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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Melhor olfato era o do "Rei dos Dinossauros" dizem paleontologistas canadenses

Crânio de Sue, o maior e mais completo T. rex já encontrado© Field Museum of Chicago
Um novo estudo sugere que o Tiranossauro rex tinha um olfato super apurado, sentindo cheiros à muitos quilômetros de distância. Confira tudo sobre esta pesquisa expandindo esta postagem.

Segundo os pesquisadores Darla Zelenitsky da Universidade de Calgary e François Therrien, do Museu Royal Tyrrell de Alberta - Canadá analisaram o bulbo olfativo de fósseis de Tiranossauro rex e determinaram que o volume e a forma do mesmo indicam que seu olfato era muitíssimo apurado, mais do que a da maioria de todos os dinossauros carnívoros já encontrados e de herbívoros também. Isto mostra que os ancestrais das aves tinham um olfato ótimo, ao contrário das aves atuais que tem olfato um pouco mais fraco, pois sabemos que os dinossauros originaram os pássaros de hoje. O Archaeopteryx, do período Jurássico, tinha uma ótima visão e olfato, assim como os dinossauros terópodes. Além do Tiranossauro, os pesquisadores analisaram outros predadores, como os maniraptoriformes e ornitomimossauros.
O bulbo olfativo é a parte do cérebro associada ao olfato. Naturalmente, o cérebro não se conserva, mas graças à tecnologia TAC (tomografia axial computadorizada), hoje é possível analisar o crânio - caso esteja em bom estado - e estimar como ele (o cérebro) era.
O T.rex recebeu a fama de carniceiro por ter este olfato muito bom, sendo que afirmam alguns paleontologistas que o animal rastreava carcaças pelo fedor exalado. No entanto, animais atuais com grande bulbo olfativo são predadores ativos e não carniceiros, dizem os paleontologistas que publicaram esta pesquisa na revista científica "Proceedings of the Royal Society B". No entanto, isto não quer dizer o "Rei dos Dinossauros" dispensava carcaças em decomposição, afinal, animais mortos não necessitam de luta para se tornarem um banquete e por tal motivo o predador obviamente poupava energia para situações futuras.

Fontes


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Catalogado novo crânio de Heterodontosaurus

Um crânio de um Heterodontossauro filhote estava guardado em um museu na África, perto do local de seu descobrimento porém sem nem ter sido catalogado. Só agora o fóssil veio à público e os dados sobre o material você confere nesta postagem.

Até hoje eram conhecidos apenas dois fósseis desse dinossauro e ambos de adultos, porém agora com a descoberta deste crânio no Museu Iziko na África do Sul, pesquisadores podem estudar o desenvolvimento do animal e as diferenças de um filhote para um adulto. A descoberta ocorreu quando pesquisadores, entre eles Laura Parro, da Universidade de Chicago ouviram o boato de que um crânio de 4,5 centímetros de comprimento que pertenceu a um filhote de 200 gramas apenas, estava no depósito do museu sul africano citado anteriormente e verificando o boato comprovaram e prontamente iniciaram estudos no fóssil.
Laura Parro e uma réplica do crânio
© Divulgação

Dizem os paleontólogos que o Heterodontossauro tem dentes variados, inclusive caninos afiados, mas a maior parte da sua anatomia é de um herbívoro e o crânio do filhote ajudará a entender a evolução destes animais. Segundo eles, todas as espécies descendem de animais carnívoros e por o Heterodontossauro ser um animal relativamente antigo, que viveu no fim do Triássico e início do Jurássico, ele pode representar a fase de transição de uma espécie carnívora para herbívora, vivendo com uma dieta intermediária e talvez por isso a variedade estranha de dentes, em que cada um tinha a função de mastigar um tipo de alimento.
O "Journal of Vertebrate Paleontology" é que publicará em breve este estudo mais detalhado e segundo disse Richard Butler, do Museu de História Natural de Londres, principal autor do estudo, “A descoberta é importante porque representa a primeira vez em que se se examina como os Heterodontossauros mudavam à medida que cresciam. O exemplar juvenil tinha olhos relativamente maiores e um focinho mais curto na comparação com um adulto. São diferenças iguais às encontradas entre um cão adulto e um filhote”.
Os dentes variados deste dinossauro cujo nome significa "Lagarto de Dentes Diferentes" foram motivo de discussão por muito tempo e alguns afirmavam que era onívoro, comia tanto carne quanto plantas e por isso possuía dentes de vários tipos, outros afirmavam que só machos tinham dentes maiores para luta e para se diferenciar de fêmeas, mas como o crânio do filhote tem já os dentes caninos bem desenvolvidos quer dizer que não eram diferentes de machos para fêmeas, ou seja, ambos os sexos tinham dentes grandes pois caso fossem realmente para dimorfismo sexual estes dentes só cresceriam depois de adultos e não em filhotes.
Um novo mistério surgiu com a descoberta do crânio, pois ao mesmo tempo que esclareceu muitas dúvidas, a questão sobre trocas de dentes foi trazida à tona. Por meio de uma tomografia computadorizada, um tipo de exame de raio X, foi descoberto que os Heterodontossauros não possíam dentes de substituição como outros répteis, ou seja não tinham dentes crescendo sempre e renovando-se como outros dinossauros e tubarões. Eles nesse ponto se parecem mais com mamíferos, pois seus dentes cresciam mais lentamente e se renovavam apenas uma ou poucas vezes, ou até não se renovavam, permitindo que os dentes se organizassem na mandíbula de forma mais forte e resistente como nos mamíferos que geralmente trocam de dentes uma única vez na vida.

