. Sem sucesso, Scar é encurralado e quando está prestes a ser atacado o Albertossauro começa a pegar fogo, parando o ataque de dor e incômodo. Scar ouve algo aproximando-se e é uma avalanche de água, cinzas e rochas vindas do vulcão. Finalmente consegue escalar a rocha e foge, enquanto o Albertossauro é levado pela enchurrada.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsNo outro dia, Scar acorda sozinho e grita, recebendo apenas uma resposta. Seu velho amigo, que o ajudou na nevasca, aparece e os dois apenas seguem para o sul em busca do bando. Um dos predadores sobreviveu e acordou, logo sentindo o cheiro de Scar. Assim, começa a segui-los de longe.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsO desajeitado Patch fica em seu ninho sem fêmea ou ovos, então decide procurar comida, indo em direção à caverna do Gorgossauro. Sente cheiro de sangue fresco e entra, pensando que está com sorte, mas a lua lança um fino faixo de luz na caverna que acorda o grande predador, o qual imediatamente tenta abocanhar o pequeno caçador. Patch escapa por pouco e aprende a lição.
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A Edmontonia fêmea está em busca de alimento e vendo uma única folha numa árvore, decide alcançá-la, mas não obtém sucesso batendo no tronco. A folha não cai e assim ela obriga-se a subir com as patas dianteiras num tronco ao pé da árvore, o que a permitiu alcançar a folha, mas para sua desgraça o tronco cede e ela cai de pernas para o ar, escorregando e ficando na neve plana sem conseguir desvirar-se seu corpo. Chega a ser triste ver as tentativas frustradas do animal.
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Scar e seu companheiro chegam a um pequeno aglomerado de plantas e encontram uma pegada de dinossauro, mas por sorte era uma fêmea de Paquirrinossauro, que felizmente não se importa de dividir o alimento. Assim eles comem e recomeçam a caminhada, agora com mais uma companhia.
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Não distante está o Albertossauro, pacientemente acompanhando suas potenciais presas caminhando. O grupo encontra as pegadas do bando e consegue ver os Edmontossauros ao longe, assim ganhando ânimo para prosseguir. Os dois Hadrossauros conseguem andar mais rápido e deixam a ceratopsídeo para trás.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsO tumor na cabeça do Edmontossauro adulto está cada vez afetando-o mais e com uma crise este fica confuso, desorientado e imprevisível. Ele desvia da trilha de pegadas para um caminho errado e mesmo sabendo que deveria continuar em frente, Scar segue o adulto, como fez a vida toda. Ele deita próximo às rochas para proteger-se do vendo e descançar e Scar seguindo o costume de amontoar-se para não perder calor, deita-se próximo do adulto, o que o irrita, levando-o a morder o pescoço de Scar com força. O pequeno animal assutado por um de sua própria espécie o ter machucado, afastada-se, sangrando e dorme mais longe.
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No Ártico, Patch aprimora suas capacidades predatórias, ouvindo uma presa correr embaixo da neve a mais de 60 centímetros de profundidade. Ele espera a hora certa e pula para abater a presa, capturando um mamífero igual ao que tantas vezes deixou escapar.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsMais adiante, a Edmontonia completa três dias virada de cabeça para baixo e ainda está viva, mas dormindo. Acorda ao escutar um ruído e percebe um bando de Troodons aproximando-se em busca de uma presa fácil.
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O nosso protagonista está dormindo na planície com um predador aproximando-se furtivamente. Não é um terópode, mas sim o carniceiro Quetzalcoatlus que imaginou ter encontrado uma carcaça. Quando ele bica a perna de Scar, este acorda e espanta o Pterossauro com gritos.
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Após finalmente livrar-se do incomodativo bicho alado, se dá conta que seu parceiro de viagem já acordou e está indo embora sem esperar por ele. Scar corre e o alcança, mas neste momento, o Albertossauro sentindo o cheiro do sangue deixado no chão por Scar, encontra-os e dispara em perseguição aos dois. O adulto Edmontossauro nem mesmo reconhece Scar como um amigo, mas quando o pequeno começa uma desabalada corrida, nota que atrás deles está o predador e também sai em fuga. Scar está na dianteira e chega a um desfiladeiro alto demais para descer, parando de correr. O adulto chega ao local e Scar, vendo a aproximação do terópode procura proteção atrás do seu velho amigo, que lhe agride com as patas, recusando-se a protegê-lo, o que faz com que Scar corra para detrás de uma rocha, enquanto o Albertossauro finalmente chega e ataca seu parceiro.