Fonte

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Fóssil de transição é descoberto na China

Reconstrução do Epidexipteryx hui
© Zhao Chuang e Xing Lida

Confira nesta postagem mais uma descoberta importante para a compreensão da evolução das aves e dos dinossauros. Foi encontrado mais um dinossauro emplumado na China e para saber mais sobre ele acesse o conteúdo integral desta postagem.

O animal foi descoberto na Mongólia, China, terra do famoso Velociraptor, e parece ser mais um integrante do grupo dos terópodes emplumados. Parece que este animal é uma mistura de dinossauro e ave e até agora já foi verificada a presença de penas no corpo e na cauda, porém a possibilidade de vôo é nula. Isso mesmo, o pequeno animal que não era maior do que um pombo não conseguia voar, porém suas características morfológicas/anatômicas eram muito semelhante à dos terópodes.
Seu fóssil pode ser a transição dos dinossauros terrestres para as aves, fixando ainda mais o conceito de que os dinossauros terópodes de pequeno porte é que originaram as "penosas" de hoje.

Fóssil do Epidexipteryx hui
© Fucheng ZhangReconstrução do Epidexipteryx hui
© Zhao Chuang e Xing Lida
O dinossauro recém descoberto já tem nome, chama-se Epidexipteryx hui, que significa "desdobramento de penas" do grego e hui é o sobrenome de um paleontólogo chinês famoso que morreu este ano e recebeu a homenagem. Possuía apenas 160 gramas aproximadamente e como dito anteriormente era emplumado e não voava. O animal possuía na cauda penas alongadas em forma de laço e também penas contornando as extremidades do corpo, característica que impede o vôo. Suas penas deviam servir mais para isolar do frio e atrair o sexo oposto como algumas aves atuais.
Este dinossauro viveu no perído Jurássico, entre 152 a 168 milhões de anos atrás e é ainda mais antigo que o Archaeoteryx! Um estudo sobre este animal foi publicado na revista inglesa "Nature" descrevendo o animal.

Fontes

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um peixe fora d'água

Tiktaalik roseae
© Ted Daeschler

Peixes um dia saíram da água pra evoluir para animais terrestres e esta postagem vai lhe mostrar exatamente isto, com a notícia de um achado incrível, um peixe com adaptações para viver fora da água por algum tempo. Confira o texto na íntegra.

Um peixe encontrado no ártico canadense, precisamente na Ilha Ellesmere, prova que um dia peixes se adaptaram à vida terrestre com modificações em sua anatomia.

Além de desenvolver patas no lugar das nadadeiras, o peixe nomeado como Tiktaalik roseae conseguiu uma adaptação nos ossos da cabeça, pulmões para respirar fora da agua, mas ainda tinha brânquias, escamas e espinhos nas "nadadeiras". Seu crânio, suas costelas e apêndices são bem semelhantes aos dos primeiros animais quadrúpedes. Segundo a equipe que o estuda desde 2004, dirigida por Ted Daeschler, da Academia de Ciências Naturais da Filadélfia, e por Neil Shubin, da Universidade de Chicago, o fóssil foi examinado dando prioridade ao crânio deste peixe datado de 375 milhões de anos. Devido às características mencionadas anteriormente, o Tiktaalik é considerado um fóssil de transição de animal aquático para terrestre. O peixe media de 1 até 2,75 metros de comprimento e acredita-se que viveu em águas rasas e que em alguns momentos "passeava" em terra seca por um curto período.

Segundo Jason Downs, o principal autor do novo estudo sobre o fóssil, as características craniais dos animais terrestres foram, primeiro, adaptações à vida em águas rasas. A caixa craniana, o palato e os arcos branquiais deste peixe, disse o cientista, ajudam a ver como se deram essas transformações. A drástica mudança de ambiente levou os animais a sofrer uma completa reestruturação dos ossos da cabeça e da relação entre tais ossos. Um exemplo é o osso que, nos peixes, conecta a caixa craniana, o palato e as brânquias, coordenando os movimentos para comer e respirar. Com a mudança de hábitat, essa peça, o osso hiomandibular, perdeu sua função original. Hoje, nos mamíferos, ele se converteu no estribo, um dos ossos do ouvido interno. No Tiktaalik que estava em processo transicional, este osso já estava bem reduzido, disse Jason Downs.

Fonte


Blog Dino Jogos

Você procura aquela informação difícil de encontrar sobre jogos de dinossauro? Tá tentando zerar um game maneiro de dinos e não consegue e não encontra dicas? Como diria a galera das organizações Tabajara, "SEUS PROBLEMAS ACABARAM!!!".
Inaugurado à pouco tempo mas com ótimo conteúdo, o DINO JOGOS tem tudo o que você precisa saber sobre games dos gigantes pré-históricos. O blog muito bem organizado, explica com detalhes os jogos, dá informações sobre gráfico, jogabilidade, enredo ou história e muitos outros quesitos importantes. Para saber mais sobre o blog basta ler a matéria completa expandindo a postagem.

O melhor de tudo é que além de conferir as fotos dos games, o blog dispõe de vídeos das fases o que vai ajudar muita gente a passar aquelas partes complicadas que muitas vezes fazem os gamers desistirem do jogo.
Então não pense duas vezes antes de acessar www.dinojogos.blogspot.com o melhor blog de jogos de dinossauros do Brasil.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pterossauro artificial seria capaz de voar ?

O professor da Universidade de Tóquio chamado Katsumi Sato publicou um estudo dizendo que os Pterossauros não podiam voar porque eram pesados demais. Segundo o pesquisador, animais voadores não chegam a pesar muito e se passassem de 40 quilos não conseguiriam bater asas com força e velocidade suficiente para voar. Veja mais dados sobre o assunto e o que acham outros pesquisadores desta afirmação expandindo esta postagem.

Além de dizer que o peso seria um empecilho para bater as asas, disse que em dias de mau tempo, com ventos e chuva o animal não tinha estabilidade alguma para voar.
Tapejara wellnhoferi
© Bill Mueller

Paleontologistas do mundo todo não gostaram desta ideia, afinal, o pesquisador japonês não levou em conta as características anatômicas e fisiológicas mais específicas dos pterossauros.
Já na Universidade da Flórida o pesquisador Rick Lind e alguns estudantes da universidade resolveram testar o modo de voo dos pterossauros construindo uma replica do pterossauro brasileiro Tapejara wellnhoferi, usando dados sobre a pele do animal, vasos sanguíneos, tendões, nervos, crânio, estrutura esquelética e qualquer outro dado relevante. Na verdade o modelo mecânico não é bem uma réplica do verdadeiro, mas tem uma forma e aerodinâmica semelhante, além de peso igual, tudo para montar um pterossauro robótico bem parecido ao real, robô que eles apelidaram de Pterodrone.
A intenção não é fazer apenas o robô voar, mas também planar, caminhar mesmo que desajeitadamente em vários tipos de terreno e ainda flutuar sem se deslocar. Isto pode ser um passo a mais em direção à tecnologia dos aviões do futuro, que com menos espaço para voar vão ter que diminuir as asas para se adaptar ao voo entre edifícios e lugares de grande tráfego aéreo, assim como o som que os mesmos fazem deve sumir com novos modelos. Seria possível o pterossauro artificial fazer tanta coisa e ainda inspirar aviões futuristas?
Não se sabe ao certo, só um teste com o Pterodrone provará algo. Se voar, pode ser que estaremos provando a capacidade de voo dos répteis voadores, se não, talvez o professor Sato lá no Japão use a experiência como prova de sua teoria anti-voo dos pterossauros. Só nos resta esperar...