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A luta é ferrenha e ambos não desistem, até que o Albertosaurus, apoiando-se na borda do penhasco, quebra a rocha e cai, ficando pendurado apenas porque seus destes estão cravados no pescoço de sua presa, que luta desesperada para libertar-se. O carnívoro é pesado demais e se debate, o que puxa o Edmontossauro para o vazio, levando ambos a uma queda em direção à morte certa. Scar agora está só novamente e apenas seus instintos o guiam, fazendo-o dar a volta e seguir a trilha do bando, acompanhado de perto pelo irritante pterossauro.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsA situação da Edmontonia parece desesperadora, pois os predadores estavam esperando que enfraquecesse para não ferir nenhum deles quando fossem atacá-la e agora que um dos Troodons do bando criou coragem de dar a primeira mordida, outros o seguiram. Um deles pula na barriga macia da pobre presa e até Patch chega para tentar uma boquinha. Os gritos da presa e predadores chamam a atenção do Gorgossauro, agora melhor da infeção, que se aproxima disposto a brigar pela presa que agora está indefesa.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsEnquanto os Troodons tiram pequenas dentadas, o Gorgossauro mais guloso tenta roubar tudo para si, agarrando a Edmontonia pela pata dianteira para puxá-la em direção ao seu covil. A cena é triste e comovente, pois a princípio já imaginamos qual seria o fim dessa desafortunada fêmea.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsQuando a situação parece não ter solução, a sorte muda de lado e quando o grande predador puxa a presa, arrasta-a para um terreno mais inclinado, permitindo que com um golpe de sua cauda espinhosa, consiga livrar-se dos dentes do Gorgossauro e girar o corpo, novamente apoiando-se em todas as quatro patas. Recuperando seu apoio a fêmea revida e espeta a perna do tirano com seus longos espinhos, fazendo-o mancar com a perna provavelmente quebrada e sangrando, em direção à sua toca escura. Obviamente que depois disso os Troodons apenas observaram seu jantar ambulante fugir, sem ousar atacar animal tão magnificamente resistente.
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Três dias de caminhada pela paisagem desoladora levam Scar até um bosque, próximo a um rio e a recompensa que ele buscava finalmente lhe é concedida. O bando de que faz parte está do outro lado do rio, basta ele atravessar nadando. Mas percebe que não será fácil, pois a água está repleta de Prognathodons, esperando que um animal descuidado caia nas águas profundas do rio para torná-los seu próximo banquete. O chato pterossauro ainda acompanha Scar, esperando que morra para devorar sua carcaça e Scar sabe disso, ficando no dilema, entre seguir e ser morto na água ou ficar e ser devorado por uma besta dos céus.
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Estando indeciso, resolve passar a noite ali mesmo, entre galhos e troncos, protegido do vento e de predadores, mas observado a cada instante pelo Quetzalcoatlus, que chega a agir de maneira cômica ao aparecer atrás de uma moita espreitando o filhote.
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsAo amanhecer, ouve um som e percebe um grande animal adentrando no bosque. Para sua sorte era a Paquirrinossauro que ficara para trás antes e que agora vem juntar-se ao próprio bando. Antes de seguir em frente ela quebra um tronco com a cabeça e come larvas de inseto que caem, deixando Scar aproveitar algumas. O Quetzalcoatlus frustrado resolve ir embora e Scar segue a ceratopsídeo, até seu bando que está para atravessar o rio.
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Como sempre, os predadores estão à postos para atacar e assim que os primeiros entram na água são puxados para o fundo. Scar espera e depois que quase metade do bando já entrou, pula também, nadando entre os grandalhões cabeçudos até a outra margem. Muitos Paquirrinossauros são mortos, mas a maioria passa sem problemas.
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Scar finalmente alcança seu bando e é recebido por adultos conhecidos, seus pais talvez, onde ficará até o fim do inverno, quando retornarão ao seu lar de verão no norte.
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O Gorgossauro que antes fora o rei da floresta, agora jaz morto na caverna e nosso já conhecido Patch está a devorar seu cadáver. Aparentemente aprendeu como deve atrair uma fêmea e sai da caverna com um pedaço de carne que oferece a uma Troodon que está no exterior. Com a nova casa e muita comida, agora Patch é um partido em tanto para qualquer fêmea. A Edmontonia aparece no final tranquilamente pastando no topo das montanhas como sempre fez, saudável e pronta para mais um verão de fartura!
Wide-Eyed Entertainment/Yap FilmsFim da história
Bem, então vamos à análise crítica do filme. Tudo se passa no Cretáceo há 71 milhões de anos, felizmente variando a localização, optando pelo que hoje seria o Alaska e norte do Canadá e uma fauna diferenciada, embora algumas espécies não sejam tão estranhas, evitando pelo menos o uso dos já manjados Triceratops e Tiranossauros rex. Falando nisso, vamos à lista de espécies:
Concordo com muita coisa que li numa crítica feita por David Hone, em seu "Archosaur Musings", pois sabiamente ele ressalta que é bom variar a fauna, trazer rostos novos para o público mais leigo. Também devo concordar com alguns pontos negativos, o primeiro deles sendo o fato de todo o cenário ser feito em CG. Não que tenha ficado ruim, obviamente o trabalho ficou excelente com apenas alguns pontos fracos e alguns cenários mais artificiais, mas porque usar tanta CG quando o mundo está aí para ser filmado à vontade, trazendo mais naturalidade à cena. Por exemplo, nos rios e lagos, quando vemos tomadas embaixo da água, não se vê peixes ou qualquer ser vivo a não ser os Prognathodons, mosassauros adicionados ao filme com exclusivo objetivo de ser um tormento na vida dos protagonistas. Além do mais, a primeira aparição destes ocorre num lago congelado. Se todo ele congelou, por onde os répteis saíam para respirar? Lembrem-se que os Mosassauros eram répteis pulmonados, tinham que respirar o ar na superfície como as baleias atuais. Sem abertura nenhum no lago, morreriam afogados, pois não é preciso ser nenhum gênio para saber que não há como ficar 3 meses sem pegar ar, até o inverno acabar.
- Edmontosaurus
- Pachyrhinosaurus
- Troodon
- Gorgosaurus
- Albertosaurus
- Quetzalcoatlus
- Prognathodon
- Mamífero não identificado
Concordo com muita coisa que li numa crítica feita por David Hone, em seu "Archosaur Musings", pois sabiamente ele ressalta que é bom variar a fauna, trazer rostos novos para o público mais leigo. Também devo concordar com alguns pontos negativos, o primeiro deles sendo o fato de todo o cenário ser feito em CG. Não que tenha ficado ruim, obviamente o trabalho ficou excelente com apenas alguns pontos fracos e alguns cenários mais artificiais, mas porque usar tanta CG quando o mundo está aí para ser filmado à vontade, trazendo mais naturalidade à cena. Por exemplo, nos rios e lagos, quando vemos tomadas embaixo da água, não se vê peixes ou qualquer ser vivo a não ser os Prognathodons, mosassauros adicionados ao filme com exclusivo objetivo de ser um tormento na vida dos protagonistas. Além do mais, a primeira aparição destes ocorre num lago congelado. Se todo ele congelou, por onde os répteis saíam para respirar? Lembrem-se que os Mosassauros eram répteis pulmonados, tinham que respirar o ar na superfície como as baleias atuais. Sem abertura nenhum no lago, morreriam afogados, pois não é preciso ser nenhum gênio para saber que não há como ficar 3 meses sem pegar ar, até o inverno acabar.
E, além dos dinossauros, os Mosassauros comiam o quê? Não vi peixes, moluscos, outros répteis... deveriam ser todos canibais, comendo a própria espécie e tendo filhotes para ter o que devorar no futuro. Falha na produção é o que isso se chama. Outras falhas é a falta de mais insetos, musgo, detalhes que dão realismo ao ambiente. Tudo é "limpo" demais.
Muitos têm notado a semelhança deste documentário com o filme "Dinossauro" da Disney e não posso contrariar tais indivíduos, pois eu mesmo observei que realmente há certa aproximação no roteiro. Primeiro que os protagonistas são ornitópodes, Edmontossauros, parecidos com o Iguanodonte, usado no filme infantil. O bando junto com outras espécies migra em direção à fartura, assim como no filme mencionado, espreitado por carnívoros o tempo todo. Mas apesar disso, há muito mais ciência em Marcha dos Dinossauros, pois foi feito para entreter e educar. Infelizmente, a computação gráfica não é a mais perfeita possível e comparando com "Jurassic Park" e "Caminhando com os Dinossauros", o primeiro com 18 anos e o segundo já completando 13, poderiam ter feito melhor, afinal, já foram-se mais 10 anos de evolução tecnológica e melhorias na computação.