domingo, 5 de outubro de 2008

Extinção: hipóteses malucas

© DK IMAGES
Bem galera, há um tempo atrás eu postei sobre a extinção dos dinossauros, possíveis motivos e épocas do acontecimento. Avisei que em breve postaria sobre as hipóteses mais malucas e inacreditáveis que tentam ou tentaram explicar a extinção em massa dos grandes répteis e aqui nesta postagem vou cumprir o prometido. Até parece político falando não é? Entre as hipóteses aqui apresentadas a maioria delas já foi descartada e algumas ainda são levadas em conta, por incrível que pareça. Também incluo aqui uma nova hipótese que encontrei na internet, e nas comunidades relacionadas a paleontologia esta hipótese está sendo muito discutida.
Abaixo confira as hipóteses mais malucas:
Loucura!!!
Algumas pessoas levantaram a hipótese de que os dinossauros foram extintos devido seu reinado ser muito longo. Afirmaram que por existirem durante 160 milhões de anos os dinossauros enlouqueceram e suas cristas, chifres, golas ou escudos seriam sinais desse enlouquecimento. Só que não levaram em conta que os dinossauros foram modificando-se e não eram os mesmos durante todos os 160 milhões de anos, novos nasceram, foram exintos, espécies novas apareceram e até o final do cretáceo ainda existiam espécies novas surgindo. Então esta hipótese é ABSURDA e NÃO DEVE SER ACREDITADA.
Praga de insetos!!!
Outros tentaram explicar o sumiço dos dinos com uma praga, seria a invasão de lagartas, essas que se transformam em borboletas, que começaram a comer as plantas em excesso e faltou comida aos herbívoros e estes morreram deixando os carnívoros sem comida. Isso é impossível, mesmo os dinossauros herbívoros, que eram muitos, somando saurópodes, ornitópodes, ceratopsianos, estegossaurídeos, anquilossaurídeos e o resto dos herbívoros viventes na época teríamos muitos e mesmo assim não comeriam todas as plantas, imagine um bando de insetos minúsculos. É algo que deve ser levado na brincadeira de tanto que não faz sentido.
Tamanho é documento!!!
Uma das hipóteses mais inacreditáveis é a de que os dinossauros morreram por serem muito grandes, pesados e lentos. Cresceram tanto que não conseguiam se mover e nem comer ou beber água, morrendo desnutridos e desidratados. Nós sabemos que eles não eram lentos demais, também não eram tão grandes a ponto de não poder se mover e muito menos idiotas de ficar parado morrendo de fome. Então descartamos também mais esta hipótese, deve ser IGNORADA.
Churrasco vivo!!!
Pessoas também já disseram que os dinossauros foram extintos pelo calor excessivo, eram muito grandes e retiam muito calor, assim cozinhando a si mesmos devido à sua massa corporal enorme. Hoje isso já não é mais levado em conta porque sabemos que os dinossauros regulavam muito bem a temperatura corporal, seja resfriando ou esquentando, com ajuda de placas, escudos, ou mesmo do seu sangue, que talvez fosse quente.
Falta de inteligência!!!
Louis Dollo uma vez afirmou que eles foram extintos porque tinham uma inteligência limitada e seriam incapazes de viver tanto. Mas sabemos que os crocodilos e tartarugas têm cérebros muito pequenos e assim mesmo são animais extremamente bem sucedidos, tanto que vivem na terra desde a época dos dinos e assim mesmo sobreviveram à extinção. E existiram sim dinossauros inteligentes, ou seja, hipótese sem fundamento.
Epidemia!!!
Alguns teóricos levantaram a hipótese de que morreram por um epidemia de doença, ainda não explicaram qual doença. Porém as doenças geralmente atingem apenas alguns indivíduos de determinada espécie e não todos de todas as espécies, seria exagero uma doença só extinguir todos os dinossauros. Possível é, mas muito mais que possível é improvável, devido à dimensão que a doença teria que tomar, tornando-se uma epidemia mortal.
Soterrados!!
Tá, bem que alguns dinos poderiam ter morrido soterrados, mas apenas alguns e não todos. Mas existe uma hipótese tão absurda, tão louca que eu custei a acreditar que li aquilo. Seria a hipótese de que os dinos fizeram tanto cocô que morreram soterrados na própria m&rd@!!!
Isso é absolutamente inconcebível, tente imaginar a cena e vai perceber que além de nojento é inviável.
Abdução!!!
Entre as hipóteses mais mirabolantes está a de que os dinossauros foram todos abduzidos por alienígenas com seus discos voadores. Praticamente uma mistura de Jurassic Park e ET, grandes sucessos do mesmo diretor, Steven Spielberg.
O predador vira presa!
Outra hipótese é que mamíferos pequenos como gambás e parentes dos mesmos que viviam na época do cretáceo começaram a se alimentar dos ovos dos dinos assim diminuindo gradativamente sua população. Particularmente acredito que isso seria exatamente igual ao caso das lagartas, para que acontecesse essa hipótese, a população de mamíferos teria que ser enorme, até maior que a dos dinossauros.
Plantas perigosas!!
Dinossauros podem ter morrido após ingerir plantas venenosas desconhecidas que deviam ter surgido no cretáceo, causando intoxicação que somada a uma prisão de ventre causada pela falta de ingestão de samambaias que nesta época eram escassas, acabaram exterminando os bichões.
Radiação!!!
Sugeriram certa vez que os gases tóxicos de vulcões destruíram a camada de ozônio e esta permitiu a passagem de raios de luz do sol com radiação alta que cegou os animais que sem ver não comiam e morriam de fome.

É pessoal isso aí são as hipóteses ridículas de que falei, algumas nem acreditei que alguém pudesse crer, e outras dependendo da dimensão do problema até seria possível. Agora pretendo abordar uma nova hipótese, não sei se tão confiável porém interessante e que não tem nada de maluca. Autoria da hipótese é de Luiz Carlos Bravo.

Segundo Bravo, afirma em sua hipótese que no cretáceo os animais viviam em um ambiente com gravidade menor do que a de hoje, o que permitiu atingirem um maior tamanho. Com algumas mudanças no interior do núcleo da Terra a gravidade aumentou tornando os animais grandes vagarosos demais, dificultando a locomoção e tornando-os presas fáceis para predadores de menor massa corporal, ou seja, que ainda continuavam com maior mobilidade. Os pterossauros não conseguiam levantar voo e o répteis marinhos não tinham força para subir até a superfície respirar e acabaram afogando-se, pois ao contrário dos peixes que retiram oxigênio da água, répteis são animais pulmonados e respiram ar direto da atmosfera. Assim dessa maneira, ao ocorrer a separação continental, a velocidade de rotação da Terra que era maior do que hoje diminuiu com a separação da África e América do Sul. Assim todos os animais com mais de 40 quilos foram extintos.
Essa hipótese foi criada a pouco tempo, mas têm gerado muitos comentários. Vamos esperar e ver o que acontece, quem sabe mudam a hipótese e conseguem finalmente explicar a extinção dos dinossauros e outros grandes animais.

Fontes: Edição nº 38 da coleção "Dinossauros descubra os gigantes do mundo pré-histórico".
Site com o texto completo da hipótese de Luiz C. Bravo.

sábado, 4 de outubro de 2008

Iguanodon

© Raúl Mártin
© Todd Marshall
Nome científico: Iguanodon bernissartensis, I. anglicus, I. dawsoni e I. fittoni (dente de iguana).
Tamanho: Em torno de 10 metros de comprimento e cerca 4 metros de altura.
Alimentação: herbívora.
Peso: aproximadamente 3,5 toneladas.
Viveu: Europa, América do Norte, Ásia entre outros locais.
Período: Cretáceo (cenomaniano e barremiano).

Veja onde encontraram o Iguanodon!
Clique no mapa.Veja quando viveu o Iguanodon!
Esta tabela mostra em vermelho várias idades do Cretáceo, nas quais viveream diversas espécies de Iguanodons, espalhados por várias partes do mundo.