Esse documentário é bom porque aborda vários aspectos antes nunca mencionados sobre a vida dos dinossauros em se tratando de público leigo, pois além dos paleontólogos, apenas os dino aficcionados como eu e aguns de vocês leitores, conhecem. Por exemplo, a teoria de que Troodons machos fizessem ninhos para cortejar a fêmea e cuidassem dos ovos até chocar, o que geralmente é visto como uma tarefa feminina. No entanto temos aqui uma falha, os ovos são postos diretamente na neve, o que os congelaria matando o embrião. Nem mesmo Pinguins atuais deixam os ovos na neve, os mantém sobre seus pés, para aquecer com seu calor. Também o fato dos herbívoros comerem larvas de insetos para complementar a dieta e a hipótese de os Paquirrinossauros serem violentos, brigões que batem em qualquer um por um bocado de vegetação.
Outra hipótese que gostei foi de o Gorgossauro adotar uma caverna como esconderijo, bem ao estilo dos dragões medievais, escondendo-se em covis, embora saibamos que os últimos são mitos provavelmente derivados dos fósseis mesozóicos, a ideia caiu bem para esse tirano e não soa absurda, afinal, no meio do frio nada como um local quentinho para esconder-se.
Embora estes aspectos sejam legais, alguns não passam de especulação "superdramatizada" , ou seja, atribuem aos animais certos pensamentos humanos para dar mais clima de drama à cena, principalmente quando se trata do pequeno Scar. Temos também dinos com super poderes. Em certo ponto, inclusive mencionei no texto, o Troodon caça e sua visão é mostrada em câmera lenta, com o narrador dizendo que ele é tão ágil e tem reflexos tão rápidos que é como se visse em câmera lenta. Isso não passa de invenção ou suposição sem fundamentos até onde sabemos. Sem falar na característica do Gorgossauro de "visão noturna" poderosa, para caçar no escuro. Por outro lado, o uso das imagens em câmera lenta em outros momentos mais agitados acrescenta um aspecto legal ao filme, permitindo ver com detalhes, por exemplo, o Gorgossauro mordendo Scar ou Scar pulando o tronco.
Para os amantes dos dinos emplumados tenho uma boa notícia, a de que todos os Terópodes apresentam plumagem, mais ou menos de acordo com seu tipo. Os Troodons tem no corpo todo e os Albertossauros e Gorgossauro só nas costas e cauda. Por outro lado o pterossauro Quetzalcoatlus não parece ter nenhum tipo de isolamento, só pele nua mesmo. Enfim, estes foram os principais erros e observações que fiz do filme, mas devo dizer que apesar de tudo, este é um dos melhores documentários sobre dinossauros que há, pois embora exagere em poucas coisas, animais estão no local e tempo certo, com exceção do Gorgossauro que viveu antes dos demais. De qualquer maneira, Albertossauro e Gorgossauro são tão parecidos que se observar, verão que os modelos em CG são os mesmos para as duas aspécies. As ações e problemas que os dinossauros encontram não são apenas achar comida e fugir de predadores e há uma variedade grande de cenários, incluindo floresta, campina, campos nevados, floresta nevada, cavernas, desertos vulcânicos, rios e bosques, enfim, não temos o mesmo lugar mostrado repetidamente como em muitos documentários e não temos a repetição exaustiva do narrador falando a mesma coisa o tempo todo. Gostei muito da iluminação e efeitos de sombra e tudo mais, embora alguns fatos puramente baseados em sorte, como quando os protagonistas milagrosamente são salvos por algo inesperado, tenham sido adicionados ao filme apenas como elemento dramático.
Confira abaixo algumas imagens de divulgação do filme, que não são mostradas no documentário, até onde lembro nenhuma das cenas abaixo aparece exatamente como na foto. Estas imagens são mais trabalhadas pelo que parece para divulgar o filme na internet.
Caso queira ver o documentário sua melhor chance é procurar na internet, via YouTube, ou tentar fazer o download do filme. Eu sugiro que baixe o filme com qualidade boa, mesmo que demore, para poder aproveitar ao máximo os detalhes, pois se pegar qualidade baixa irá se decepcionar. No Brasil ainda não foi exibido até onde sei, mas já podemos encontrar legendas na internet. Felizmente consegui o filme em boa qualidade para baixar, com tamanho total de 1,45 GB, sendo dividio em 8 partes de 200 MB cada. Dá para assistir em modo tela cheia em tamanho duplo em seu computador e não perderá qualidade. Estou acostumado a ver filmes sem legendas, então nem me dei ao trabalho de procurar uma e baixei o filme sem legenda. Em breve deve sair o DVD e Blu-ray, espero adquirir uma cópia pra mim.