Iguanodon, um dinossauro herbívoro que viveu principalmente no cretáceo inferior, chegava a 10 metros de comprimento, era pacífico e gostava de comer plantas e conviver em bandos. Este dinossauro é um dos mais famosos, pois foi o segundo dinossauro a ser descoberto e descrito oficialmente no mundo. O primeiro foi o megalosaurus e o terceiro o hylaeosaurus, mas ambos não obtiveram tanto sucesso como o iguanodon, talvez por grandes erros nas sua reconstrução e por que de todos os dinossauros conhecidos, o iguanodon está entre os que mais foram encontrados.
O Iguanodon foi descoberto por uma mulher, esposa do médico Gideon Mantell, chamada Mary Ann caminhava pela floresta de Tilgate em 1822, quando observou no solo algumas rochas diferentes. Observando melhor percebeu que se assemelhavam a ossos e chamou Gideon Mantell que enquanto ela passeava, estava trabalhando em uma visita a um paciente ali perto. Como era médico ela pesou que ele saberia do que se tratava. Gideon Mantell resolveu recolher os ossos e procurou na área e encontrou muitos outros dentes e ossos. Com a posse dos ossos ele recorreu aos peritos em fósseis da época, como William Buckland e Georges Cuvier que logo sugeriram que os dentes pertenceram a mamíferos ou peixes. Mas um naturalista chamado Samuel Stutchbury observou que os dentes eram semelhantes aos de uma iguana, com tamanho 20 vezes maior é claro. A partir disso, Mantell começou a fazer suas suposições e somente veio a divulgá-las em 1825 com um estudo apresentado à Royal Society de Londres.
Mantell nomeou o animal de Iguanodon, que é a junção de duas palavras, Iguana e odonte que significa dente em grego. Se recusou a colocar um segundo nome, mas com a insistência de outros pesquisadores ele aceitou e nomeou de Iguanodon anglicum, posteriormente modificado para I. anglicus.
Em 1834, encontraram em uma pedreira em Maidstone, um novo fóssil de Iguanodon, desta vez completo e muito bem conservado, que logo Mantell conseguiu para si, com a intenção de estudá-lo. Com a posse do novo fóssil, comparou os dentes e logo concluiu que era sim um Iguanodon e começou a descrevê-lo e como muitas vezes na história da paleontologia, cometeu muitos erros. A primeira gravura feita do Iguanodon, obra do próprio Mantell, mostrava um esqueleto do animal sobre um galho, cauda comprida como uma iguana e um chifre sobre o nariz, como se pode ver abaixo.
Primeira gravura do Iguanodon Obra de Gideon Mantell Desenho do Fóssil encontrado em Madstone
Hoje o fóssil está exposto no Museu de História Natura de Londres e a cidade de Madstone, em 1949 inseriu no seu brasão de armas o Iguanodon, tornando o dinossauro um símbolo da cidade.
Nessa época Mantell e Richard Owen criaram entre si uma rivalidade, pois Owen era um criacionista inveterado e afirmava que além de serem grandes e pesados os dinossauros tinham características de mamíferos, tudo obra de Deus, pois a evolução e mutação de espécies não era algo possível segundo o criacionismo. Pouco antes de morrer, Mantell percebeu que o iguanodon não era um gigante pesado como um elefante por exemplo, devia ser ágil ao contrário do que disse Owen. Infelizmente sua morte o impediu de acompanhar a construção das esculturas em tamanho real dos animais pré-históricos e do Palácio de Cristal , deixando espaço para Owen expor sua visão dos dinossauros que por muito tempo foi tida como verdadeira pelo público. Foram criadas duas "réplicas" do iguanodon, ainda com o chifre no nariz, no Palácio de Cristal, um deles em pé e um em posição de descanço, ambos esculpidos em concreto com uma base de ferro e tijolos. Uma curiosidade que até hoje é lembrada é de um jantar de 20 pessoas, feito em comemoração às novas descobertas e à inauguração do Palácio de Cristal, o mais impressionante é que ocorreu dentro do iguanodon que está em pé, isso mesmo, antes de concluirem a escultura foi celebrada a festa dentro da estátua! Abaixo uma ilustração feita na época, retratando o evento.
Depois da inauguração, o Palácio de Cristal tornou-se um centro turístico muito famoso e até hoje reúne visitantes, fica em Londres e ainda conserva as esculturas de animais pré-históricos, ao contrário do palácio que em 1936 foi destruído em um incêndio. Abaixo o Iguanodon e outras esculturas.
Iguanodons Megalosaurus Répteis Marinhos
O maior achado de fósseis do Iguanodon e talvez um dos maiores achados do mundo, ocorreu na Bélgica, em uma mina de carvão em Bernissart em 1878. Em uma mina de 322 metros de profundidade foram encontrados nada menos do que 38 esqueletos quase completos de Iguanodon, a maioria adultos. Muitos foram reconstruídos e estão em exibição em Museus variados espalhados pelo mundo, dos quais 11 montados como seriam em vida e outros 20 na forma em que estavam na rocha ao serem encontrados e outros ainda permanecemram guardados para estudo, sendo que os esqueletos foram nomeados a um novo gênero, Iguanodon Bernissartensis, em homenagem à cidade Bernissart. Não foram incluídos no mesmo gênero inglês pois os esqueletos revelam indivíduos maiores e robustos. Junto com os Iguanodon haviam plantas, outros répteis e até um crocodilo.

Montagem de um Iguanodon em uma igreja Foto tirada em 1880
Infelizmente como na época a conservação de fósseis era precária, ao retirar os fósseis da mina estes começaram a apresentar uma reação conhecida como "doença da pirita', uma reação causada pela presença do sulfato de ferro nos ossos, que ao ficar por algum tempo em contato com o ar começaram a se desmanchar. Tentando inpedir esta "doença", os pesquisadores usaram álcool, arsenio (substância tóxica a praticamente todos os seres vivos) e goma laca para matar os causadores da enfermidade, que nem era doença e sim a reação quimica do sulfato de ferro. Muitos fósseis foram danificados ou destruídos, porém com as novidades tecnológicas foi possível criar um sistema de injeção de polietileno glicol, uma cola que se transforma em uma espécie de borracha, que é injetada nos fósseis após retira-se toda a umidade dos mesmos com um sitema a vácuo, permitindo a conservação dos ossos dos iguanodons.
Com a descoberta dos novos esqueletos Louis Dollo provou que a concepção de Owen sobre a aparência do Iguanodon estava errada, e finalmente colocou o "chifre" no seu local correto, no polegar, servindo como um esporão, talvez para se defender. Montado em uma posição semelhante a dos cangurus e emus da Austrália, o Iguanodon já tomava sua forma mais correta, ainda que com alguns erros, como sua posição ereta, que para poder ser realizada foram até quebrados ossos da cauda, o que permitiria que fosse dobrada.
Em 1881 as escavações na mina de Bernissart foram interrompidas, mas durante a 1º Guerra Mundial com a ocupação alemã no país as escavações foram reativadas, pelo menos em projeto, pelos alemães, mas os Aliados recuperaram o domínio sobre Bernissart. Outras tentativas falharam e em 1921 a mina selou os fósseis de vez com uma inundação.
Depois disso as discussões sobre o Iguanodon diminuiram até a descoberta de um espécime na Ilha de Wight na Inglaterra, nomeado de I. atherfieldensis, nomeado em 1925 por Hooley. Mas o que se pensava ser uma única espécie isolada, revelou fósseis no mundo todo, de a América do Norte, África, Mongólia entre outros locais. Alguns paleontólogos nomearam esses exemplares, dando nomes variados ou até retirando o nome Iguanodon e rebatizando com outro nome, como Dakotadon entre outros.
Essas complicações taxonomicas tornam o Iguanodon um dinossauro alvo de reclassificações e renomeações, por isso o pesquisador Gregory Paul recomenda tomar apenas Iguanodon bernissartensis como espécie realmente válida e sem dúvidas de descrição. Na Alemanha foram encontrados muitos esqueletos, talvez mortos juntos em uma enchente ou outro fenômeno natural, a maioria entre 2 e 8 metros de comprimento, pertencem a espécies nomeadas de Mantellisaurus e Dollodon, antes associadas a I. atherfieldensis. Depois de tanta complicação taxonômica realmente foi aceito o I.bernissartensis (George Albert Boulenger, em 1881) como nome oficial do melhor espécime descrito, pois ainda a comparação está difícil, pois o dente origi-
nal encontrado por Gideon Mantell acabou indo parar na Nova Zelândia, em um museu onde foi deixado pelo filho de Mantell enquanto passava por lá, após a morte de Gideon.

O Iguanodon, ao contrário dos hadrossaurídeos, não apresentava baterias de dentes, apenas alguns em cada maxima e cada dente era substituído uma vez na vida apenas. Não se sabe exatamente o que comia ou como comia, mas as especulações são muitas. Uma delas afirma que talvez possuísse uma espécie de "bochecha", com ou sem musculos para ajudar segurar o alimento na boca, assim como os outros ornitisquianos, e talvez devido a posição dos dentes e maxilar inferior sua mastigação fosse semelhante a dos herbívoros modernos, terminando o focinho com um tipo de bico que provavelmente era recoberto por queratina e servia para cortar folhas e ramos.
Sua dieta ainda é meio misteriosa, pois não sabemos exatamente que tipo de plantas comeu, David Norman sugeriu que comia cavalinhas, cicas e coníferas. Levando-se em conta o perído em que viveu, o cretáceo, seria natural que se alimentasse de também das angiospermas (plantas com flores) que nesta época se desenvolviam e diminuíam a quantidade de gimnospermas (coníferas como pinheiros).
A aparência do Iguanodon hoje é bem definida, mas na época da descoberta dos primeiros fósseis ainda não podiam montar uma imagem fiel ao animal, devido a má qualidade dos fósseis, geralmente fragmentados e escassos, somados ao estudo precário da paleontologia que ainda mal havia começado a definir dinossauros, que afinal ainda nem eram chamados assim. Retratado como um animal com chifre no focinho, quadrúpede e de aparência reptiliana, parecendo uma iguana mutante ou algo do tipo.

Iguanodons na pose quadrúpede e um megalosaurus
Antes de morrer, Mantell percebeu que a bacia do animal era maior que os ossos dianteiros, o que mostrava uma postura diferente, porém como dito antes, morreu antes e a visão de Owen permaneceu até a descoberta em Bernissart, o que mostrou a postura bípede do iguanodon. Retratado ereto como um canguru o iguanodon era mostrado usando a cauda como uma terceira perna para apoio.
Visão do Iguanodon com cauda no chão
Porém, após algum tempo, David Norman resolveu reestudar o Iguanodon e observou que os tendões da cauda eram ossificados, mesmo quando vivos não se dobrariam tanto tendo que praticamente quebrar a cauda para que ficasse em posição de tripé. A posição quadrúpede horizontal seria mais plausível e poderia explicar detalhes anatômicos diversos, como dedos dos membros dianteiros agrupados, punhos e mãos com pouca mobilidade, ombros musculosos e musculos peitorais reforçados, revelando um costume de animal quadrúpede.
A postura quadrupede seria mais adotada por indivíduos maiores e mais robustos, talvez pelo peso a ser suportado, sendo que os Iguanodons também usavam as patas dianteiras ao mesmo tempo para correr como indicam trilhas de pegadas, caracterizando uma estimativa de no máximo 24 Km/h de velocidade enquanto bípede, porém em galopes como quadrúpede dificilmente correria muito.
Uma característica marcante do Iguanodon foi um esporão ou garra no polegar, parecida com uma garra de carnívoro, que talvez esse pacato herbívoro em uma situação de perigo usasse como defesa, cortando ou arranhando o inimigo ou rival.
Mão de iguanodon
Esporão de iguanodon