Esse documentário é bom porque aborda vários aspectos antes nunca mencionados sobre a vida dos dinossauros em se tratando de público leigo, pois além dos paleontólogos, apenas os dino aficcionados como eu e aguns de vocês leitores, conhecem. Por exemplo, a teoria de que Troodons machos fizessem ninhos para cortejar a fêmea e cuidassem dos ovos até chocar, o que geralmente é visto como uma tarefa feminina. No entanto temos aqui uma falha, os ovos são postos diretamente na neve, o que os congelaria matando o embrião. Nem mesmo Pinguins atuais deixam os ovos na neve, os mantém sobre seus pés, para aquecer com seu calor. Também o fato dos herbívoros comerem larvas de insetos para complementar a dieta e a hipótese de os Paquirrinossauros serem violentos, brigões que batem em qualquer um por um bocado de vegetação.
Outra hipótese que gostei foi de o Gorgossauro adotar uma caverna como esconderijo, bem ao estilo dos dragões medievais, escondendo-se em covis, embora saibamos que os últimos são mitos provavelmente derivados dos fósseis mesozóicos, a ideia caiu bem para esse tirano e não soa absurda, afinal, no meio do frio nada como um local quentinho para esconder-se.
Embora estes aspectos sejam legais, alguns não passam de especulação "superdramatizada" , ou seja, atribuem aos animais certos pensamentos humanos para dar mais clima de drama à cena, principalmente quando se trata do pequeno Scar. Temos também dinos com super poderes. Em certo ponto, inclusive mencionei no texto, o Troodon caça e sua visão é mostrada em câmera lenta, com o narrador dizendo que ele é tão ágil e tem reflexos tão rápidos que é como se visse em câmera lenta. Isso não passa de invenção ou suposição sem fundamentos até onde sabemos. Sem falar na característica do Gorgossauro de "visão noturna" poderosa, para caçar no escuro. Por outro lado, o uso das imagens em câmera lenta em outros momentos mais agitados acrescenta um aspecto legal ao filme, permitindo ver com detalhes, por exemplo, o Gorgossauro mordendo Scar ou Scar pulando o tronco.
Para os amantes dos dinos emplumados tenho uma boa notícia, a de que todos os Terópodes apresentam plumagem, mais ou menos de acordo com seu tipo. Os Troodons tem no corpo todo e os Albertossauros e Gorgossauro só nas costas e cauda. Por outro lado o pterossauro Quetzalcoatlus não parece ter nenhum tipo de isolamento, só pele nua mesmo. Enfim, estes foram os principais erros e observações que fiz do filme, mas devo dizer que apesar de tudo, este é um dos melhores documentários sobre dinossauros que há, pois embora exagere em poucas coisas, animais estão no local e tempo certo, com exceção do Gorgossauro que viveu antes dos demais. De qualquer maneira, Albertossauro e Gorgossauro são tão parecidos que se observar, verão que os modelos em CG são os mesmos para as duas aspécies. As ações e problemas que os dinossauros encontram não são apenas achar comida e fugir de predadores e há uma variedade grande de cenários, incluindo floresta, campina, campos nevados, floresta nevada, cavernas, desertos vulcânicos, rios e bosques, enfim, não temos o mesmo lugar mostrado repetidamente como em muitos documentários e não temos a repetição exaustiva do narrador falando a mesma coisa o tempo todo. Gostei muito da iluminação e efeitos de sombra e tudo mais, embora alguns fatos puramente baseados em sorte, como quando os protagonistas milagrosamente são salvos por algo inesperado, tenham sido adicionados ao filme apenas como elemento dramático.
Confira abaixo algumas imagens de divulgação do filme, que não são mostradas no documentário, até onde lembro nenhuma das cenas abaixo aparece exatamente como na foto. Estas imagens são mais trabalhadas pelo que parece para divulgar o filme na internet.
Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Wide-Eyed Entertainment/Yap Films
Caso queira ver o documentário sua melhor chance é procurar na internet, via YouTube, ou tentar fazer o download do filme. Eu sugiro que baixe o filme com qualidade boa, mesmo que demore, para poder aproveitar ao máximo os detalhes, pois se pegar qualidade baixa irá se decepcionar. No Brasil ainda não foi exibido até onde sei, mas já podemos encontrar legendas na internet. Felizmente consegui o filme em boa qualidade para baixar, com tamanho total de 1,45 GB, sendo dividio em 8 partes de 200 MB cada. Dá para assistir em modo tela cheia em tamanho duplo em seu computador e não perderá qualidade. Estou acostumado a ver filmes sem legendas, então nem me dei ao trabalho de procurar uma e baixei o filme sem legenda. Em breve deve sair o DVD e Blu-ray, espero adquirir uma cópia pra mim.
Fontes:
- March of the Dinosaurs
- David Hone's Archosaur Musings
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