Seu comportamento social pode ser mal interpretado pelo achado na mina de Bernissart, pois no mesmo local havia muitos esqueletos sugerindo uma morte em conjunto em um único evento, porém não significa que vivessem em bando. Viviam em um mesmo local, mas indivíduos talvez não se juntassem em bandos como muitos outros hadrossaurideos. O que leva a crer que os fósseis da Bélgica não eram bandos grandes que vivessem juntos é a ausência de fósseis de filhotes, geralmente algo muito significante para provar uma convivência em grupo.
O Iguanodon é muito famoso por ter sido o segundo dinossauro a ser descrito, ou seja, um pioneiro dos grandes répteis, sendo também mostrado ao público nas esculturas do palácio de cristal, em filmes, como Dinossauro da disney e O mundo perdido de Arthur Conan Doyle, aparecendo no livro e no filme. Mostrado no documetário Walking with Dinosaurs da BBC e em Chased by Dinosaurs, sendo perseguido como presa de giganotossauro. Em Dino planet, do Discovery Channel é perseguido por raptores europeus. No livro Raptor red de Bob Bakker é caçado por Utahraptores e ainda foi usado para nomear até um cinturão de asteróides, chamado hoje de 9941 Iguanodon.

© BBC

Fontes:Wikipedia, Dinodata, Dinohunters, entre outros.
Nota: As imagens antigas, desenhos ou fotografias já tiveram seus direitos autorais expirados, de acordo com as leis dos direitos autorais dos EUA, Europa entre outros, que afirma que os direitos do autor expiram após 70 anos de sua morte.


Qualquer semelhança é mera coincidência

Três semanas atrás, ao passar pelo Texas, Ike acabou desenterrando um dente fóssil de Mamute, de nada menos do que 10 mil anos de idade e 3 quilos (peso só do dente) aproximadamente, tudo confirmado por um paleontólogo da Universidade de Lamar. Que história é essa? Confira a postagem por completo expandindo-a e compreenda tudo.

Calma galera, não estou virando paleontólogo não, pelo menos ainda não, muito menos fui ao Texas, o Ike em questão é um furacão que destruiu muitas casas e construções durante uma tempestade na costa do Texas, e consequentemente e felizmente para nós amantes da paleontologia, desenterrou o fóssil em ótimo estado de conservação.
A descoberta se deu quando a professora Dorothy Sisk voltou a sua casa, ou pelo menos o que restou dela, junto com um amigo paleontólogo chamado Jim Westgate, que estava ajudando a mesma a recuperar alguns pertences. Ao observar o que restou do jardim viu materiais estranhos, e com sua experiência de pesquisador nesta área, logo reconheceu o dente do mamífero extinto.
O próprio Westgate afirmou nunca ter visto um dente em tão boa condição, pois mesmo que várias pessoas levassem alguns fósseis encontrados para que ele identifique, a maioria chega desgastado ou quebrado. O animal devia ser Mammuthus columbi, comum na América do Norte durante aquela época, mesmo que agora seus descendentes, os elefantes, se restrinjam à África e Ásia.
O dente era novo, sem desgastes devido ao uso, então o animal ainda provavelmente mal havia usado o dente novo antes de morrer, conservando um fóssil perfeito.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Cinodonte é encontrado no Rio Grande do Sul

Parte do fóssil sendo removido do solo
©
Leo Munhoz

Estudantes de doutorado em paleontologia que faziam pesquisa de campo junto com seu professor, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), encontraram no estado gaúcho um fóssil que parece importante. Confira abaixo mais sobre o achado.

O fóssil parece ser de um Cinodonte, animal que era uma espécie de réptil misturado com mamífero, geralmente datados do Triássico. O esqueleto, ou melhor, o crânio achado, estava às margens da rodovia Pantano Grande (BR - 471), em um bairro chamado Santuário da cidade de Santa Cruz do Sul.

Um simples reconhecimento no local resultou no achado, que levou cerca de um dia para ser removido do solo.

— Por sorte, encontramos parte dos ossos aparecendo. Distribuímos gesso para retirá-lo com segurança e, hoje, voltamos para removê-los. Para nossa surpresa, o fóssil era completo — explicou o acadêmico Téo Oliveira, 27 anos.

Oliveira e três colegas ficarão no local mais algum tempo analisando o terreno. O fóssil será encaminhado para a universidade onde será estudado com mais detalhes.

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